30 de dez. de 2013

When I Was Your Man, capítulo 13


"Eu admito, toda confiança foi quebrada [...] Conceda-me uma segunda chance. Nunca pensei que poderia ver o seu rosto novamente. Aprendendo a vida através de tentativas e erros. Apenas tento fazer isso certo. Desta vez, vou tratá-la corretamente." - Justin Bieber
Ash On*
As vezes as pessoas erram. As vezes você sai machucada. As vezes é preciso apenas uma segunda chance. 
Tudo o que fazemos, tudo o que vivemos, tudo tem um propósito. Não acredite que está aqui por nada, não coloque em sua mente que um ser supremo gosta de brincar com seus sentimentos. Se está doendo, leitor, é pra depois te consolar. 
Vivemos nossa vida sem pressa. Primeiro a chuva, depois o arco-íris. É essa a ordem, e temos que aceitar. 
Sábio é aquele que faz do erro, um aprendizado.
- É isso que realmente quer?
- É sim, tia.
Meus olhos estavam marejados, e os dela também. 
Eu a amo, a amo muito, mas não dá mais.
- Por que não pensa mais um pouco? - Pattie dizia isso pela décima vez - Uma semana, Ash, uma semana e se ainda estiver com isso em mente, deixo ir sem te pedir mais nada.
- Sentirei sua falta. - sorri e deixei uma maldita lágrima escapar - Na verdade, sentirei falta disso tudo.
- Ta vendo? Fique!
- Sabe o que é, tia? É que dói, dói muito!
- Mas vai mudar, você vai ver. É só uma fase.
- Eu também achava, mas não é apenas uma fase. É a realidade, e as vezes, é amarga. - Pattie me abraçou e beijou minha testa. Me aconcheguei em seu peito e, por pouco não desabei ali mesmo. - Quando eu vim pra cá, pensei que tudo voltaria a ser como era antes, mas bastou um dia pra me comprovar que não. Seu filho virou algo que eu não conheço. Quero dizer, quem é Justin Drew Bieber? - desapeguei-me de seus braços e olhei, serenamente, para seus olhos. Foi profundo, e doeu.
- Sabe, Ash, as vezes sento-me aqui. Aqui mesmo onde estamos, neste pequeno espaço da cama. Sento e penso, onde meu filho foi parar? Onde está aquele menininho que eu criei? Cadê aquele garoto que sempre me dizia que um dia ia casar, ter filhos e que nunca magoaria uma mulher? E sabe o que tenho como resposta? - balancei a cabeça negativamente - Nada, sabe por que? - mais uma vez, negativamente - Porque esse garoto não se perdeu. Justin Drew Bieber ainda é o mesmo menino, só que um pouco confuso agora. E ele precisa de alguém pra estar ao lado dele. Precisa de uma garota que o ame mesmo nessa fase "bad boy". Meu filho precisa de você, Ash, precisa de você pra mostrar a ele o caminho certo. Se você for, não sei o que será dele. - e uma maldita lágrima passeou pelo seu rosto.
- Eu não sei se sou capaz disso. Já suportei tanta coisa.
- Eu sei, mas você é forte e suporta ainda mais. E, meu amor, eu estarei ao seu lado. Estarei sempre aqui.
- Eu te amo. - desabei ali mesmo, e em um ato de carinho, Pattie me abraçou com toda força do mundo. Era como se fosse os braços de minha mãe, me sentia protegida ali.
- Respeitarei o que decidir, mas ficarei muito feliz se ficar.
- Obrigada. - me aconcheguei ainda mais em seus braços, depois soltei-me e fiquei em pé. - Vou pensar um pou...
- Mãe, eu preci... - Justin entrou de surpresa no quarto e parou de falar assim que viu aquela cena, eu e a Pattie com olhos vermelhos de choro. - Desculpa, eu atrapalhei vocês duas, depois eu fa...
- Não, filho, fica!
- Pode falar, Justin, eu já estou saindo.
- Não, Ash, fica também.
- Não, tia, eu n...
- Por favor.
- Tudo bem.
- Mãe, eu não to entendo.
- Sentem-se aqui. - Pattie fez um gesto indicando para a gente sentar. Sentei-me ao seu lado direito, e Justin, esquerdo.
- Nós vamos viajar! - ela disse animada e...ãn? que ideia é essa?
- Mãe, você está bem? Quero dizer, ãn? - Justin estava tão confuso quanto eu.
- Vou na faculdade de vocês comunicar o motivo da ausência por alguns dias e depois só comprar as passagens.
- Tia, isso não é loucura?
- Acho que vocês devem se divertir um pouco. Já viu o estresse que anda essa casa? Vamos nos divertir!
- Ok, você ta pirada. O que fumou?
- Mas respeito comigo, Justin!
- Mãe, desculpa, mas é como a Ash disse, isso é loucura!
- E loucura faz mal? Até certo ponto não. Vamos ser louco pelo menos uma vez! - ela levantou e foi andando em direção a porta - Vão arrumar as malas enquanto eu faço um lanche. - e saiu dali.
- Não sei o que deu nela.
- Eu sei. - mordi meus lábios e fui correndo pro meu quarto.
Cheguei no meu quarto e mais lágrimas escaparam. Eu olhava para aquelas malas e pensava, por que chegou a esse ponto? Sim, eu estava destinada a ir embora dali, mas ao conversar com Pattie, mudei de idéia. Eu amo o Justin, amo mesmo, e vou ajudá-lo. 
Eu entendi o que tia Pattie queria com aquela viagem. Ela queria que eu me aproximasse mais do Justin, e que tivéssimos um tempo só pra nós, sem mais ninguém. Me senti feliz com essa idéia, afinal, eu também queria aquilo. Apesar de tanta dor sofrida, eu ainda o quero. E é como eu disse, as vezes é preciso uma segunda chance.
Ter aquela conversa com a Pattie foi preciso, afinal, eu estava com uma idéia maluca de largar tudo e voltar pro Brasil. Mas se analisarmos direito, não é tão má idéia assim. Quero dizer, eu não estou sendo feliz aqui, estou? Mas ela conversou comigo, abriu mais a minha mente. Acho que não irei fazer isso, não mais.
[...]

