27 de jun. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 21

                                    "Eu a amo. Amo mais que tudo e nada vai nos separar, nada!" 

Coloquem essa música pra tocar (aqui) quando acabar, coloque-a novamente.

Justin On*

- Deixe as crianças na casa da Ash, pai. Vou arrumar minhas malas e já estou descendo. - disse um pouco antes do meu pai sair do meu quarto.

Aquilo era tudo muito novo pra mim. Não conseguia acreditar. Minha mãe com Leucemia? Não, só pode ser mentira. Eu queria morrer naquele momento. Eu não sei como vou reagir ao vê-la no hospital. E agora tudo se encaixa em minha cabeça. Ela mandou eu vir pra cá por causa disso. Mas por que ela não me contou? Porra, tinha direito de saber! Ryan, ele sabia. A Nuna também. Traidores, todos são! Me fizeram de idiota. Enquanto eu estava curtindo minha vida, feliz, sorrindo, minha mãe estava lá, sofrendo. Não só ela, mas todos eles. Isso não é justo! Eu me sentia a pior pessoa do mundo. Pior pessoa do mundo por ter ficado feliz todo esse tempo enquanto os outros derramavam lágrimas.

Estava decidido, voltaria pro Canadá e não sei se voltarei. Minha mãe precisa de mim. Na verdade, lá é meu lugar. Mas eu criei amizades por aqui, e principalmente, um amor. Amor único! Eu nunca me esquecerei de ninguém daqui, muito menos da Ash. Eu a amo, mas as vezes, as coisas mudam. Não sei qual o nosso destino e tenho medo disso. Porém eu realmente preciso ir. É minha mãe, afinal. Eu acho que ela irá entender. Ela precisa entender! Não queria deixá-la aqui, mas é preciso. Ela tem um futuro aqui, tem as amigas dela, amigos, parentes. Ela não pode deixar tudo isso aqui e embarcar em uma viajem amarga comigo.

Arrumei minha mala depressa. Coloquei tudo bagunçado, mas quer saber? Quem se importa? Antes de sair, fiz uma carta pra Ash. A essa hora ela devia ta dormindo, por isso nem bati na porta, apenas passei o papel por debaixo da porta. Senti lágrimas dolorosas invadirem, mais uma vez, meu rosto, quando virei as costas pra aquela porta e entrei no carro. Meu pai ligou seu carro e foi em direção ao aeroporto. Nosso voo saia as 22:30h da noite. Ainda ia dar dez, então paramos em uma lanchonete qualquer e comemos alguma coisas. Depois, chegamos no aeroporto.

O clima tava tenso, todos tristes. Era um silêncio doentio, que ardia a alma.

"Passageiros do voo 273 com destino ao Canadá, o avião sai em 30 minutos"

Pegamos nossas malas e fomos em direção ao avião. Teve todo aquele processo de passar a mala pro carinha ver se tinha arma ou não. Tive que tirar meu cinto, celular, relógios, e colocar tudo em uma caixinha, depois pegar tudo de volta e ir pro avião. Tive sorte de minha poltrona ser ao lado da Erin e meu pai.

"Senhores passageiros, coloquem os cintos; o avião já vai decolar. Em caso de problemas técnicos, temos duas saídas de emergência na parte dianteira, duas na parte traseira e uma à sua direita. No caso de falta de ar, máscaras de oxigênio cairão sobre vossas cabeças. Caso precisem de alguma coisa, basta chamar e nossos comissários de bordo lhes atenderão. Tenham uma boa viagem!"

A mulher ficou dizendo muitas e muitas coisas que eu, obviamente, não prestei atenção.

O avião levantou vôo e a mulher, mais uma vez, falou merda.

"Informamos que durante o vôo, poderão ser utilizados laptops, jogos eletrônicos e câmeras de vídeo. Os telefones celulares deverão permanecer desligados. Dentro de instantes, daremos início ao nosso serviço de bordo."

Dormir quase o voo todo, acordei por causa da voz irritante da mulher.

"Senhores e senhoras, solicitamos que afivelem cintos de segurança. À partir deste momento é proibida a utilização de qualquer equipamento eletrônico.

Dentro de instantes pousaremos no aeroporto Stratford Municipal Airport em Stratford. Mantenham o encosto de suas poltronas na posição vertical, sua mesa fechada e travada, e afivelem o cinto de segurança. 


Informamos que durante o pouso reduziremos as luzes da cabine."

Depois de alguns minutos, nós pousamos, e mais uma vez, aquela mulher da voz irritante falou.

"Bem vindos a Stratford. São 01:30hs. Permaneçam sentados até que os sinais de afivelar cintos sejam apagados. Verifiquem se estão de posse de seus pertences antes do desembarque que poderá ser efetuado pela(s) porta(s) dianteira e/ou traseira. Para outras informações, dirijam-se aos nossos funcionários de recepção em terra. Informamos que é proibido fumar e utilizar o telefone celular até a chegada ao saguão do Aeroporto. O Comte. agradecem sua escolha pela TAM e desejam a todos uma boa noite."


Saímos do avião e fomos pegar nossas malas. Depois disso, pegamos um táxi e fomos direto pro hospital.

[...]


Ash On*

Acordei primeiro que todo mundo hoje, afinal, tava feliz. Por que não estar? Tenho o melhor namorado do mundo, melhor família, melhores amigos, etc.Tenho todos os motivos pra acordar cedo e querer aproveitar meu dia ao máximo!

Peguei um sobre-tudo e vesti, depois calcei minha pantufa do Bob Esponja. Estava um pouco frio hoje, então isso seria um bom motivo pra tomar chocolate-quente!

Desci as escadas e fui direto pra cozinha preparar meu chocolate-quente. Tava mexendo o chocolate quando vi algo embaixo da porta. Parecia um papel...ou melhor, uma carta. Desliguei o fogo e fui ver o que era. Quando cheguei mais perto, pude ver o papel molhado de lágrimas. Lágrimas essas que mancharam meu nome. Lá tinha escrito "Para Ash." Aquela letra é do Justin... Peguei a carta e sentei-me no sofá. Abri a mesma e comecei a ler.

