25 de mai. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 17

                                      "O tempo trouxe o seu coração ao meu." - Christina Perri


Justin On*

O dinheiro já estava nas mãos do Nicholas, só faltava dar meia noite para irmos ao local. Nós estávamos eufóricos, com medo, angustiados, agoniados. Não sabíamos o que fazer. Eu andava de um lado para o outro por aquela sala. A Erin perguntava se eu não queria ir em casa, tomar um banho, comer... Mas cara, como eu vou fazer isso se a Ash ta sequestrada? Não, eu não conseguia comer, sério. Fome? Eu nem sei o que é isso. O telefone, mais uma vez, tocou e nós, claro, ficamos totalmente espertos. Atendi aquele telefone com muita raiva e brutalidade. Não, não coloquei no viva-voz.

XxXx: Quem é Justin? - o que esse cara queria comigo?
Eu: Sou eu! Agora fala o que quer, desgraçado! - disse ríspido.
XxXx: Uou! Vai com calma ai, garotinho.
Eu: Via se fuder, idiota! Cadê a Ash? Deixa eu falar com ela! - meu sangue fervia.
Ash: J-justin. - ela dizia fraca e com voz de choro.
Eu: Ash, eu vou te salvar, ta? Não se preocupe, irei te socorrer.
Ash: E-eu amo todos vocês. 
XxXx: Pronto? Viu que ela ta viva? 
Eu: O que tu quer?
XxXx: Presta atenção, Justin. Quando formos fazer a troca, só quero você lá, ta entendo? Você e a grana, apenas. Se tiver mais gente, já sabe, ela morre. E ah, se a polícia estiver no meio, ela morre também. - tum, tum, tum. O desgraçado desligou.

Porra, é claro que colocamos polícia no meio. Eu fui contra isso, mas foram os pais dela que decidiram, então fiquei quieto. E eu, bem, irei naquele encontro sozinho. É por ela, ta entendendo? É pela Ash, poxa. E por ela eu faço tudo.

Pedro: E ai, Justin, o que ele queria? - Pedro perguntou preocupado.
Eu: Ele disse que quer apenas eu na troca e que se mais alguém for comigo, ela morre. - estremeci nessa hora. - E mais uma vez, ele avisou que se a polícia estiver no meio, ela também morre.
Erin: Você não vai nisso sozinho.
Eu: Erin, é a vida dela que está em jogo.
Carol: Não, Justin, ela está certa. A dela está em jogo agora, mas a sua pode está nesse instante.
Nicholas: Eu irei contigo. Fico escondido.
Pedro: Também irei.
Eu: Gente, vocês não estão entendendo. Se ele souber que tem mais gente comigo, ela morre! - disse em um tom mais alto.
XxXx: Todos falam isso. Nós iremos com você. Não se preocupe, estará seguro. Assim que você estiver com ela na mão, nós prendemos eles. - um dos policiais que estavam ali, falou.
Eu: Então ok. - disse convencido.

Nicholas me deu o dinheiro e eu coloquei no banco de passageiro do meu carro. Pedro e Nicholas foram no carro dos policiais. Erin, Carol e alguns amigos da Ash ficaram lá na casa da Carol. Entrei no carro e dei partida. Eu estava com medo, com raiva... eu, naquele momento, era um turbilhão de sentimentos ruins. Eu andava em 200km/h foda-se os policiais atrás de mim, afinal, eu estava indo salvar a Ash. Aliás, eu nem via os policiais. Eles estavam tão discretos, que nem via. As vezes eu achava que eles tinham se separados de mim. Cheguei no local e desci rápido do carro. Não vi nada, absolutamente nada! Nem um sinal deles ali. Aquilo era o que? Uma brincadeira?

Eu: ALGUÉM AI? - gritei esperando por respostas. Eu apenas obtive algumas gargalhadas. É, acho que isso dizia-me que eles estavam ali. Depois de um ou dois minutos, um dos caras apareceram.
XxXx: Cadê a grana?
Eu: Cadê a Ash?
XxXx: Me dê a grana primeiro.
Eu: Deixe-me vê-la, antes.
XxXx: Darvin, traga a menina! - ele ordenou para um outro cara.

 O suposto Darvin apareceu segurando minha pequena Ash. Ela estava mal, dava pra ver por sua cara. Sua camisa estava coberta de sangue e seus braços tinham cortes. Sua calça estava um pouco lascada perto da parte intima dela. 

NÃO, NÃO PODE SER! ELES NÃO TINHAM ESSE DIREITO! DESGRAÇADOS!