O relógio marcava 21:05h quando acabei meu banho e desci pra sala. Tia Pattie não estava, foi fazer uma comprinha básica. Justin saiu pra algum lugar, com certeza foi na casa do Chaz. E bem, eu estava sozinha, então decidi ligar pro Gus.
“Fala, gorda.”
“Vem pra cá?”
“Agora, Ash?”
“Não, amanhã, idiota!”
“É que agora não dá.”
“Por que?”
“Estou com alguns amigos no Mc Donald’s.”
“Por que não me chamou, idiota?”
“Só tem menino, Ashley.”
“E daí?”
“E daí que não!”
“Argh!”
“Amanhã eu passo aí, okay?”
“Okay, né. Fico sempre em segundo.”
"Ain, Gus, desliga esse celular awwwn" - ouvi voz de mulher, na verdade, tava mais pra travesti.
“No Mc Donald’s, né? Aham, sei!”
“É sério – riu – foi o idiota do Chaz!”
“Agora explica a voz de travesti – rimos.”
“Justin quer falar com você. – tremi.”
“O Justin?”
“Sim, fala com ele.” – Gus passou seu celular pra ele.
“Ash?”
“Fala.” – disse um tanto fria.
“ Minha mãe já chegou?”
“Não, por que?”
“Olha, nesse instante to indo pra aí, viu? Tranque a casa toda e fique no seu quarto.”
“Justin, pra que tudo isso? – eu realmente não tava entendendo”
“Como eu disse, me preocupo com você. Quero que esteja segura.”
"Owwnn ele se preocupa com o amorzinho dele owwnt" - escutei outra voz, e era do Chaz, novamente.
“Cala a boca. Chaz! – Justin disse e riu. - Vai querer que eu leve algo?”
“Sim.”
“Vai querer o que?”
“Você sabe o que eu quero.”
“Sim, eu sei. – ficamos um tempo em silêncio – Vou passar pro Gus.
“Viu.”
“Por favor, vá pro seu quarto e tranque tudo.”
“Já ouvi, Justin. – eu ri.
“Tchau.” – Passou pro Gus.
“Ash, vou desligar, viu?
“Okay, tchau.
“Tchau, gorda.”
Tum, Tum, Tum...
Um sorriso bobo brotou em meu rosto. Talvez tenha sido a voz dele, talvez sua preocupação, ou até mesmo o fato dele saber qual hambúrguer eu quero. Ele ainda se lembra e isso me fez ter esperanças que podemos voltar. Tia Pattie tem razão, Justin ainda é o mesmo, só que um pouco confuso agora.
Fiz o que ele pediu, tranquei toda a casa e fui pro meu quarto. Fiquei assistindo Velozes e Furiosos até que escutei um barulho vindo de baixo. Me assustei na hora, é claro. Peguei uma barra de ferro que tinha ali(era do guarda-roupa, que havia quebrado) e fui ver o que era. Fui descendo bem devagar e o barulho foi aumento. Ele vinha da cozinha.
- Justin? – disse desconfiada.
-Sou eu, Ash. – a voz da Pattie me acalmou.
- O que comprou? – disse entrando na cozinha.
- Ah, algumas comidas pra vocês merendarem.
- Ah... – sentei-me em um banquinho.
- Menina, pra que esse ferro?! – ela disse assustada assim que viu a barra de ferro que eu carregava em minhas mãos.
- É que eu achei que era um ladrão. – ri.
- E o Justin, onde está?
- No Mc Donald’s. Disse que já está vindo.
- Pensou no que te disse?
- Pensei sim, e a senhora tem razão.
- Então vai ficar? – sorriu de orelha a orelha.
- Vou sim. – sorri.
- Ai meu Deus, Ash! – ela veio me abraçar forte 
Aquele momento teria se prolongado se não fosse o Justin pra atrapalhar, mais uma vez. O barulho da porta nos chamou atenção e olhamos na mesma hora pra sala.
- Ash? – Justin me chamava.
- To aqui! – gritei da cozinha.
- Ta aqui seu Mc Lanche Feliz. – ele colocou a sacola na mesa da cozinha e deu um beijo em sua mãe. Fiquei ultra mega hiper feliz ao saber que ele trouxe o que eu realmente queria.
- Fui na faculdade de vocês e conversei que íamos viajar.
- Já ta tudo certo? – perguntei.
- Sim, só falta comprar a passagem.
- E pra onde vamos? – Justin perguntou.
- Primeiro vamos pra Bahamas, depois ficaremos uns três dias no Brasil e por último, voltaremos pra cá.
- Ai meu Deus, vou ver meus pais! – quase pulei de tanta alegria.
- Vou ver meus pequenos! – Justin também quase pulava.
- Mãe você é a melhor! – Justin a abraçou.
- Eu te amo, Tia. – ela me puxou pra abraçá-la também. E assim formou aquele lindo momento, os três abraçados e felizes.
- Agora vou subir, tomar um banho e dormir, pois to exaustada.
- Boa noite, tia.
- Boa noite, minha linda. – ela beijou minha bochecha. – Boa noite, meu filho. – foi até Justine beijou sua testa.
- Boa noite, mãe.
Tia Pattie subiu e eu fui devorar meu Mc Lanche Feliz.
- Vai com calma. – Justin riu.
- To morrendo de fome! – dei uma mordida enorme e senti que melei minha boca.
- Vem cá, deixa eu limpar.
- Não, não precisa, eu limpo. – eu sei que não to facilitando nossa aproximação, mas não posso esquecer tudo que ele fez de uma hora pra outra.
- Para de teimosia, deixa que eu limpo. – e então nossos olhares se cruzaram e sua mão tocou meu rosto, mas nossos olhos? Ah, sim, esses permaneceram fixos um no outro. Justin limpou o cantinho da minha boa e naquele momento tive a certeza que preciso dele pra respirar.  – Pronto! – ele disse quase em um sussurro e foi se afastando de mim.
- Obrigada. – disse tímida.
- Adivinha o que eu comprei? – ele disse animado e eu dei mais uma mordida no meu Mc Lanche Feliz.
- Vem cá comigo. – ele foi pra sala e eu peguei meu lanche e o segui.
- Não, isso não é o que to pensando que é! – disse com um brilho no olhar.
- É e vamos assistir agora! – ele disse animado e indo colocar o filme do Bob Esponja no DVD.
Sentei-me no sofá e ele fez o mesmo depois que colocou o filme. Ficamos com nossos olhos fixados na tela da TV. De fato, estávamos ansiosos. Quero dizer, nós nunca assistimos o filme do Bob,então é uma momento pra muita ansiedade.
- Sempre quis assistir o filme. – disse quebrando aquele silêncio.
- Eu também.
- Deve ser perfeito!
- Coloca perfeito nisso!
- Ai meu Deus, vai começar! – disse toda empolgada.
[...]
Alegria e muita gargalhada. Foi assim que passamos o resto da noite.
Cabe ressaltar que não houve nenhuma briga. Repito: não houve nenhuma briga!
Será que esse seria um recomeço pra nós dois? Será que até que em fim, íamos nos dar bem novamente?
“Mas ás vezes o amor vai do sol até a chuva”, da tempestade ao arco-íris, da briga a reconciliação, de mim a Justin.

