2 de jun. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 18


"Uma última música, um último pedido, um capítulo perfeito terminado. Volta e meia tento achar um lugar  na minha mente onde você possa ficar. Você possa ficar acordado para sempre." - Avenged Sevenfold



Meus olhos, ainda pesados, lutavam em abrir, mas era quase impossível. Tudo estava silenciado, e eu, vagamente, lembro das coisas. Na minha mente a imagem do Justin caído no chão, prevalecia. Eu tentava pensar em outra coisa, mas só pensava nisso. Queria saber como ele tava. Lembro-me de ter visto a Erin, Jeremy e o Pedro antes de sentir dores na barriga. E bem, a cara deles não estava nada boa. Ainda com os olhos fechados, ouvi o som da porta se abrindo. Logo depois, passos e mais passos ficavam cada vez mais forte em minha mente. Pude perceber que duas pessoas haviam chegado ali. Ouvir uma das duas falarem algo e dedurei ser minha mãe. A outra? Bem, provavelmente é meu pai. Tentei, mais uma vez, abrir os olhos. As pálpebras, que antes pesavam toneladas, agora pesavam menos. E ainda com dificuldade, consegui abri-los. A claridade que saia da pequena janela que tinha ao lado esquerdo do quarto, iluminava o mesmo. 

Eu: M-mãe! - falei um pouco fraca e com dificuldade.
Carol: Oh, meu Deus, ainda bem que você acordou! - ela falou em um ânimo doido e veio pra me abraçar e beijar.
Nicholas: Ficamos muito preocupados com você, filha! - meu pai disse pegando em minha mão.
Eu: Eu já estou bem! - disse tentando me sentar na maca, mas estava um pouco difícil. - Eu quero saber do Justin. Como ele está? Já acordou? Como foi a cirurgia? -meus pais se entreolharam e depois de um longo suspiro, minha mãe quebrou aquele silêncio chato.
Carol: A cirurgia foi bem complicada, filha. - senti meus olhos se encherem de lágrimas - A bala estava muito perto do coração. - ela pausou um pouco, decidiu fitar o chão e depois de alguns segundos, vi uma misera lágrima descer de seu olho direito - E os médicos disseram que ele não tem muita esperança. - paralisei, simplesmente. Não, isso só pode ta errado. Ela deve está de brincadeira com minha cara. Eu sei que isso não é verdade. Minhas lágrimas sumiram, apenas. Eu não conseguia chorar, pois estava em estado de choque. Minha mãe envolveu seus braços pelo meus ombros e me abraçou. Meu pai olhou pra mim e me passou um olhar de conforto. Eu sentia medo, muito medo! Medo de perdê-lo, medo de nunca poder agradecer ao que ele fez por mim, medo, medo, medo. Medo do abismo em que meu mundo seria sem ele aqui. Medo de perder um grande amigo, medo de perder a pessoa que consegue, não sei de que forma, deixar meu coração confuso. Eu não quero perdê-lo, não quero! Já conseguia sentir, de forma exagerada, lágrimas voltarem a lavar meu rosto triste. Eu não conseguia falar nada. Na verdade, não sabia nem o que falar.

Eu: Me leve para vê-lo. - única coisa que consegui dizer.
Nicholas: Ele está na UTI, não pode receber visitas a essa hora.
Eu: Foda-se! - tentei levantar daquela merda de cama, mas a minha mãe me impediu. - Me deia sair daqui, mãe!
Carol: Filha, você tem que ficar de repouso, o médico pediu!
Eu: Foda-se o que o médico pediu, mãe. FODA-SE TUDO NESSA MERDA! VOCÊS NÃO ESTÃO ENTENDENDO! O JUSTIN TA QUASE MORRENDO, PORRA! ELE SALVOU MINHA VIDA, AQUELE TIRO ERA PRA MIM, NÃO PRA ELE! MAS O IDIOTA PULOU NA MINHA FRENTE! - tentei me acalmar - eu preciso vê-lo.

Ninguém se hesitou a me impedir de ir até lá, pois sabe que nada tiraria essa ideia de mim. Fui, discretamente, até o quarto dele. Abri a porta com total cautela e tive a imagem de um anjo machucado. Ele estava todo ligado a aparelhos. Seus olhos estavam fechados. Justin estava dormindo.