XxXx: Pronto, agora que já viu, me dê a grana.
Eu: Me dê a Ash primeiro.
XxXx: Garoto, olha só, você está me irritando. Em um segundo ela morre. Então para de teimosa e me dê a porra do dinheiro!

Fui chegando mais perto dele, com um certo cuidado. O tanto que eu movia meus braços para dar a maleta com o dinheiro, Darvin também se movia para entregar Ash a mim. O outro cara, que não estava com a Ash, pegou a maleta e ao mesmo tempo, peguei a Ash. Pronto! Agora eu precisava entrar no carro com ela para os policiais fazerem o trabalho deles. Estava indo para o carro com a Ash quando um dos caras disseram "Eu te avisei, Justin." Eu e a Ash viramos rápido e a arma dele estava apontada pra ela. Fechei meus olhos e tudo que eu senti foi uma dor enorme perto do peito. Eu só ouvia gritos desesperados e um pouco embaçado, eu via a polícia prendendo os filhos da puta! Meus olhos foram fechando de pouco a pouco. Até que, já estava todo fechado e eu inconsciente.

Sim, eu me joguei na frente dela.

Ash On*

Fechei meus olhos e não senti nada. Pois é, nada! Apenas ouvir uma zoada de tiro. Pronto, aquele era meu fim. Eu não sentia nada, pois com certeza o tiro foi certeiro e eu morri. É, eu devo ta no céu, mas tudo está escuro. Abri meus olhos de pouco em pouco e pude notar um monte de sangue no chão. Não, eu não queria ver aquela cena. O Justin estava caído ali, e aquele sangue era dele. Não! Era pra eu ter levado aquele tiro, não ele. Que idiota, cara! Porra por que você fez isso? Não devia, Justin, não devia. Aquele tiro não era pra você, era pra mim! Ajoelhei-me ao seu lado e comecei um choro desesperado. Eu gritava por ajuda, mas claro que seria em vão. Vi alguns policiais prendendo aqueles filhos de uma puta. Depois, o Pedro e meu pai chegaram para ver o Justin. Os olhos dele ainda estavam abertos e isso era bom, mas depois de alguns minutos, Justin não conseguia mais mantê-los abertos e eles fecharam. Deitei sobre ele e comecei a chorar mais ainda.

Eu: NÃO, JUSTIN! NÃO! POR FAVOR, NÃO VÁ!
Pedro: Ash, se acalma. - Pedro tentava me acalmar, mas nada, nada me acalmaria.

Depois de algum tempo a ambulância chegou. Ele foi colocado na maca e foi levado. Eu queria ir com ele, mas nem meu pai e nem o Pedro deixou. Pedro foi na ambulância com o Justin e eu fui com o meu pai pra casa no carro dos policiais. Porra, eu quero ir pro hospital, não pra casa!

Cheguei em casa e todos me abraçaram. Senti falta da Megan, onde ta ela?

Erin: Cadê o Justin? - Erin disse eufórica. - Por favor, me diga que ele ta bem. - abaixei minha cabeça e lágrimas dançaram uma canção triste pelo meu rosto.
Nicholas: Ele recebeu um tiro, Erin. Está no hospital.
Erin: - ela levou suas duas mãos até sua boca e olhava incrédula pra aquela situação. - Não pode ser! - ela saiu dali rápido e com certeza foi pro hospital.

Minha mãe não estava na sala. Não sei onde ela estava. Ainda não havia a visto. 

Eu: Pai, eu preciso ver o Justin!
Nicholas: Filha, você vai para o hospital, mas vai para fazer exames, depois pode ver o Justin.
Eu: Você não está entendo! EU PRECISO VÊ-LO! - gritei e senti minhas feridas doerem.
Carol: FILHA! - minha mãe gritou alegre e eu fui correndo abraçá-la.
Eu: Mamãe! - me afaguei em seus braços.
Carol: Ô, minha filha, é tão bom tê-la novamente comigo! - minha mãe chorava de felicidade misturado com alívio. - Mas quem você precisa ver, Ash?
Eu: O Justin, mãe. Ele foi baleado e ta no hospital. - senti lágrimas escapulirem novamente.
Carol: Tome um banho primeiro e a gente vai pra lá, ta?
Eu: Não! Não quero tomar banho. Tudo que eu quero é vê-lo!
Carol: Nick, acho que ela venceu. Ela tem direito de ir lá.
Nicholas: Tudo bem.