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Gente, vocês já devem saber, mas queria dizer que essa parte aqui "Mas ás vezes o amor vai do sol até a chuva" é a da música heartbreaker, do nosso Justin. E bem, tomei a liberdade de acrescentar algumas coisas, como vocês viram. Peço perdão a quem não gosto da minha intromissão.
E galera, eu não esqueci vocês não, ok? Acontece que eu não tava conseguindo postar :c 
Peço perdão pela demora :/

24 de nov. de 2013

When I Was Your Man, capítulo 12

"Ultimamente tenho pensado, pensado sobre o que tivemos. E sei que foi difícil, e isso era tudo o que sabíamos. Você tem bebido para aliviar toda essa dor? Queria poder te dar o que você merece. Porque nada, nunca, poderá lhe substituir. Nada pode me fazer sentir como você faz. Você sabe que não há ninguém com quem posso me conectar. Sei que não encontramos um amor tão verdadeiro. Não há nada como nós, não há nada como você e eu, juntos, enfrentando a tempestade. Não há nada como nós, não há nada como você e eu, juntos." - Justin Bieber




Justin On*

Uma semana se passou e meu sentimento pela Ash só ia desabrochando ainda mais. Era como uma flor presa em mim. Ele existia, sempre existiu. Só que, em um determinado tempo, essa flor fechou-se e simplesmente não quis mais abrir. Os espinhos dela formaram tipo uma armadura contra o amor, mas agora, agora que ela veio morar aqui, esses espinhos foram saindo de pouco em pouco, e essa flor, como eu disse, foi desabrochando e neste exata momento ela está totalmente aberta, e olha, está linda. Tão linda quanto o sorriso dela numa manhã de sábado!

Bem, como eu disse, uma semana se passou, e muitas coisas aconteceram. A semana pode conter apenas 7 dias, mas meu caro, podemos fazer mil e uma coisas em apenas um minuto.

Ash parou de usar a botinha a três dias atrás, ela já está bem melhor. Na faculdade há apenas uma coisinha que ta me estressando. Na verdade, uma pessoa. Lembram do Liam? Aquele garoto dos olhos verdes e cabelo encaracolado... Aquele que eu encontrei junto com a Ash, logo no primeiro dia de aula... Lembram? Pois é, ele ta me estressando pra caralho! Quero dizer, ele diz ta apaixonado pela Ash e que é capaz de fazer tudo por ela. Claro que eu sou muito mais apaixonado, mas mesmo assim. Imaginem se eu perco minha garota? Apesar de eu já estar perdendo-a... 

Ash não é a mesma, malmente fala comigo. Quando nos encontramos aqui em casa, é simplesmente um "oi", ou as vezes, nem isso. Sei que o culpado disso tudo sou eu, quero dizer, meu orgulho é muito maior que meu amor. Eu continuo grosso, mas to tentando mudar, juro que to, mas ela não facilita.

- Você está atrasada, Justin te dá uma carona. - minha mãe dizia pra ela, e eu, da sala escutava tudo.
- Não é necessário, tia. Eu pego um táxi, ou algo assim. - ela sempre recusando.
- De forma alguma que eu vou deixar isso! - era típico da dona Pattie - JUSTIN! - ela me gritou, e logo apareci na cozinha.
- Sim? - fingi que não sabia do que tava acontecendo.
- Pode levar a Ash na faculdade?
- Sim, claro. Eu estava indo pra lá, - menti - tenho que entregar um trabalho.
- Ah, então ótimo! - minha mãe parecia sorridente. Sei que ela, mais que todo mundo, queria nos ver juntos. - Vou subir pra tomar um banho, e vocês vão logo. - antes da gente responder, ela saiu da cozinha e subiu pro sue quarto.
- Olha, não precisa okay? - Ash dizia séria - Eu posso pegar um táxi, ou vo...
- Vamos. - não dei atenção ao que ela disse e peguei a minha chave que tava em cima da mesa.

Ela me acompanhou com cara de emburrada até o carro. Abri a porta pra ela, esperei ela entrar, mas ela não entrou, simplesmente ficou parada.

- Não vai entrar?
- Quando parar de fingir, eu entro.
- Ashley, pra que tanta teimosia?
- Não se chama "teimosia" - ela fez aspas e cara de nojo -, chama-se apenas "proteção a ilusão." Então, por favor, vá para seu assento e deixe que eu mesma entro no meu, pois tenho mãos e pés pra fazer isso sozinha!

Não fiz nada, apenas fui para o meu assento. E um pouco antes de eu chegar nele, ela sentou no lugar dela.

- Como vai na faculdade? - tentei puxar assunto.
- Não to com vontade de conversar, Justin.
- Tudo bem.

Ash abriu o vidro e ficou olhando para a paisagem que tinha fora do carro. O vento forte, mas ao mesmo tempo manso, batia em seus fios loiros e ela parecia amar aquele ato natural.