Eu: Por que, idiota? Por que você fez isso? - eu falava como se ele estivesse me ouvindo - Aquele tiro era pra mim, não percebeu? Não era pra você está assim, e sim, eu! - não consegui segurar as lágrimas e elas, mais uma vez, escapuliram dos meus olhos - A culpa é minha se você está assim agora. Toda minha! - ajoelhei-me ao seu lado da maca e peguei em suas mãos. Elas estavam quentinhas. Com minha mão direita, acariciei seu rosto. - Seja forte, ta? Por favor! Se eu te perder, não sei o que eu faço. - ri de mim mesma - Olha só pra mim... eu te odiava, e agora to aqui, implorando para que você seja forte. Mas sabe o que é? Você com esse jeito idiota, faz qualquer pessoa te amar. Isso mesmo, te amar! Você...você é único, Justin. - levantei-me do seu lado e andei um pouco pelo quarto - Pode ser loucura, mas - dei uma pausa e tentei analisar o que eu realmente iria dizer - Mas eu te amo. E olha só, já não consigo me ver sem você. Porra! O que tu tem, menino? Pois quando eu... eu olho pra esses olhos cor de mel, é como se eu estivesse hipnotizada. Então, por favor, não deixa esses olhos fechados, abra-os, por favor! E meu Deus, quando eu escuto tua voz... Ah, tua voz! É como se nenhum problema mais existisse, pois tua voz me traz conforto. Então, pode tratar de abrir essa boca e falar alguma merda! E ah, antes que eu me esqueça, por favor, mexa-se! Pois, Justin, são teus movimentos sobre mim que me deixam caidinhas por ti. É em cada toque teu que eu me sinto protegida. E o teu sorriso? Meu Deus! Ele é a oitava maravilha do mundo. - eu estava tão inspirada que nem percebi que estava falando sozinha - Meu Deus, como sou idiota! Ash, ele nem está te ouvindo. - sorri de mim mesma e virei-me para a maca. Tomei um susto, pois os olhos dele estavam abertos. Sim, ele estava ouvindo tudo. - J-justin! Eu... ai meu Deus, não sabia que estava ouvindo. Será que devo chamar algum médico? Ou uma enfermeira? Ai, eu não sei! - eu estava atordoada. Justin não podia falar, pois aquele aparelhinho de oxigênio tampava sua boca. Abri a porta e comecei a gritar por alguém, mas as pontadas começaram novamente. E doía mais, muito mais! Era como se fosse o fim do mundo. Eu estava no abismo. Era a coisa mais insuportável do mundo. Não, eu não dei nem um grito. Continuei gritando por alguém e minha barriga continuou doendo ainda mais. - Ai, ai! T-ta doendo muito! - não deu mais pra segurar, precisei falar algo. Minhas duas mãos estavam na barriga e eu estava meia corcunda, quase caindo no chão de dor. Olhei para minhas mãos e vi sangue nas mesmas. O que aconteceu? Porra, será que tava com pontos? Eu não conseguia olhar pro Justin, mas senti que ele estava preocupado, pois estava inquieto na maca. Era muito, muito sangue. - A-alguém, por favor! - minha voz saiu fraca e falha, mas depois de alguns minutos vi alguém chegando ali. Enfermeiros me levaram no colo e alguns outros ficaram com o Justin.

Justin On*

Um canto. Não, não era um canto qualquer. Era um canto sem nenhuma melodia, sem nenhum ritmo, sem nenhuma rima. Mas era um canto que, pra mim, havia total sentido. A voz dela soava nos meus ouvidos e era como se eu estivesse no paraíso. Ela dizia coisas como "Aquele tiro era pra mim, não percebeu?" Ash, não posso responder, mas ei, eu percebi sim. E por isso mesmo me joguei em sua frente. Não queria que aquele tiro te acertasse, pois meu amor é maior que qualquer dor, entende? Eu não me arrependo de nada, pequena. E ah, serei forte sim, ta? Por você! Sei que vou sair desse hospital o mais rápido possível e logo, logo, estarei te beijando, te mimando, dizendo-te o quanto te amo. Logo, logo, será apenas eu e você. 