Chegamos no hospital e eu fui a primeira a sair do carro. Eu corria igual uma doida por aquele hospital. Bem, uma doida eu já pareci, né? Tava com roupas lascadas e camisa cheia de sangue. Meus cortes doíam muito, pois eu corria e forçava demais. Mas quer saber? Foda-se! Eu preciso vê-lo. Entrei no hospital e perguntei em que andar o Justin estava para uma moça que estava na recepção. Ela me informou que ele estava no 2º andar. Peguei o elevador e subi até lá. Cheguei e vi a Erin, Jeremy e o Pedro lá. 

Eu: Cadê? Cadê ele? - perguntei alto e eufórica. Esqueci que estava em um hospital.
Pedro: Ta na sala de cirurgia. - ele disse de cabeça baixa.

Senti uma pontada enorme na barriga, mas não disse nada e nem hesitei em gritar. Era na barriga que estava os meus piores ferimentos. Senti mais uma pontada e dessa vez não dava pra esconder a dor. Era muito forte!

Eu: AI! - gritei e Pedro veio correndo me segurar. Sim, eu ia cair de dor.

Senti mais uma!

Eu: AI! - cai no colo de Pedro.

E do nada, tudo ficou escuro.

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Mas uma vez, desculpa a demora!

Ei, Bianca, li a sinopse de tua fanfic e achei legal*-* Sério, quero saber que segredo é esse kkkk
Ri demais com teu comentário. Cê parece ser muito engraçada e gente boa!
Gente, pra quem quiser ler a fanfic dela é só clicar aqui. VALE A PENA U_U

Beijos, amores *-*








12 de mai. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 16

                              A angustia de te perder é muita. Amor, por favor, volta! - Lis Sóglia
Ash On*

Meu corpo estava muito dolorido. Quando fui acordando, senti minhas mãos doerem e logo percebi que estas estavam presas. E as cordas as apertavam demais. Minha boca também estava tampada. Eu não podia gritar, nem pedir ajuda. Meus pés também estavam presos. Isso só pode ser um pesadelo! Eu estava presa em um porta-malas e o carro corria em alta velocidade. Meu corpo ia para um lado e para o outro. Eu me machucava muito ali dentro, muito mesmo! Não conseguia chorar, pois o desespero era tanto que minhas lágrimas não saiam. Em uma curva rápida e desesperada, bati minha cabeça em algum lugar daquele local horrível. Senti uma pontada enorme. Com total certeza bati em lugar pontudo. Mas não, não estava sangrando. 

Eu quero sair daqui. Por favor, tirem-me daqui. Quero minha mãe, meu pai, o Justin... 

O carro parou em uma brutalidade enorme e eu me mantive intacta. Alguns minutos depois, um cara grandalhão, bem forte e mascarado abriu o porta-malas. Ele me pegou no colo e depois, sem piedade nenhuma, me jogou no chão. Minha coluna doeu muito quando se encontrou com o chão. Lágrimas escorriam por minha face. Eram lágrimas de dor, com medo e raiva. O mesmo cara que abriu o porta-malas me pegou pelo braço e com muita força me levou pra dentro de um galpão. Me empurrou para o chão e cai de cabeça na parede. Ajeitei-me ali e fiquei encolhida. Um outro cara, ainda mais forte que esse e bem maior, veio até a mim, se agachou na minha frente e puxou com muita força o esparadrapo que tampava minha boca. Doeu, claro que doeu, mas eu fiquei quieta e gemi bem baixinho.