Apesar do som ligado, o silêncio que predominava ali era entediante. Tentei puxar conversa umas três vezes, mas ela não me respondia, e se respondia era apenas "Justin, já disse que não quero conversar."

- Ali é o Liam? - perguntei assim que parei o carro em frente a faculdade e vi o sujeito olhando pra nós.
- É sim.
- O que ele faz aqui? Quero dizer, ele não tem aula nesse horário.
- Não, mas ele é bom em direito, então pedi pra que me desse ajuda.
- Eu também sou bom em direito!
- Bom pra você, então! - ela disse e bateu a porta do carro. Andou um pouco, mas logo voltou pro carro e parou na janela da porta. - E ah, Justin...
- Sim? - fiquei feliz por ela ter voltado.
- Que eu saiba, você tem um trabalho pra entregar, não? - disse sínica e saiu.

Bati com total força no volante e liguei o carro, sai catando pneu.

Ashley On*

- E aí, como vai? - Liam perguntou-me e nos cumprimentamos.
- Bem, e você?
- Dentro do possível.
- Jura que não tem nada pra fazer hoje? Quero dizer, não quero te incomo...
- Ash, já disse que não é nenhum incômodo. E mesmo se eu tivesse mil coisas pra fazer hoje, largaria tudo pra te ajudar. - senti minhas bochechas corarem.
- Obrigada.
- Agora vamos entrar? Que eu saiba sua aula é as 14:30h e já são quase três!
- Ai meu Deus, sério?
- Seríssimo!

Entramos na faculdade e nos separamos. Ele foi pra biblioteca, ia procurar livros sobre direito. E eu? Bem, eu fui pra sala. Quase não entrava, mas dei uma desculpa barata e entrei.

[...]

- Então turma, até a próxima aula e espero que todos estejam com o trabalho feito! - Senhor Paul disse e saiu.

Bem, agora eu estava liberada. Não totalmente, ainda tinha que me encontrar com o Liam.

Chegando na biblioteca, não o encontrei. Achei estranho.

- Liam? - perguntei pra conferir se ele estava ou não ali.
- Oi, Ash, to aqui em baixo. - ele me respondeu.
- Em baixo aonde, idiota?
- Atrás da mesa, no chão.
- Meu Deus! - ri. - Fazendo o que aí? - perguntei ao sentar-me ao seu lado.
- Vendo alguns livros.
- Não precisa se aprofundar tanto, só quero uma ajudinha.
- Tudo bem. - ele disse largando os livros e me fitando profundamente. Aqueles olhos verdes me olhavam com tanta intensidade, com tanta vontade de me devorar ali mesmo. Senti que havia milhares de borboletinhas no meu estômago. Íamos nos aproximando cada vez mais e aqueles lábios eram o meu objetivo, mas de forma alguma eu o beijaria. Quero dizer, sei que ele sente algo por mim e sei que meu sentimento não é páreo para o dele. Quem eu amo mesmo é o Justin.
- Er... - tentei dizer algo, mas não conseguia pensar em nada. 
- Sim?... - ele dizia e ia se aproximando ainda mais.
- Vamos estudar. - disse rapidamente e me afastei.
- Sim, claro. Vem, vamos começar pelo direito penal.

[...]

- Não quer que te leve?
- Não, não precisa.
- Ta tarde, Ash, pode ser perigoso.
- Eu rio na cara do perigo ha ha ha.
- Frases de rei leão agora não, por favor. - ri e dei um tapinha nele.
- Idiota!
- Vou te dar carona você querendo ou não.
- Ui, ta bom.

Acabamos de estudar ás 19:00h e estávamos faminto, então fomos a uma lanchonete aqui perto. Depois Liam me convidou pra ir a sua casa. Ficamos jogando vídeo-game por um bom tempo, eu sempre ganhava dele. Ele realmente não é bom. Resolvemos assistir filme. Liam queria de terror, eu de comédia. Venci. Se no lugar dele, fosse meu branquelo dos olhos cor de mel, eu aceitaria na hora. Quero dizer, tê-lo me protegendo seria ótimo!

Quando deu 22:45h decidi ir pra casa. Liam não precisava ter se incomodado em me levar, eu pegava um táxi. Mas a verdade é: eu não queria pegar táxi e realmente tava com medo, então apesar de fazer teimosia, aceitei.

[...]

Justin On*

- Mãe, vamos chamar a polícia! - dizia isso pela milésima vez.
- Calma, meu filho, ela deve ta com aquele garoto que você disse. - minha mãe dizia tentando me acalmar.
- Não quero nem pensar nisso, mãe.
- Ciúmes?
- Não, claro que não.
- Então se acalme, ela deve estar bem.
- Ela não atende o celular, só da caixa postal.
- Se acalme. - ela me deu um beijo na testa e subiu pro seu quarto.

Fiquei na sala andando de um lado pro outro, olhava as horas de minuto em minuto e sempre pegava o celular pra ver se tinha alguma mensagem ou algo do tipo. Cadê essa menina? Eu não quero pensar no pior. Não, isso não.

Peguei meu celular pela vigésima vez e tentei ligar pra ela.

"Aló, Ash?"

"Sim, Justin."

"Onde você está?"

"Virou minha mãe?"

"Onde está, Ashley!"

"Estou na porta de casa."

Tum, tum, tum...

Ela desligou. Desgraçada!

Abri a porta de casa e ela realmente estava lá. Ela e o Liam.

Ash estava abraçada com aquele idiota e a boca dos dois estavam muito próxima. Eu tinha que atrapalhar.