" Algumas vezes na vida somos obrigados a fazer coisas da qual não queremos. Acredite, nada disso estava na  minha cabeça. Meu plano era ficar aqui, terminar minha faculdade, ter um emprego e me casar com você. Mas parece que algo conspirou contra. O mesmo destino que me trouxe pra cá, pro Brasil, está me levando de volta pro Canadá. Lembra quando eu joguei pedrinhas na sua janela? E te contei o que ouvi do meu pai? Lembra que eu te disse que eles estavam escondendo algo de mim? Lembra que eu falei que tinha algo errado com minha mãe? Pois é, foi tudo verdade. Eles estavam escondendo algo e só pude descobrir hoje(obviamente ontem, já que você só vai ler isso amanhã, que agora é hoje). Descobri que minha mãe ta com leucemia, Ash. Todo esse tempo ela esteve com leucemia, por isso me mandou pra cá. Ela não queria que eu sofresse, mas eu tinha que saber a verdade. Enfim, agora eu sei e, a essa hora, já devo está na minha cidade. Não sei se voltarei, porém pretendo voltar, mas não sou eu quem faço meu destino. Há um ser supremo lá em cima desenhando todo meu caminho, tomara que minha caminhada se cruze com a sua novamente. Espero que entenda-me, minha pequena. Ontem foi um dia perfeito, e acredite, guardarei ele pra sempre na minha memória. Você é, e sempre será, meu único amor. E princesa, contanto que me ame(as long as you love me), eu serei forte e enfrentarei tudo isso. Contanto que me ame, essa distância será o nada para nós. Contanto que me ame, ficaremos ligados para sempre nos sorrisos das estrelas. E lembre-se Ash, a lua que ilumina suas noites frias e poéticas, é a mesma que me deixa ainda mais apaixonado por ti.

                                                                                                           Com amor, 
                                                                                                                            Justin!"

Não da pra explicar o que eu senti. Foi tristeza junto com compreensão. Foi dor junto com esperança. 

Limpei minhas lágrimas assim que ouvir alguém descendo as escadas.

- Bom dia, filha. - disse minha mãe, um pouco triste.
- Bom dia. - respondi, sem ânimo.
- Já ta sabendo, não é?- ela sentou-se ao meu lado.
- Ele se foi, mãe! - deixei minhas lágrimas voltarem e me afoguei no confortante abraço de minha mãe.
- Foi por uma causa justa. - ela tentava me acalmar.
- Não, mãe, isso não é justo! A mãe dele não podia está assim, ela tinha que ta bem, e ele tinha que ta aqui, comigo. 
- Tudo ficará bem.
- Mas e se não ficar?
- Não seja pessimista!
- Eu o amo.
- Eu sei. - ela beijou o topo da minha cabeça e ficamos em silêncio, apenas ouvindo meus soluços.

Ficamos abraçadas até meu pai chegar com a Jazzy e o Xon. Não precisava perguntar o por que eles estão ali, o motivo era óbvio. Os dois correram em uma felicidade doida pra me abraçar. E o sorriso dos dois me deixa alegre, melhor. Abracei eles e beijei cada um na bochecha. A essa hora a Rosa já estava lá em casa e a mesa de café já estava pronta. Meu chocolate-quente ficou frio, e eu também perdi a vontade de tomar. Tomei café com leite, e algumas bolachinhas de sal. Depois subi pro quarto e fui tomar meu banho. Tomei, vesti minha roupa e fui pro colégio. Hoje quem me levou foi meu pai.

[...]

Dê pausa na música

- Megan, eu to bem, já disse. - tentava convencer a Megan de que eu estava bem e que ela não precisava ir pra minha casa, mas é difícil dela acreditar.
- Eu sei que não está, e é por isso que você uma superamiga que vai fazer um brigadeiro delicioso pra te animar. - consegui rir do que ela disse.
- Tenho uma superamiga que quer me ver gorda. - rir amargo.
- Não, tem uma superamiga que quer te ver feliz!
- Então me leva pro Canadá.
- Não me peça isso.
- Ta, então quero meu brigadeiro logo! - disse com voz fofa e a abraçando. Ela me abraçou e fomos pro seu carro. 

Ela colocou a música "22" da Taylor pra tocar. Isso me animou um pouco, mas não o suficiente. Ficamos cantando igual doidas até chegar na minha casa. Entramos em casa e fomos direto pro meu quarto. Tirei minha roupa e coloquei uma mais confortável. A Megan tinha roupas aqui, então ela fez o mesmo. Descemos pra cozinha e nos sentamos pra almoçar. Meu pai, minha mãe e as crianças já estavam almoçando.

- Hmmm, amo esse macarrão, Rosa! - Megan disse assim que acabou de comer um pouco de macarrão.
- E quem não ama? - meu pai disse.

Rosa deu uma risadinha envergonhada e foi pro quintal.

- Como foi na escola, Ash? - perguntou minha mãe.
- Mesma chatice de sempre. - rimos.

[...]

- Vai fazer meu brigadeiro, chata! - joguei uma almofada do meu quarto na cara da Megan.
- Ta, ta, já to indo. - ela disse rindo. - Vou fazer brigadeiro e pipoca, ta?
- Ta. E traz o filme "Diário de uma paixão" pra gente assistir.
- Você realmente ta afim de chorar, hein? 
- Eu to deprimida, idiota! Meu amor foi embora e ta com a mãe doente, tem noção do que é isso? Se eu pudesse, pegava um voo pro Canadá imediatamente! - ela me abraçou, e eu mais uma vez,. chorei.
- Ash, não chore. Tudo ficará bem, ok? Olha só, vou fazer teu brigadeiro, você vai comer e vai se sentir bem melhor.
- Tomara. - disse sem ânimo.
Megan me deixou no quarto e foi fazer o brigadeiro. Depois de limpar meu rosto por causa do choro, desci também. Não tinha ninguém em casa. Rosa foi no parque com os pequenos, papai foi trabalhar e mamãe também.