XxXx: Olha só que bela menina nós temos aqui, bro! - o cara que tirou o esparadrapo de minha boca falou para o outro cara. Ele me olhava com malícia, com muita malícia!
XxXx: Coloca bela nisso, Harley! - ele sorriu malicioso.
Harley: Pena que está com muita roupa. - ele disse passando suas mãos por minha coxa direita.
Eu: Tira a mão daí! - disse com muita raiva.
Harley: É o que, garota? - disse sínico.
Eu: Estou pedindo pra tirar sua maldita mão daí! - disse com mais raiva ainda.
Harley: Darvin, me traga a faca! - ele disse num tom de mandão. Darvin fez o que ele pediu e eu estremeci. Ele ia me cortar? 
Eu: Pr-pra que a faca? - falei com a voz trêmula.
Harley: Só pra te regular! - ele passou aquela faca pertinho do meu pescoço e naquele momento eu vi a morte muito próxima de mim.
Darvin: O que iremos fazer com ela?
Harley: Iremos brincar um pouquinho com ela - sorriu malicioso - Depois pedimos o resgate.
Eu: Vocês não irão tocar um dedo em mim. - disse autoritária.
Harley: A faca ainda está comigo. - calei minha boca. - Darvin, vem cá. - o cara chamou Darvin que estava em um outro local, não sei onde.
Darvin: Sim...
Harley: Vamos tirar a roupa dela! - é o que? Não!
Eu: Já disse, não toque em mim! - disse quase chorando.
Harley: - o desgraçado tocou as mãos sujas no meu seio direito e começou a apertá-los. Eu queria bater nele, mas eu estava presa.
Eu: Não, não faça isso! Por favor! - eu me mexia de um lado para o outro tentando me livra dele. E eu chorava, chorava muito. Não quero perder minha virgindade assim!
Darvin: Não nós vamos te machucar. - os dois riram e voltaram a pegar no meu corpo.
Eu:Parem! Parem! - eu chorava, gritava e tentava de toda maneira tirar as mãos deles de mim.
Harley: Não adianta gritar e nem pedir pra parar, pois isso não vai acontecer.
Eu: Por favor, não mexam comigo, seus desgraçados! - recebi um tapa vindo de Darvin. Vagabundo! 
Darvin: Você tem que aprender a respeitar a gente, mocinha.
Eu: Respeitar vocês? Mas nem fudendo! - recebi um outro tapa, mas dessa vez veio do Harley.
Harley: Não vai respeitar? - neguei. - Darvin, traz a arma.
Eu: Não me matem! - o choro era muito e o desespero mais ainda.
Darvin: Então respeite a gente.
Eu: O que vocês querem, hein? É dinheiro? Ok, eu do dinheiro. Do quanto vocês quiserem, mas por favor, não toquem em mim e não me mate! - ignorei o que Darvin disse.
Harley: Acha que é só dinheiro? Nós também queremos nos divertir um pouquinho. - sorriu malicioso.

A mão de um dos desgraçados passou por minha vagina. Não, não por dentro da calcinha, mas por fora. Merda, tira essa mão daí, desgraçado! Darvin apertava minha bunda com muita vontade e isso doía. Harley apertava meu seio esquerdo com sua mão direita e com a sua esquerda "massageava" minha intimidade. Mesmo com os pés amarrados eu consegui chutar a barriga de Harley. Ele estava na minha frente, então foi mais fácil.

Harley: Desgraçada! - falou com fúria. Ele pegou a faca que estava no chão e veio até a mim. Levei um corte enorme na barriga. Sangue começava a descer pelo meu corpo. Minha blusa já estava encharcada de tanto sangue.
Eu: Não faça isso de novo, desculpa! - disse com dificuldade e chorando.


Meu pedido foi em vão. Mais duas facadas eu recebi na barriga.

[...]

Justin On*

Eu sou o nada. Sou o nada sem a Ash.

Nós rodamos a cidade do Rio De Janeiro toda, mas nada da Ash. A Carol queria chamar a polícia, mas eu não achava isso legal. Quero dizer, se ela foi sequestrada? Devemos esperar alguma ligação, não? Eu não sei! Só sei que estou acabado. Eu quero minha pequena, quero ela ao meu lado. Onde ela se meteu? E o que mais me dói é que eu não posso fazer nada. Se alguém machucar ela, vai se ver comigo!

[...]

05:00 horas da manhã e a gente ali, reunido na casa da Carol. Ninguém havia dormido, ninguém! A Megan estava no hospital. Ela desmaiou duas vezes de tanto desespero. Achamos melhor deixá-la lá. O meu pai não está aqui, está com os pequenos. 

Estávamos em um silêncio agoniante, mas o Iphone da Carol tocando destruiu isso. Nós nos desesperamos e ela, rapidamente atendeu ele e colocou no viva-voz.

Carol: A-alô? - ela disse trêmula. - 
XxXx: Sua filha está comigo! Pra salvá-la vou querer 900 mil reais.
Carol: Deixa eu falar com minha filha. - ela chorava.
XxXx: Ela não pode falar, pois está muito ocupada cuidando dos cortes na barriga. - o desgraçado riu.
Eu: NÃO FAÇA NADA COM ELA, PORRA! - peguei o telefone da mão da Carol e me descontrolei.
XxXx: Hoje, meia noite, no matagal atrás do aeroporto. Leve o dinheiro que eu levo a menina. E se tiver polícia envolvida nisso, a garota morre.- ele desligou o telefone.

Nicholas: Vou sacar o dinheiro. - ele levantou, pegou a chave e saiu da casa.