- Ashley, entra logo! - disse um tanto alto e os dois viraram pra mim.
- Te devo algo?
- Minha mãe quer falar com você.
- Okay, já estou indo.
- É agora.
- Viish, Justin, já estou indo!
- Adianta...
- Então até amanhã, Liam. - ela disse e eu revirei os olhos. 
- Até, pequena. - ele disse, entrou no seu carro e foi embora.
- Argh, Justin! - reclamou e entrou.
- ONDE PENSA QUE ESTAVA COM A CABEÇA? - falei irritado assim que fechei a porta.
- É o que? Como ousa falar assim comigo?
- Falo do jeito que eu quiser, Ashley, agora me responda: ONDE ESTAVA CARALHO?
- Não te interessa. - ela disse sínica e virou-se de costas pra mim. Puxei seu braço com força.
- RESPONDA! - disse rude.
- Ta me machucando. - seus olhos estavam marejados, devia estar com medo. Nunca me viu assim, mas é que ela com aquele cara realmente me tira do sério.
- Antes, me responda. - meu maxilar estava travado e aquilo não era sinal de tentar ser sexy ou algo do tipo, aquilo era sinal do meu nível elevado de irritação.
- Ta, ta machucando. - sua voz já era de choro e vi uma maldita lágrima passeando pelo seu rosto.
- RESPONDA! - eu apertei ainda mais.
-Eu - ela tentava procurar palavras, mas parece que elas fugiam dela. - eu estava estudando. - e suas lágrimas já eram muitas.
- Não acredito que estudou até agora! - soltei-a, mas eu ainda estava irritado.
- TE ODEIO!

Ash subiu as escadas correndo pro seu quarto, e eu fui atrás. Antes dela fechar a porta, consegui chegar e segurá-la.

Ash On*

Justin segurou a porta e eu corri pra cama. Quem era esse garoto? Não, não era o Justin que eu conhecia, nem o que eu conheci aqui. Era um Justin diferente, não o reconhecia.

Justin chegou junto de mim e eu sai de perto. 

- Não chega perto! - disse, indo pra perto da saída.
- Não saia!
- Por que não? Justin, me deixa! - meu choro era excessivo.

Ele me segurou forte, novamente. Aquilo machucava.

- Me solta, por favor. - eu dizia melosa e quase desistindo.
- Por que, Ash? Por que? - ele acariciava meu rosto.

Quem era aquele garoto? Um maníaco bipolar?

- Por que ele?
- Justin, ele é só meu amigo. - estava um pouco mais calma e ele também.
- Eu duvido, Ashley.
- No que acredita?
- Acredito que tenha transado com aquele idiota. E quer saber? Creio que também tenha transado com o Augustus!
- Justin, eu - estava boquiaberta - Não to acreditando nisso!
- Pois pode acreditar. E aliás, acho que essa é a verdade!
- Você me ofende assim.
- Um dia me disse que ainda era virgem. Era mentira, eu sei. Você só não queria ficar comigo. Mas aposto que deve pegar todos que ver pela frente!
- Você não ta insinuando que sou...
- VADIA! - meus olhos se abriram formando dois "O"s tipo assim O.O. E minha boca também se abriu em forma de O.
- Eu... eu achava que você tinha mudado. Eu realmente achava, Justin. Mas, mas como pode achar isso de mim? Como pode me chamar assim? Eu ainda sou virgem, Justin! Eu estava sim estudando com o Liam, depois fomos comer algo e ele me convidou pra ir na casa dele, mas não aconteceu nada!
- Ash, eu... - ele parecia arrependido.
- Não, Justin, não fala nada. Eu só quero entender o que há com você. Quero dizer, uma hora está tão prestativo, mas na outra eu simplesmente não te reconheço. Cadê aquele Justin do Brasil? Cadê? Eu sei que não é assim, Justin.
- Eu não sou assim. - ele abaixou a cabeça e então vi uma lágrima em seu rosto.
- Então porque age como tal?
- Eu... eu não sei.
- Justin, isso machuca, sabia?
- Eu sei.
- Por que gosta de me machucar tanto? O que te fiz?
- Nada, Ash, é que...
- Sente ciúmes de mim, é isso?
- Por que diabos eu sentiria ciúmes de você?
- Não sei, Justin, só estou te perguntando. Deve haver alguma explicação pra essa sua atitude, não?
- Sim, Ash.
- Se tem, por favor, me diga. Porque, Justin, eu estou confusa. - sentei-me ao seu lado na cama.
- É preocupação, Ash. Eu me preocupo contigo.

Tremi. Tremi dos pés a cabeça. Ele se preocupa comigo e isso era o suficiente para me jogar em seus braços, mas não me joguei e nem vou.

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Esse capítulo não me agradou muito, e acho que não vai agradar vocês. Desculpem-me pelo desastre que ta, irei melhorar no próximo.

Gente, favoritem essa fanfic no animespirit, por favor, agradeceria muito. E lembrando que talvez, quando acabar When I Was Your Man, eu poste a próxima fanfic lá no anime, então por favor favoritem e me sigam lá. 


Obrigada, desde já.

















17 de nov. de 2013

Oi, oi, gente!

Então, amores, criei uma conta no animespirit e estou postando "When I Was Your Man" lá, porém vou continuar postando aqui. E lá estou postando do começo, do capítulo 1... Bem, quando eu acabar essa fanfic, talvez a próxima eu vá postar lá, ou talvez eu fique postando lá e aqui. Enfim, só to postando isso aqui, pois queria que me seguissem lá e que favoritassem minha fanfic, por favor. Não to pedindo muito, to?


Gente, fazer um conta lá não é tão difícil :c Criem a conta, me sigam lá e favoritem minha fic, por favor.

E desde já quero agradecer. Obrigada!

15 de nov. de 2013

When I Was Your Man, capítulo 11

"É que apesar de todas as imperfeições de quem eu sou, ainda quero ser seu homem. Sei que não foi fácil para nós conversar com todos por perto, mas isso é, isso é pessoal, isso é para mim e para você. E quero que você saiba que eu ainda te amo, e que as estações podem até mudar, mas às vezes o amor vai do sol até a chuva. E estou embaixo desse guarda-chuva chamando seu nome, e você sabe que eu não quero perder isso. Ainda acredito em nós." - Justin Bieber




Ash On*

   O escuro do céu denunciava que já era tarde. E ao olhar o visor do meu Iphone, tive certeza disso, era 23:00h. Dou graças a Deus que esse dia ta acabando. Não foi um dos melhores, realmente. Justin agiu diferente, e isso me afeta muito. Quero dizer, vê-lo sendo tão cuidadoso é perigoso pra mim. Eu começo a lembrar do tempo em que estávamos juntos e isso dói.