- Não achei o filme. - disse Megan mexendo a panela de brigadeiro.
- Ok, vou procurar pelo meu DVD de Bob Esponja. - disse saindo da cozinha e indo em direção a sala, onde tinha uma estante que ficava os DVD's.
- Pipoca com leite condensado ou sem? - Megan gritou da cozinha.
- Você já fez a pipoca? - perguntei no mesmo tom da sala.
- Não, só to perguntando.
- Quero com leite condensado, manteiga e coco.
- Não sou mulher que trabalha em barraquinha de pipoca, Ash.
- Se vira!
- Chata!
- Também te amo!

Ficou silêncio e eu só podia ouvir o som da pipoca estourando. 

- ACHEI! - gritei assim que achei o DVD de Bob Esponja.
- Tu quer me matar, é isso? - Megan apareceu igual uma doida na sala. Cai na gargalhada. - Para de rir, retardada. - ela acabou caindo na risada também.
- Você fez uma cara muito engraçada! - não conseguia parar de rir.
- Vai cagar, Ash!
- Não to afim.

Ficamos brincando, rindo, xingando a outra, a tarde toda. A Megan consegue me animar, mas eu ainda estava mal por tudo. Esse dia doido acabou quando eu dormi no colo da Megan enquanto ela fazia carinho em mim.

[...]

Coloque-a novamente.

Justin On*

Entrei na sala que ela estava e pude ver os aparelhos ligados a ela. Seu cabelo estava caindo, ela estava mal. Aquilo foi o fim do mundo pra mim. Eu estava quebrado. Minha vida não havia mais sentido. Dei um abraço forte nela e a molhei de lágrimas. Ela também chorou comigo. Na verdade, todos nós choramos.

- Eu vou ficar bem. - ela disse fraca, olhando para os meus olhos. Mas eu sabia que ela não tinha certeza daquilo.
- Eu te amo, mãe! 

O médico chegou pra examiná-la e meu pai foi conversar fora do quarto com ele. Depois de alguns minutos, entrei na conversa também.

- Ela vai ficar bem? - disse triste e um pouco esperançoso. - Por favor, seja sincero.
- Vamos fazer o possível! - ele disse triste.
- Tomara que esse seu possível faça ela ficar bem! - disse um tanto grosso.
- Justin, se acalme. - meu pai pediu.
- COMO QUER QUE EU ME ACALME? MINHA MÃE TA MORRENDO, PORRA! - por um momento eu esqueci que estava no hospital e me hesitei - NÃO VOU ME ACALMAR! QUERO VÊ-LA FELIZ E FORA DAQUI! - me virei para o médico e apontei o dedo pra cara dele - VOCÊ VAI DEIXAR MINHA MÃE BEM, SENÃO, TA FERRADO! - sim, eu o ameacei.
- Eu entendo seu desespero, mas contenha-se. Isso aqui é um hospital.
Sai dali e fui andar um pouco pelo hospital, precisava esfriar minha cabeça. Eu não me reconhecia mais... Nunca me alterei dessa forma, principalmente em um hospital. Talvez amanhã eu sinta vergonha, mas agora, só quero minha mãe bem!

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E aí? O que acharam? Já está pertinho de acabar...

Desculpa a demora(acho que sempre vou dizer isso kk mas peço desculpas de verdade).

Esses dias foram meio complicados pra mim. E eu tive que viajar pra deixar meu irmão em sua nova cidade(pois é, meu irmão ta morando fora :( ele começou a faculdade e tal...) Quando eu voltei, meu computador tava sem internet e eu também fiquei doente(ainda to), mas hoje consegui acabar o capítulo 21 pra vocês!

Alguém aqui vai pra BT? To fazendo de tudo pra ir *u*













16 de jun. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 20

Às vezes, eu fico listando mentalmente todas as partes de você. Todas, das mais desprotegidas às mais sombrias. Não há nada que eu possa não gostar. É incrível.” - Gabito Nunes



Coloquem essa música pra tocar(aqui) Se a música acabar, coloque-a novamente.


Uma semana depois...

Justin On*

Sai daquele hospital ontem, e sério, nem parecia que eu tinha chegado perto da morte. Não me chame de louco... na verdade, pode me chamar, pois sim, eu sou louco. Louco pela Ash. Eu faria tudo aquilo novamente, sem dúvida alguma. Eu me atiraria quantas vezes for preciso pra defendê-la. Eu não me importaria nem um pouco se eu morresse, pelo menos seria eu, não ela. Seria de fato, uma morte por amor. Eu a amo, a amo muito e isso é óbvio. Eu sou o cara mais bobo desse mundo. E bem, eu prometo que a farei feliz sempre e sempre. Ela é a menina mais incrível que eu já conheci em toda minha vida! Nunca pensei  que seria possível eu amar outra garota a não ser a Nuna, mas hoje vejo que isso é possível sim. Pois cara, eu a amo mais que tudo. É com ela que eu quero ter 6 filhinhos, é com ela que eu quero ter um cachorrinho chamado "John", é com ela que eu quero viajar pelo mundo, é com ela que eu quero ficar bem velhinho. Não consigo olhar pro meu futuro e me ver sem ela.

Eu a amo. Amo mais que tudo e nada vai nos separar, nada!

Eu estava sentado na porta de casa, esperando por ela, pela minha pequena. Após alguns segundos, pude vê-la saindo de sua casa. Tão linda... Ela vestia um short, uma blusinha simples e seu coturno. Seus cabelos loiros estavam soltos e a deixava ainda mais linda. Seu sorriso era notável e o meu também. Levantei-me e deixei com que minha alma se encontrasse com a dela. Em um ato de amor, meus lábios tocaram nos dela. Foi um beijo calmo, onde nossas línguas dançavam em total sintonia. Naquela hora eu só queria que o tempo parasse, queria ficar ali pra sempre, beijando minha garota. 

- Pra onde vamos? - ela perguntou, parando nosso beijo.
- Um lugar incrível! - dei um selinho nela, e então nossas mãos se entrelaçaram e fomos até o meu carro que estava parado em frente a minha casa. Abri a porta pra ela e depois rodei o carro e entrei no mesmo.