Eu estava acordado desde quando ela entrou lá, só não queria abrir meus olhos. Quando ela virou suas costas para mim, decidi abri-los. E eu ouvia tudo com atenção, mas também analisava cada curva dela. Quando ela me viu acordado, ficou atordoada kkk. Começou a gritar igual uma doida por ajuda, mas depois, vi que ela estava tendo dores, mesmo não dizendo um "ai". Dito e certo! Ela gritou de dor. Queria muito fazer algo, mas era impossível. Ver ela naquele estado foi pior que qualquer tiro, qualquer cirurgia. Depois de um bom tempo, enfermeiros chegaram. Uns a levaram no colo para algum lugar, outros vieram cuidar de mim. Porra, não preciso de cuidado, quem precisa é ela! Levei minhas mãos até o aparelho de oxigênio e o tirei do meu rosto. 

Eu: Ajudem-a! - disse com um tanto de dificuldade.
XxXx: Senhor Bieber, você precisa manter essa máscara em você. E precisa ficar em silêncio, pois falar, pra você, é muito esforço! - coloquei de volta a máscara de oxigênio - Ela já está sendo examinada. E o estado dela comparado ao seu, não é nada grave. Ela teve sorte, pois nenhuma facada atingiu algum de seu órgão. Mas ela perdeu muito sangue, e isso é péssimo. - ele tinha um olhar triste - Ela vai ficar bem, confie em mim!

Eles me examinaram e falaram mil e uma coisas pra Erin e meu pai. Senti falta de minha mãe. Quero dizer, eu recebi um tiro, quase morro. Por que ela não veio pro Brasil? Será que alguém avisou a ela?

[...]

Já estava escuro. Acho que não havia nenhuma estrela no céu e a lua não estava tão bonita. É, hoje é um dia triste. Eu estava sozinho naquele quarto. Erin voltou pra casa para cuidar das crianças, papai foi comer algo na lanchonete que tinha ali. Depois de algum tempo ali, alguém entrou no quarto. Era o Pedro.

Pedro: Eu... - ele parecia envergonhado e sem saber o que dizer - Bem, eu acho que te devo desculpas. Sempre tentei acreditar em que a culpa do meu fim com a Ash era sua, mas não, a culpa foi minha. Você estava certo em todas aquelas palavras que me falou naquele dia. Eu realmente estava obsessivo pela Ash, mas eu me dei conta que você é um cara legal e que a ama. Mas como não amá-la? Quero te pedir desculpas por tudo! - ele abaixou o olhar - Não sei se te interessa, mas quando vi você levando um tiro, eu fiquei triste. Fiquei muito triste mesmo. Não sai desse hospital nem por um segundo! Eu que vim com você dentro da ambulância. Justin, por favor, seja forte. Pela Ash. Você a merece, cara. Só não faça com ela, o que eu fiz. Eu errei feio com a Ash e ela não merece sofrer novamente. Cuida bem dela, ta? Ela é uma joia rara! - vi uma lágrima descendo de seu rosto - Eu vou passar um tempo fora. To indo pro Canadá. Quero tentar esquecê-la. Conhecer outras meninas também. - e do nada, o silêncio tomou conta daquele local. Eu olhava pra ele e sentia que realmente estava arrependido por tudo. Ele é um cara legal! - E enfim, era isso que eu queria te dizer. Se cuida, brother! E seja forte, sei que vai sair dessa. - ele virou-se e saiu por aquela porta.

Naquele momento queria dizer que eu o perdoo e que cuidarei bem da Ash. Eu queria dizer pra ele não ir, mas se ele acha melhor fazer isso tudo bem. Queria dizer também, que eu o agradeço por ter vindo junto comigo na ambulância, agradeço por não ter deixado eu ir sozinho naquele encontro. Queria dizer tanta coisa...

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Foi pequenininho esse capítulo, num foi? Desculpa :(

Gente, leiam essa fanfic (aqui) Escrito por um boylieber ha ha *u*
Bem, eu já sigo ele, siga também :)
E ainda é com a Taylor Momsen*-* Porra, sou xonada na Tay, sério U_U







Um comentário:

  1. awwwnt
    que eles melhorem viu lis :\\

    eiii tava tendo uma ideia , na proxima ib você poderia colocar o Justin como bad boy pegador , pfvrrrr *o*

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