  Apesar do horário, eu não estava com sono. Tentava de várias formas, dormir. Virava para um lado, virava para o outro, e nada do sono. Decidi, então, comer algo. Peguei minhas muletas, levantei da cama e fui em direção a porta. Não me importei em estar descalça. Eu só queria tomar algo e pensar mais um pouco.

  Com muito cuidado, fui tentando descer as escadas. Eu tentava fazer o mínimo barulho possível. Ao chegar no último degrau, notei que a TV estava ligada. Quem estava acordado? Seria a Pattie? Achei estranho, pois a pessoa que ali estaria, não notou minha presença. Fui me aproximando mais da sala, e pude ter a visão de um anjo dormindo no sofá. Era, definitivamente, um anjo. Mas era um anjo diferente. Sua missão não era proteger alguém, e sim machucar alguém. E esse alguém era eu. Esse anjo tinha uma mancha preta na alma. Não to dizendo que ele é ruim, mas sim, que é insensível.  

  Ajoelhei-me, com dificuldade, na sua frente. Minha cara estava na mesma direção da sua, porém ele estava no sofá, e eu não. Minhas mãos passeavam, delicadamente, sobre seu rosto. Eu desejava aquele lábio rosado, desejava olhar no fundo daqueles olhos castanhos e dizer que ainda o amo. Eu desejava, eu queria, queria muito aquilo, mas como dizem por aí "querer, é nem sempre, poder".

- Por que ta agindo assim, hein? Pra que me confundir tanto? - eu dizia em vão, mas é como se ele estivesse me escutando - Já não basta o que me fez passar? - nesse momento, lágrimas já formavam-se nos meus olhos - Olha, Justin, eu nunca senti isso por ninguém, nem pelo Pedro. Você é tudo o que eu desejo, e eu te amo, te amo muito, mas do que a mim mesma. Acho que nunca irei amar outro cara, a não ser você. E... - eu não sabia exatamente o que falar, e as palavras falhavam - bem, eu só queria que parasse de me tratar assim. Eu só queria que voltasse a ser aquele Justin de antes. Eu não gosto desse Justin, não gosto! Eu sei que você não é assim, está fazendo cú doce. - ri disso, pois nunca havia usado essa expressão - Olha pra mim? - ri fraco - Olha o que estou fazendo! Estou, em plena madrugada, te implorando pra me tratar bem e voltar a ser aquele cara. Como sou ridícula! - abaixei minha cabeça e lágrimas lavaram meu rosto -

- Não chore. - Justin disse, ainda sonolento. Sua mão esquerda passou pelo meu queixo e levantou minha cabeça. Me fez olhar diretamente pra ele.

- Eu não quero olhar pra você.

- Não faça cú doce. - ri fraco, e ele também.

- Você ouviu? - disse manhosa, um tanto arrependida.

- Sim.

- Desculpa.

- Não me peça desculpa, você não tem por que pedir.

- Por favor, esqueça tudo o que eu disse. - enquanto dizia, ia tentando me levantar, mas Justin segurou no meu braço, e então, nossos olhares se cruzaram. Minha alma tremia e borboletas voavam no meu estômago. Eu estava olhando diretamente pro meu mundo, aquilo não era fácil. Ele, apenas com o olhar, torna-se dono de mim. Isso é insano!

- Por que? Eu não quero esquecer, Ash. Foi lindo.

- Mas eu preciso te esquecer, preciso esquecer o que vivemos. Você já é passado! - eu esperava alguma reação dele, mas apenas recebi um silêncio assustador. Aquele silêncio dizia tudo que eu não queria ouvir. Indicava que Justin também achava isso, indicava que ele realmente não me ama mais. - Só vim pegar um copo d'água, então, deixe-me ir.

- Tudo bem, faça o que achar melhor. - ele me soltou,e como eu disse, fui pegar meu copo d'água.

  Na cozinha, minha cabeça dava mil e uma voltas. Não, não estava tonta, mas meus pensamentos eram pesados e faziam ela ficar pesada. Era como se tudo o que passamos fosse apenas um sonho, que acabara de virar pesadelo.

  Peguei meu copo d'água e voltei pra sala. Não voltei com o intuito de ficar por lá, queria apenas que o Justin falasse algo, mas não falou. Na verdade, nem lá ele estava mais. Ao tentar subir as escadas, notei que ele estava na varanda. Olhando para as estrelas, pensativo, com sua cueca box preta, maxilar travado... Ele estava sexy! Tudo que eu queria naquele exato momento era ir até ele, abraçá-lo e perguntar no que tanto pensa, mas tenho que parar de ser boba, Justin não iria me querer ali, eu sei. Então, tudo que eu fiz foi subir aquelas escadas com muita dificuldade e ir para meu quarto.

  No quarto onde eu dormir, tinha uma varanda. Resolvi ir até lá. A lua estava incrivelmente linda! E então, em um ato de nostalgia, lembrei da carta que o Justin escreveu pra mim, antes de voltar pra cá.

"A lua que ilumina suas noites frias e poéticas, é a mesma que me deixa ainda mais apaixonado por ti."

  A lua já não ilumina minhas noites frias e poéticas. Talvez o poeta esquecera de escrever poesias. 

  A lua não deixa o Justin ainda mais apaixonado por mim. Ela se esqueceu de um amor verdadeiro, vai ver estava decepcionada com suas estrelas e quis descontar em mim.

  Apesar de linda, ela está vaga.

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Foi pequeno, eu sei. Me processem u_u É que eu queria muuuitooo postar logo, gente, daí fiz pequeno. 

Aguardem que está pertinho deles se beijarem <3

Espero que tenham gostado. E desculpem-me por ter demorado, mas vocês sabem, o computador e tal... Já expliquei, porém ainda me sinto culpada :c Então, mais uma vez, mil desculpas.






14 de nov. de 2013

Olha quem apareceu? haha

Então, gente, deixa eu explicar... Aqui em casa tem dois computadores, um eu consigo postar aqui, com o outro não. O computador que eu consigo postar(esse daqui) quebrou, daí meu pai levou pra consertar. Ele só ficou bom ontem. Então, espero que compreendam e já, já, postarei aqui!