O caminho era longo, mas valeria a pena, eu sei. Ash olhava para o além e o vento batia em seus cabelos, a deixando pura, limpando todas as suas tristezas. As vezes, eu olhava pra ela e sorria bobo. Eu ainda não conseguia acreditar que ela era minha, entende? Tê-la pra mim é como ter uma joia rara. Na verdade, ela é uma joia rara e olha só, apenas minha! 

Nós ficamos em silêncio o caminho todo. Não, não era um silêncio tedioso, era um silêncio bom, onde eu podia ouvir sua respiração. E ouvi-la era uma das melhores coisas.

[...]

Ash On*

- J-justin, isso é...é incrível! - meus olhos estavam maravilhados com a visão que eu tinha e eu quase não conseguia falar. 

Aquele lugar é realmente incrível. Não é nenhum lugar especial, mas era a natureza, entende? Era a natureza sem nenhum homem destruir. O lugar era uma praia, porém uma praia bem distante de todas as outras. A maré era azul limpo, sem nenhuma sujeira. Tinha montanhas por todos os lados, onde eu, obviamente, queria pular. Ao lado das montanhas, havia árvores lindas e tinha um jardim repleto de belas flores.

- Gostou? - perguntou Justin com um sorriso enorme no rosto.
- Se eu gostei? Isso é incrível! - disse antes de abrir os braços e rodar igual uma doida.

Quando eu rodava, conseguia sentir o ar natural passando por mim, aquilo era perfeito! E então comecei a correr e o Justin corria atrás de mim.


Ele conseguiu me alcançar. Que idiota, não era pra conseguir! Ele me pegou no colo e me levou pra dentro do mar. Lá ele rodava comigo e eu só consegui pedir pra parar.

- Para, seu idiota! Me solta! - eu não conseguia manter uma voz séria, só sabia rir.


- Não vou te soltar, retardada. - ele ria, ria mais que tudo.
- Seu magrelo chato! Aaaaa, me solta! - eu gritava, ria, o xingava de todas as formas possíveis, mas o idiota não me coltava. Depois de alguns segundos ele me soltou, e então eu fingir está irritada com ele e o empurrei.


Corri o mais rápido dele(ainda no mar). Ele também corria atrás de mim, era engraçado. Toda hora eu olhava pra trás pra ver a distância que estávamos e ele estava quase perto de mim. Merda, por que ele é tão rápido? Depois eu corri mais rápido ainda e quando eu olhei pra trás, ele estava parado, rindo.

- Ashley Benson, volte aqui e me dê um beijo! - ele disse em um tom autoritário.
- Não. - disse manhosa e comecei a correr depois que vi ele correndo atrás de mim.

Corremos feito dois loucos na praia, feito dois jovens loucamente apaixonados um pelo outro.Ele conseguiu me pegar, e então me beijou, mas eu o afastei, e ele me beijou novamente. Não resisti e me deixei levar pelo gosto de seu beijo, pelo seu amor...


- Sabia que ia conseguir. - disse vitorioso.
- Idiota! - dei um leve tapa em seu peitoral.
- Idiota que você ama.
- Quem te disse isso? Eu não amo idiota nenhum! - disse sínica.
- Ah, então quer dizer que eu não sou idiota? - disse com um sorriso bobo.
- Não. Quer dizer que eu não te amo.
- Ama não, é? - seu hálito estava quente, e eu pudia sentir seus lábios a milímetros de distância dos meus. 
- Amo não. - eu dizia manhosa e sorrindo, me aproximando mais e mais dele.


- Boba. - ele sorriu.
- Te amo.
- Eu sei.
- Não estraga o clima, idiota! - dei dois leves tapas em seu peitoral.
- Ai, isso dói! - reclamou.
- Dói nada!
- Ah, é? Então deixa eu te dar dois tapas pra tu ver.
- Não, não pode bater em mulher.
- Eu sei, bobinha. Nunca bateria em você, nem brincando!
- Você é perfeito!
- Conta uma novidade, Ash.
- E convencido.
- Não sou convencido, apenas...
- Já sei, apenas fala a verdade. - o interrompi.
- Isso aí.

O abracei e ficamos olhando  a natureza. Aquilo era legal, sério. Por mais tedioso que pareça ser, era legal.

- Justin? - quebrei aquele silêncio chamando atenção dele.
- Oi, pequena.
- To com fome.
- Já imaginava isso.
- Idiota! - e mais uma vez, eu dei um leve tapa em seu peitoral.
- Cara, vou contar quantas vezes você faz isso comigo. - eu ri.
- Vai logo pegar comida, vai.
- Ash, você já parou pra pensar que estamos em um lugar onde não há nada, só a natureza?
- Já...
- Como é que eu vou pegar comida, então? Burra!
- Eu sei lá, oxe. Vai pegar peixe, vai. - ele riu, riu muito alto.
- Mais fácil eu pedir pra tu fazer isso, não eu. Afinal, quem ta com fome é tu.
- Eu retiro o que eu disse, você não é perfeito.
- Sou sim.
- Não é não. Qual o tipo de namorado faz isso?
- O mesmo que trás muito doritos e muita coca-cola pra cá.
- Ah, não, pera. Você trouxe?
- Sim, e também trouxe nutella e coockies.
- Ta de brincadeira comigo, só pode.
- To não. Olha, fica sentadinha aqui, que eu vou pegar, ta?

Eu fiz que sim com a cabeça, e então sentei na areia. Cara, como ele faz isso comigo? Primeiro, faz pensar que eu vou ficar com fome. E isso é um desespero pra mim, pois eu preciso de comida! Depois, fala que eu vou pescar. Nessa hora eu quis matar ele. E depois diz que trouxe comida. Nessa hora também quis matar ele. Justin é um retardado.

Estava sentada, pensativa(pensando na comida, claro.) Até que o retardado chega e me dar um pequeno susto.


- Não se pode chegar assim em uma garota quando ela estar sozinha no meio do nada! - reclamei.
- Besta. - ele disse abrindo um saco de doritos e uma latinha de coca.
- Cadê o meu?
- Vá buscar.
- Idiota! Vamos, fala logo onde está a minha comida.
- Você ta gorda, pode comer não.
- Cala a boca, idiota, e me da logo. - dei um soco em seu braço.
- Ai!
- Para de reclamar!
- Para de ser chata!
- Me da logo essa comida!
- Toma, sua chata! - ele me deu um saco de doritos e uma latinha de coca. Abri e comecei a comer.
-Bê...
- Fala.
- Sabia que você é chata?
- Sabia que você é retardado?
- Sabia que eu te amo?
- Sabia que eu te amo ainda mais?
- Não, Ash, eu amo mais.
- Vei, para de ser chato, oxe. Eu amo mais, aceite isso!
- Você que tem que aceitar que eu amo mais.
- Justin, ai tem mais doritos?
- Porra, cê já comeu o seu?
- Já.
- Vai ficar uma bolota assim. - eu ri.
- Cala a boca e me da outro.
- Só peguei dois.
- Ah, não é possível!
- É sim, mas tenho nutella e coockies, quer?
- Claro! - abri um sorriso gigante no meu rosto.

Abri a nutella e comecei a comer com coockies e tomar minha coca. Justin pegou um de seus doritos e passou na nutella. Ok, aquilo com total certeza ficou ruim, pois ele fez uma cara muito engaçada.

- Você é doido!
- Doido por você! - ele passou seu dedo sujo de nutella no meu nariz, riu, e depois me beijou.

[...]

Justin On*

E o prêmio do cara mais apaixonado vai para Justin Drew Bieber! 

Se existisse uma premiação dessa, eu com certeza ganharia. Amo essa garota demais!

Já tinha voltado pra casa. Ash já estava em sua casa e eu na minha. Devia ser umas 20:00 horas quando meu pai bateu na porta do meu quarto e eu disse que podia entrar. Sua cara não estava nada boa. Ele transmitia tristeza e preocupação ao mesmo tempo. Meu pai entrou naquele quarto quieto, e sentou-se ao meu lado na cama.

- Pai, o que houve? - perguntei preocupado.
- Justin, eu e a Erin teremos que ir ao Canadá, você pode ficar com as crianças? - ele disse triste.
- Por que vocês estão indo pro Canadá? E - pausei, eu não sabia direito o que falar, eu estava confuso. - e por que essa cara triste? Me diz, o que aconteceu? Por que esconder as coisas de mim? Pai, é com a mamãe? - eu realmente estava preocupado.
- É complicado, meu filho.
- O que? Me dizer a verdade? Não, pai, não é complicado.
- Só me responde, pode cuidar das crianças pra mim?
- Não. - responde decidido - Deixe-as com a Sra. Benson, pois eu vou com vocês!
- Não, você não vai! - ele disse autoritário.
- Porra, eu sei que algo está acontecendo com minha mãe! Eu ouvi o senhor no telefone com ela a um tempinho atrás. Pai, me diz o que há com ela! - eu estava prestes a chorar.
- Sua mãe - ele pausou, baixou a cabeça e então pude ver uma misera lágrima descer de seus olhos. - sua mãe está com leucemia, Justin.
- É O QUE? - eu, eu não conseguia acreditar. - PAI, ME DIZ QUE ISSO NÃO É VERDADE! - já podia sentir lágrimas invadindo meu rosto. - EU SEI QUE NÃO É VERDADE!
- Vai ficar tudo bem, Justin. - ele me abraçou e eu desabei em lágrimas. 

Muitas pessoa vão do inferno ao céu, mas eu fui do céu ao inferno.

Meu mundo acabou!

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Vocês esperavam por isso? Ha ha.

Hoje é aniversário do Fredo \o/ Uhuuuuuuulllllllllll

Gente, sei que o capítulo passado foi muito pequeno, desculpem-me. Mas em compensação, eu postei esse o mais rápido possível e ficou grandinho, né?
E ah, As Long As You Love Me já ta acabando :(
Mas como eu já disse pra vocês, farei a segunda temporada e será perfeita! Muita coisa vai mudar, novos personagens virão ha ha






















15 de jun. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 19

"Através da tempestade e através das nuvens, solavancos na estrada e de cabeça para baixo agora. Eu sei que é difícil, baby, dormir á noite. Não se preocupe, porque tudo vai ficar bem." - Justin Bieber

Semanas depois...

Eu tive alta no hospital, mas o Justin não. Minha barriga ainda doía um pouco, mas nada comparado a dor que é ter que ver o Justin no hospital. Ele está melhor, mas só poderá ter alta semana que vem. E tudo, tudo isso é culpa minha! Sinto vontade de voltar no tempo e mudar tudo, sabe? Quero dizer, se eu pudesse voltar, não sairia naquela noite e tudo seria diferente. O Pedro foi pro Canadá e eu nem pude me despedir. Eu ainda o amo como pessoa. Quero dizer, foram quase dois anos de namoro, claro que eu sinto um carinho enorme por ele. Queria tê-lo como amigo, sabe? Poder ter todas as aquelas conversas idiotas, poder perturbá-lo dizendo o quanto amo Bob Esponja, mas tudo está sendo impossível. Por que? Minha vida é uma droga!

Carol: Ash, adianta! Você vai se atrasar! - minha mãe gritava e batia na porta do meu quarto.
Eu: Já estou indo! - gritei, em resposta.

Eu estava indo visitar o Justin, mais uma vez. Ultimamente não tenho saído de lá. Só vim aqui em casa, pois o Justin insistiu. Disse que eu tinha que me alimentar, e que ficar comendo comida de hospital é ruim. Acabei de me arrumar e desci as escadas indo pra sala. Minha mãe estava na cozinha, conversando não sei o que com a Rosa.

Eu: Mãe, vamos. - disse chamando sua atenção.
Carol: Vamos. - mamãe pegou sua bolsa e foi em direção a porta com a chave do carro em suas mãos.
Rosa: Me traga notícias do Justin, Ash! - Rosa gritou da cozinha, já que eu estava quase fora de casa.
Eu: Trago sim. - gritei e fechei a porta.