19 de out. de 2013

When I Was Your Man, capítulo 10

"Nunca quis sentir, nunca quis que você roubasse meu coração, nunca quis saber, nunca quis mostrar que sou fraca. Eu estou caindo toda sobre mim, tentando ser outra pessoa. Queria que você estivesse lá e me levasse pra casa, então, eu não teria que me sentir sozinha." - The Pretty Reckless




Justin On*

  Os raios solares tomavam conta do meu quarto, e eu tentava, em vão, dormir mais um pouco, mas era difícil quando o sol batia em minha cara. 

  Foi uma péssima ideia eu ter dormido com essa janela aberta.

  Peguei meu celular, que estava em cima da banquinha branca ao lado da minha cama, e olhei as horas. Não acredito que acordei seis da manhã!

  Seis da manhã!

  Seis da manhã!

  Tem noção do que é isso?

  Puta que pariu!

  Levantei, ainda sonolento, e fui fechar a janela. Fechei e também fechei a cortina cor de gelo. Voltei para a cama, com o objetivo de dormir mais um pouco.

  Passou 5, 10, 20, 30 minutos e eu ainda estava acordado, olhando para o teto. Não conseguia dormir, pois pensamentos rodeavam minha mente.

  Nunca pensei que, depois de tanto tempo, voltaria a pensar em uma menina, imagine na minha ex? Sim, gente, eu estou pensando na Ash. E é ela quem me tira o sono. Não paro de pensar nela com o Gus desde ontem.

  Será que meu ciúmes era visível? E eu fazia papel de bobo atrapalhando aquele momento dos dois na minha varanda. Mas eu não aceito que ela seja de outro!

  Ela é minha caralho, minha!

  Pena que só eu sei disso.

  Levantei, pela segunda vez, da cama. Fui andando em direção ao banheiro, que mantinha sua porta fechada. Coloquei minha mão direita na maçaneta e abri aquela bendita porta, a primeira imagem que vi ao abri-la, foi de um idiota, usando cueca box branca. Esse idiota tinha em seus olhos, saudades do tempo de outrora. Ele tinha saudades daquela linda menininha que tinha em seus braços. Ele tinha o coração da garota, mas foi fraco demais pra segurá-lo.

  Abri a torneira da pia do banheiro, coloquei minhas mãos em baixo da água que escorria e deixei com que a água se acumulasse ali, nas minhas mãos. Com a água acumulada, levei minha mão até meu rosto, liberando todo aquele líquido sem cor. Me olhei, mais uma vez, no espelho. Meu rosto se mantinha cansado, triste.

  Ainda sem fechar a torneira, peguei minha escova roxa e, depositei sobre ela, um pouco de creme dental. Levei-a para se banhar na água, e por fim, a escova chegou ao seu destino, ou melhor, a minha boca.

  Depois de escovar meus dentes, voltei para o meu quarto, que agora estava escuro, por conta da janela fechada. Fui até a porta do meu quarto, e abri-a. A casa estava em um silêncio total. Creio eu, que todos ainda estavam dormindo.

  Pé ante pé, fui descendo as escadas, e conforme eu descia, o barulho da porta de geladeira se fechando, de armário sendo aberto, se agravava. Desconfiado, continuei descendo as escadas. Ao chegar na sala, fui andando, devagar, até a cozinha. Não fiz muito barulho e nem me manifestei para que soubessem que eu estava ali. Apenas parei na porta da cozinha, me encostei na parede e cruzei meus braços.

  A imagem daquela menina/mulher me acalmava, e de alguma forma, o jeito como ela estava, a deixava sexy. Ash estava de costas pra mim, por isso, não me viu. Ela estava com uma blusa colada e de calcinha. Seu pé engessado estava em cima de uma outra cadeira, e suas muletas estavam ao seu lado. Seu cabelo estava presos em um coque, mas apenas uma mexa dele caía sobre seu olho direito. E eu já podia imaginar aquele mar, que tomou emprestado a cor do céu, olhando para sua torrada com nutella.

  Continuei sem me manifestar, queria observar aquele momento. Queria me arrepender um pouco mais de ter deixado escapá-la.

  E era tão sensual vê-la lambendo os dedos sujos de nutella, era tão incrível a forma como ela bebia aquele suco. Tão delicada...

  Senti que ela ia levantar da cadeira, e logo aproximei-me.

- Eu te ajudo. - falei, sem ao menos pensar no que estava fazendo.
- Não, obrigada. - ela disse, e então tentou levantar-se da cadeira, porém estava com dificuldades.
- Você vai cair. Deixa eu te ajudar.
- Já disse que não. - ela falou um tanto grossa.

  Depois de tanto tentar, ela conseguiu levantar da cadeira, mas a dificuldade maior viria agora. Ela pegou o copo, que antes continha suco, e tentou pegar sua muleta, mas foi em vão. E então, em uma atitude rápida, ela colocou sua muleta de volta onde estava e foi pulando até a pia da cozinha, com o copo na mão.

  Colocou o copo na pia, e se apoiou na mesma, se sentido cansada.

- Toma suas muletas. - falei, entregando a ela, as muletas.
- Não precisava, eu tenho mãos pra pegar. - e mais uma vez, foi grossa.
- Ash, só to querendo ajudar - dei de ombros.
- Obrigada, mas sua atitude não é bem-vinda. - ela revirou os olhos e quando posicionou suas mãos nas muletas, percebi que seu destino era a sala.
- Eu te peço, por favor... - eu fiz aquela minha cara de lerdo, de cachorro pidão.
- Ta, Justin, ta! - ela disse nervosa, mas eu sei, ninguém resiste a mim.

  Olhando no fundo daquele oceano, tirei, bem lentamente, suas muletas de suas mãos. E com maior cuidado, a peguei no colo.

  Fui caminhando um pouco ofegante, por causa do peso que carregava em mãos, para sala. E ao chegar perto do sofá, a deitei com muito cuidado.