Entrei naquele carro e mamãe deu partida. O caminho todos nós passamos em silêncio e momentos felizes dele e eu vinha em minha mente. Sentia vontade de chorar. Meu Deus, quero logo esse momentos!
O hospital não era muito longe de minha casa, então chegamos rápido.

Carol: Vá lá, filha. Depois volto aqui, preciso resolver algumas coisas do trabalho.
Eu: Tudo bem. - dei um beijo em sua bochecha e sai do carro. Logo depois ela deu partida.

Dei um longo suspiro e entrei naquele hospital. O caminho eu já sabia de co. Peguei o elevador e fui para o terceiro andar, virei a direita e procurei pelo quarto "206". Bati na porta e depois entrei. Me deparei com a Erin e a Jazzy. Justin sorria, e aquilo me fez sorrir. Ele brincava com a Jazzy, que estava sentada ao seu lado na maca. Erin estava em um sofá ao lado da maca. A TV estava ligada, todos estavam assistindo algum filme que eu desconheço. 

Jazzy: Ash! - disse Jazzy toda sorridente vindo me abraçar.
Eu: Oi, Princesa! - dei um beijo bem apertado em sua bochecha. - Tudo bem, Erin?
Erin: Tudo sim. - ela sorriu simpática - E com você, minha flor?
Eu: Atá que ta bem. - sorri.
Erin: Foi até bom você ter chegado, pois preciso ir ali rapidinho.
Eu: Tudo bem. Pode ir que eu fico cuidando dessas duas crianças. - eu ri.
Justin: Eu não sou criança! - retrucou.
Erin: Já, já eu volto. - Erin pegou sua bolsa e saiu dali.

Sentei-me no sofá onde a Erin estava e Jazzy voltou a sentar-se ao lado de Justin na maca.

Coloquem essa música(aqui) pra tocar.

Jazzy: Ash, diz po bobo que eu posso ter namolado?
Eu: Mas é claro que pode! - disse rindo da cara que o Justin fez.
Justin: Mas é claro que não! Nenhum menino vai chegar perto dela. E eu já disse pro Jaxon te vigiar. 
Jazzy: Não, não e não! - ela fez um biquinho muito fofo e fechou a cara pro Justin.
Eu: É duas contra um, Justin, nós ganhamos.
Justin:Ganharam nada, pois o Jaxon também está do meu lado, e eu aposto que meu pai também!
Ash: Ah, é? Eu aposto que não!
Jazzy: Ganhei do bobo, ganhei do bobo! - Jazzy comemorava sua vitória e fazia uma dancinha louca.
Eu: E aí, como ta? - Jazzy pegou uma boneca, que estava em algum lugar da maca que eu não sei onde, e ficou brincando.
Justin: Pronto pra outra!
Eu: Nem fale isso, seu idiota! - dei um soco de leve no seu braço direito.

Ficamos um bom tempo conversando, rindo, brincando. Foi bem divertido. Justin estava muito melhor. Quando digo "melhor", quero dizer melhor mesmo! Nem parece que ele levou um tiro! Depois, a Erin voltou. Ficou um pouco lá e depois resolveu ir pra casa pra tomar um banho e deixar a Jazzy lá. Eu gostava de ficar com ele. Ele me fazia esquecer todos os problemas. E a cada dia que passa, eu o amo mais e mais. Ele deu sentindo pra minha vida. Ele é o meu idiota!

Justin: Ei! - ele me despertou de todos os pensamentos.
Eu: Oi.
Justin: Pensando no que? - perguntou curioso.
Eu: Mas que ousadia! - ri.
Justin: Retardada.
Eu: Feio!
Justin: Mentir é feio.
Eu: Quase me esqueci do quanto é convencido.
Justin: Só falo a verdade. - se defendeu.
Eu: Justin...
Justin: Oi.
Eu: To com fome.
Justin: Normal.
Eu: Idiota! - ele riu -Vou pedir pra minha mãe trazer algo, ta?
Justin: Quero MC Lanche Feliz.
Eu: Eu sei. - liguei pra minha mãe e pedi dois Mc Lanche Feliz. Justin me encarava, parecia que estava descobrindo cada traço meu. E bem, me senti um pouco envergonhada. - Que foi?
Justin: Nada. - ele continuou me olhando e estava pensativo. - Só estou vendo o quanto você é linda. - sorri sem graça.
Eu: Bobo.
Justin: Vem, deita do meu lado. - ele deu espaço para que eu deitasse ao seu lado na maca, e assim eu fiz. Ele começou a fazer cafuné em mim com sua mão esquerda e eu brincava com os dedos de sua mão direita.
Onde eu estava? No paraíso? - Ash...
Eu: Oi.
Justin: Posso te contra um segredo?
Eu: Claro...
Justin: - ele chegou bem juntinho de meu ouvido - Eu te amo. - aquela voz rouca entrou no meu ouvido junto com aquelas três palavrinhas e me fez ficar arrepiada. 
Eu: E-eu também. Eu também te amo. - minha voz estava trêmula e essa foi a única coisa que eu consegui dizer. Justin, sem dificuldade nenhuma, ficou em cima de mim. E depois de alguns segundos, já conseguia sentir seus lábios no meu. Realmente, eu estava no paraíso. Aquele beijo era tudo que eu precisava, era tudo o que eu queria.

Agora não há incertezas, não há ninguém e nem nada vai nos impedir de ficarmos juntos. Eu o amo!

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Awwwwwwwwwwwwnnnnnnn amei esse capítulo []

Genteeeeeeee amanhã é aniversário do Fredo \o/

E meu Deus, Justin é mó retardado! Que tipo de pessoa posta foto de sapos? Só podia ser o Justin kkkkk















2 de jun. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 18


"Uma última música, um último pedido, um capítulo perfeito terminado. Volta e meia tento achar um lugar  na minha mente onde você possa ficar. Você possa ficar acordado para sempre." - Avenged Sevenfold



Meus olhos, ainda pesados, lutavam em abrir, mas era quase impossível. Tudo estava silenciado, e eu, vagamente, lembro das coisas. Na minha mente a imagem do Justin caído no chão, prevalecia. Eu tentava pensar em outra coisa, mas só pensava nisso. Queria saber como ele tava. Lembro-me de ter visto a Erin, Jeremy e o Pedro antes de sentir dores na barriga. E bem, a cara deles não estava nada boa. Ainda com os olhos fechados, ouvi o som da porta se abrindo. Logo depois, passos e mais passos ficavam cada vez mais forte em minha mente. Pude perceber que duas pessoas haviam chegado ali. Ouvir uma das duas falarem algo e dedurei ser minha mãe. A outra? Bem, provavelmente é meu pai. Tentei, mais uma vez, abrir os olhos. As pálpebras, que antes pesavam toneladas, agora pesavam menos. E ainda com dificuldade, consegui abri-los. A claridade que saia da pequena janela que tinha ao lado esquerdo do quarto, iluminava o mesmo. 

Eu: M-mãe! - falei um pouco fraca e com dificuldade.
Carol: Oh, meu Deus, ainda bem que você acordou! - ela falou em um ânimo doido e veio pra me abraçar e beijar.
Nicholas: Ficamos muito preocupados com você, filha! - meu pai disse pegando em minha mão.
Eu: Eu já estou bem! - disse tentando me sentar na maca, mas estava um pouco difícil. - Eu quero saber do Justin. Como ele está? Já acordou? Como foi a cirurgia? -meus pais se entreolharam e depois de um longo suspiro, minha mãe quebrou aquele silêncio chato.
Carol: A cirurgia foi bem complicada, filha. - senti meus olhos se encherem de lágrimas - A bala estava muito perto do coração. - ela pausou um pouco, decidiu fitar o chão e depois de alguns segundos, vi uma misera lágrima descer de seu olho direito - E os médicos disseram que ele não tem muita esperança. - paralisei, simplesmente. Não, isso só pode ta errado. Ela deve está de brincadeira com minha cara. Eu sei que isso não é verdade. Minhas lágrimas sumiram, apenas. Eu não conseguia chorar, pois estava em estado de choque. Minha mãe envolveu seus braços pelo meus ombros e me abraçou. Meu pai olhou pra mim e me passou um olhar de conforto. Eu sentia medo, muito medo! Medo de perdê-lo, medo de nunca poder agradecer ao que ele fez por mim, medo, medo, medo. Medo do abismo em que meu mundo seria sem ele aqui. Medo de perder um grande amigo, medo de perder a pessoa que consegue, não sei de que forma, deixar meu coração confuso. Eu não quero perdê-lo, não quero! Já conseguia sentir, de forma exagerada, lágrimas voltarem a lavar meu rosto triste. Eu não conseguia falar nada. Na verdade, não sabia nem o que falar.

Eu: Me leve para vê-lo. - única coisa que consegui dizer.
Nicholas: Ele está na UTI, não pode receber visitas a essa hora.
Eu: Foda-se! - tentei levantar daquela merda de cama, mas a minha mãe me impediu. - Me deia sair daqui, mãe!
Carol: Filha, você tem que ficar de repouso, o médico pediu!
Eu: Foda-se o que o médico pediu, mãe. FODA-SE TUDO NESSA MERDA! VOCÊS NÃO ESTÃO ENTENDENDO! O JUSTIN TA QUASE MORRENDO, PORRA! ELE SALVOU MINHA VIDA, AQUELE TIRO ERA PRA MIM, NÃO PRA ELE! MAS O IDIOTA PULOU NA MINHA FRENTE! - tentei me acalmar - eu preciso vê-lo.

Ninguém se hesitou a me impedir de ir até lá, pois sabe que nada tiraria essa ideia de mim. Fui, discretamente, até o quarto dele. Abri a porta com total cautela e tive a imagem de um anjo machucado. Ele estava todo ligado a aparelhos. Seus olhos estavam fechados. Justin estava dormindo.

Eu: Por que, idiota? Por que você fez isso? - eu falava como se ele estivesse me ouvindo - Aquele tiro era pra mim, não percebeu? Não era pra você está assim, e sim, eu! - não consegui segurar as lágrimas e elas, mais uma vez, escapuliram dos meus olhos - A culpa é minha se você está assim agora. Toda minha! - ajoelhei-me ao seu lado da maca e peguei em suas mãos. Elas estavam quentinhas. Com minha mão direita, acariciei seu rosto. - Seja forte, ta? Por favor! Se eu te perder, não sei o que eu faço. - ri de mim mesma - Olha só pra mim... eu te odiava, e agora to aqui, implorando para que você seja forte. Mas sabe o que é? Você com esse jeito idiota, faz qualquer pessoa te amar. Isso mesmo, te amar! Você...você é único, Justin. - levantei-me do seu lado e andei um pouco pelo quarto - Pode ser loucura, mas - dei uma pausa e tentei analisar o que eu realmente iria dizer - Mas eu te amo. E olha só, já não consigo me ver sem você. Porra! O que tu tem, menino? Pois quando eu... eu olho pra esses olhos cor de mel, é como se eu estivesse hipnotizada. Então, por favor, não deixa esses olhos fechados, abra-os, por favor! E meu Deus, quando eu escuto tua voz... Ah, tua voz! É como se nenhum problema mais existisse, pois tua voz me traz conforto. Então, pode tratar de abrir essa boca e falar alguma merda! E ah, antes que eu me esqueça, por favor, mexa-se! Pois, Justin, são teus movimentos sobre mim que me deixam caidinhas por ti. É em cada toque teu que eu me sinto protegida. E o teu sorriso? Meu Deus! Ele é a oitava maravilha do mundo. - eu estava tão inspirada que nem percebi que estava falando sozinha - Meu Deus, como sou idiota! Ash, ele nem está te ouvindo. - sorri de mim mesma e virei-me para a maca. Tomei um susto, pois os olhos dele estavam abertos. Sim, ele estava ouvindo tudo. - J-justin! Eu... ai meu Deus, não sabia que estava ouvindo. Será que devo chamar algum médico? Ou uma enfermeira? Ai, eu não sei! - eu estava atordoada. Justin não podia falar, pois aquele aparelhinho de oxigênio tampava sua boca. Abri a porta e comecei a gritar por alguém, mas as pontadas começaram novamente. E doía mais, muito mais! Era como se fosse o fim do mundo. Eu estava no abismo. Era a coisa mais insuportável do mundo. Não, eu não dei nem um grito. Continuei gritando por alguém e minha barriga continuou doendo ainda mais. - Ai, ai! T-ta doendo muito! - não deu mais pra segurar, precisei falar algo. Minhas duas mãos estavam na barriga e eu estava meia corcunda, quase caindo no chão de dor. Olhei para minhas mãos e vi sangue nas mesmas. O que aconteceu? Porra, será que tava com pontos? Eu não conseguia olhar pro Justin, mas senti que ele estava preocupado, pois estava inquieto na maca. Era muito, muito sangue. - A-alguém, por favor! - minha voz saiu fraca e falha, mas depois de alguns minutos vi alguém chegando ali. Enfermeiros me levaram no colo e alguns outros ficaram com o Justin.