- Fique aqui, irei pegar sua muletas.

  Ela não disse nada, apenas trocou de posição, ficando sentada.

  Trouxe suas muletas e coloquei-as ao lado do sofá. Sentei-me junto a ela, e então liguei a TV. Estava na nick e passava Bob Esponja. Não assisto esse desenho desde que voltei pra cá.

- Nunca mais assisti. - falei, e ficamos em um silêncio torturante.

  E aquela risada tão gostosa, que eu amava ouvir, estava agora derrubando aquele silêncio. Ela ria da risada do Bob Esponja. Existe pessoa mais retardada?

- A risada do Bob não é tão engraçada. - disse, tentando puxar papo.
- Por que? - ela perguntou.
- Porque é uma risada comum, ué.
- Por que está assim? Por que está tão carinhoso?
- Você precisa de cuidados, e eu estou aqui pra ajudar.
- Conta outra! - ela riu sarcástica.
- Não, é sério. Eu estou tentando te ajudar, Ash, apenas.
- Olha só, até esses dias atrás, você me tratava como uma qualquer, e agora quer me ajudar? Não, Justin, eu não acredito!
- Ash, eu estou falando a verdade. - tentei ser o mais sincero possível.
- Verdade? Verdade, Justin? Não, não está. Você está mentindo pra mim, assim como mentiu quando disse que me amava. Mas acontece, Bieber, que eu não acredito mais em você! - eu não disse nada, apenas abaixei a cabeça. - Assistir Bob Esponja não é mais como era antes. Agora é triste, é assustador. - ela esperou que eu dissesse alguma coisa, mas eu não conseguia pensar em nada. - Eu te amei, te amei muito! Na verdade, ainda te amo, mas quer saber? Vou colocar esse amor em um quartinho escuro, vou deixá-lo sem comida e sem água. Ele irá berrar pra sair dali, vai implorar por minha atenção, mas eu vou ignorá-lo. E sem afeto e sem carinho, ele irá morrer. E aí, Justin, não sentirei mais nada por você. Vou seguir minha vida... sem você nela! - ficamos em silêncio. Ela, provavelmente, esperava que eu dissesse algo, mas eu não disse. Não disse, pois estava fraco demais pra isso. Receber uma facada no peito dói muito. -

   Ela levantou do sofá, pegou sua muleta e foi caminhando pra varanda. E eu continuei ali, de cabeça baixa. Não tinha porque retrucá-la, afinal, eu a machuquei muito. Eu tinha que deixá-la viver a vida dela, eu sei. Sei também que o melhor pra ela é ficar longe dessa merda que sou. Mas não vai ser tão fácil assim, pois estou disposto a lutar  por ela, não quero perdê-la novamente.

  Deitei no sofá e continuei assistindo Bob Esponja, mas nem estava prestando atenção. Minha mente estava ligada a ela, eu pensava em momentos de nós dois juntos.


" - Ashley Benson, volte aqui e me dê um beijo! - disse em um tom autoritário.
- Não. - ela disse manhosa e começou a correr depois que me viu correndo atrás dela.

   Corremos feito dois loucos na praia, feito dois jovens loucamente apaixonados um pelo outro. Eu consegui pegá-la, então a beijei, mas ela me afastou, e a beijei novamente. Ela não resistiu e se deixou levar pelo gosto do meu beijo, pelo meu amor...

- Sabia que ia conseguir. - disse vitorioso.
- Idiota! - ela bateu de leve no meu peitoral.
- Idiota que você ama.
- Quem te disse isso? Eu não amo idiota nenhum! - ela disse sínica.
- Ah, então quer dizer que eu não sou idiota? - disse com um sorriso bobo.
- Não. Quer dizer que eu não te amo.
- Ama não, é? - meu hálito estava quente, e seus lábios estavam a milímetros de distância dos meus.
- Amo não. - ela dizia manhosa e sorrindo, se aproximando mais e mais de mim.
- Boba. - sorri.
- Te amo.
- Eu sei.
- Não estraga o clima, idiota! - ela deu dois leves tapas no meu peitoral.
- Ai, isso dói! - reclamei, afinal, aquilo doía.
- Dói nada!
- Ah, é? Então deixa eu te dar dois tapas pra tu ver. - claro que eu não bateria nela.
- Não, não pode bater em mulher.
- Eu sei, bobinha. Nunca bateria em você, nem brincando!
- Você é perfeito!
- Conta uma novidade, Ash.
- E convencido.
- Não sou convencido, apenas...
- Já sei, apenas fala a verdade. - ela me interrompeu.
- Isso aí. "

  Eu sentia falta daquilo tudo. Desse clima romântico entre a gente, desses clichês baratos. Mas que porra eu to dizendo? Quieta, Justin, quieta! Você já não sente mais nada por essa garota! Alguém bugou seu cérebro! Você não pode acordar cedo, Justin, senão fica doido!

  Quem eu to tentando enganar? Eu a amo, cara, a amo! Mas isso é algo que ela nunca irá saber, pois sou orgulhoso demais pra isso.

  Vou manter meu jeito durão, o mesmo jeito que eu estava assim que ela chegou aqui. Serei grosso novamente e mal educado... será melhor pra nós dois!

  Não é porque voltarei a ser esse durão com ela, que não lutarei pelo o amor da mesma.

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Genteeeeeeeeeeee, ó quem ta de volta \o/ Eeeeeeeeeeeeuuuuuuuu \o/ uhuuuuuuulllllll

Então, já tem um bom tempo que tava tentando postar, porém não tava conseguindo, mas hoje eu consegui,e bem, espero que tenham gostado do capítulo haha. É a partir daí que a história começa! Amanhã mesmo postarei aqui. Irei tentar postar todos os dias, pra compensar os dias que fiquei sem postar.

E caraaa, cês escutaram heartbreaker e all that matters? São perfeitas, simplesmente!

E genteee, falta poucos dias pro Justin vir pra cá [] Ai crlh, to quase morrendo aqui, porém eu não vou pro show :( Mas tudo bem, pelo menos estarei pisando na mesma terra que ele u_u

Bjs, gente, até mais!