Justin On*

Um canto. Não, não era um canto qualquer. Era um canto sem nenhuma melodia, sem nenhum ritmo, sem nenhuma rima. Mas era um canto que, pra mim, havia total sentido. A voz dela soava nos meus ouvidos e era como se eu estivesse no paraíso. Ela dizia coisas como "Aquele tiro era pra mim, não percebeu?" Ash, não posso responder, mas ei, eu percebi sim. E por isso mesmo me joguei em sua frente. Não queria que aquele tiro te acertasse, pois meu amor é maior que qualquer dor, entende? Eu não me arrependo de nada, pequena. E ah, serei forte sim, ta? Por você! Sei que vou sair desse hospital o mais rápido possível e logo, logo, estarei te beijando, te mimando, dizendo-te o quanto te amo. Logo, logo, será apenas eu e você. 

Eu estava acordado desde quando ela entrou lá, só não queria abrir meus olhos. Quando ela virou suas costas para mim, decidi abri-los. E eu ouvia tudo com atenção, mas também analisava cada curva dela. Quando ela me viu acordado, ficou atordoada kkk. Começou a gritar igual uma doida por ajuda, mas depois, vi que ela estava tendo dores, mesmo não dizendo um "ai". Dito e certo! Ela gritou de dor. Queria muito fazer algo, mas era impossível. Ver ela naquele estado foi pior que qualquer tiro, qualquer cirurgia. Depois de um bom tempo, enfermeiros chegaram. Uns a levaram no colo para algum lugar, outros vieram cuidar de mim. Porra, não preciso de cuidado, quem precisa é ela! Levei minhas mãos até o aparelho de oxigênio e o tirei do meu rosto. 

Eu: Ajudem-a! - disse com um tanto de dificuldade.
XxXx: Senhor Bieber, você precisa manter essa máscara em você. E precisa ficar em silêncio, pois falar, pra você, é muito esforço! - coloquei de volta a máscara de oxigênio - Ela já está sendo examinada. E o estado dela comparado ao seu, não é nada grave. Ela teve sorte, pois nenhuma facada atingiu algum de seu órgão. Mas ela perdeu muito sangue, e isso é péssimo. - ele tinha um olhar triste - Ela vai ficar bem, confie em mim!

Eles me examinaram e falaram mil e uma coisas pra Erin e meu pai. Senti falta de minha mãe. Quero dizer, eu recebi um tiro, quase morro. Por que ela não veio pro Brasil? Será que alguém avisou a ela?

[...]

Já estava escuro. Acho que não havia nenhuma estrela no céu e a lua não estava tão bonita. É, hoje é um dia triste. Eu estava sozinho naquele quarto. Erin voltou pra casa para cuidar das crianças, papai foi comer algo na lanchonete que tinha ali. Depois de algum tempo ali, alguém entrou no quarto. Era o Pedro.

Pedro: Eu... - ele parecia envergonhado e sem saber o que dizer - Bem, eu acho que te devo desculpas. Sempre tentei acreditar em que a culpa do meu fim com a Ash era sua, mas não, a culpa foi minha. Você estava certo em todas aquelas palavras que me falou naquele dia. Eu realmente estava obsessivo pela Ash, mas eu me dei conta que você é um cara legal e que a ama. Mas como não amá-la? Quero te pedir desculpas por tudo! - ele abaixou o olhar - Não sei se te interessa, mas quando vi você levando um tiro, eu fiquei triste. Fiquei muito triste mesmo. Não sai desse hospital nem por um segundo! Eu que vim com você dentro da ambulância. Justin, por favor, seja forte. Pela Ash. Você a merece, cara. Só não faça com ela, o que eu fiz. Eu errei feio com a Ash e ela não merece sofrer novamente. Cuida bem dela, ta? Ela é uma joia rara! - vi uma lágrima descendo de seu rosto - Eu vou passar um tempo fora. To indo pro Canadá. Quero tentar esquecê-la. Conhecer outras meninas também. - e do nada, o silêncio tomou conta daquele local. Eu olhava pra ele e sentia que realmente estava arrependido por tudo. Ele é um cara legal! - E enfim, era isso que eu queria te dizer. Se cuida, brother! E seja forte, sei que vai sair dessa. - ele virou-se e saiu por aquela porta.

Naquele momento queria dizer que eu o perdoo e que cuidarei bem da Ash. Eu queria dizer pra ele não ir, mas se ele acha melhor fazer isso tudo bem. Queria dizer também, que eu o agradeço por ter vindo junto comigo na ambulância, agradeço por não ter deixado eu ir sozinho naquele encontro. Queria dizer tanta coisa...

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Foi pequenininho esse capítulo, num foi? Desculpa :(

Gente, leiam essa fanfic (aqui) Escrito por um boylieber ha ha *u*
Bem, eu já sigo ele, siga também :)
E ainda é com a Taylor Momsen*-* Porra, sou xonada na Tay, sério U_U