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Os capítulos tão saindo pequenos, eu sei, mas é que eu to sem criatividade :( Me desculpem, ta? Mas quando ela voltar, eu faço capítulos maiores.
E ah, eu não to gostando do que eu to escrevendo. Sei lá, acho que não ta legal :(










7 de mai. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 15

                                  "Eu só aceito a condição de ter você só pra mim." - Los Hermanos
Ash On*

Eu estava atordoada. Sai da casa do Justin e andei por aquela rua. Andava de esquina a esquina. Tentava pensar em outra coisa a não ser o Justin, mas era impossível. Esse garoto sempre vinha em minha mente e principalmente seu beijo. É meio insano o seu beijo. Faz você viciar com apenas um toque. É, to viciada nos lábios dele. Isso é o ápice! Queria fugir de todas as formas de seu beijo, mas não dá, eu sou vulnerável a ele. O tempo estava frio e ameaçava chover. Voltei pra casa, e como sempre, não tinha ninguém lá, só Rosa. Eu sempre to sozinha nessa merda de casa! Rosa me viu chegando. Ela estava arrumando a sala e olhou pra mim. Viu que minha cara não estava nada boa e olhou indiferente pra mim. Sua expressão formava um ponto de interrogação em minha mente. O que ela estava pensando?

Rosa: Não estou gostando dessa cara, Ash. Aconteceu alguma coisa? - ela deixou de tirar a poeira da mesinha de vidro que tinha no meio da sala, entre os sofás e olhou pra mim.
Eu: Não, Rosa, não aconteceu nada. - tentei parecer o mais normal possível - Obrigada pela preocupação. - dei meio riso.
Rosa: Sei que está acontecendo algo. Eu conheço essa carinha. É o filho do Senhor Jeremy, né? - ela é adivinha? Tem uma bola de cristal?

Assenti com a cabeça e ela veio me abraçar. Naquele abraço, eu deixei lágrimas escaparem. Eu estava muito confusa. Rosa sentou-se no sofá e sentei-me junto com ela. Encostei minha cabeça em seu peitoral e ela ficou fazendo cafuné na minha cabeça. Rosa é minha segunda mãe. Ela sempre me ajuda. Lágrimas e mais lágrimas saiam e eu não lutava contra. Pra que? Elas são fortes demais pra mim. 

Eu: Por que, Rosa? Por que ele tem que deixar minha cabeça tão confusa? - ainda com a cabeça encostada em seu peitoral, eu olhei pra ela.
Rosa: Oh, minha querida, as coisas não são fáceis. Você já pensou em conversar com ele? 
Eu: Não, foi tudo muito rápido. - desencostei de seu peitoral e me ajeitei no sofá. - Ele me beijou e eu meio que fugi dele.
Rosa: Ele te beijou?
Eu: Sim, me beijou. 
Rosa: Ele gosta de você, pequena.
Eu: Será, Rosa?
Rosa: Eu tenho certeza, querida. - ela sorriu pra mim e eu sorri de volta. - Agora vá tomar um banho, descansar e depois eu levo um lanche pra você.
Eu: Você é demais! - abracei-a e subi pro meu quarto. Será que ele gosta mesmo de mim? Mas e a Nuna? Ele não a ama mais? Será que eles acabaram por minha causa? Entrei no banheiro, tirei minha roupa e entrei em baixo da água quente. O tempo estava frio, então nada melhor que uma água quentinha. Sai do banheiro enrolada a uma toalha. Peguei minha roupa e vesti. Deitei na cama e acabei dormindo. Realmente, estava cansada. Acordei com a Rosa batendo no quarto para entregar meu lanche. 

Eu: Obrigada. - agradeci.

Ela sorriu e saiu. Rosa tinha feito um sanduíche que, pela cara, estava muito bom! Fez também um suco de laranja delicioso. Eu amo a comida dela! Comi tudo aquilo em alguns minutos. Eu estava faminta. Desci para a cozinha com a bandeja na mão. Já devia ser 18:00 horas e Rosa já estava indo pra casa.

Eu: Já vai, Rosa? - disse chegando a cozinha e ao notar que ela estava com sua bolsa.
Rosa: Já sim, Ash.
Eu: Ah. - sentei-me no banquinho do balcão que tinha na cozinha.
Rosa: Jura que vai ficar bem?
Eu: Vou sim, pode deixar. 
Rosa: Amanhã quero ver um sorriso gigante em seu rosto. - isso me fez rir. - Seu pai mandou dizer que ele e sua mãe vão no shopping, se você vai querer algo.
Eu: Ah, obrigada por avisar. - sorri.
Rosa: Se cuida. - ela beijou minha testa e saiu.

Se eu estivesse boa eu ligaria agora pro meu pai pedindo pra ele vir me buscar pra eu ir ao shopping também, mas não é o caso. Liguei pra ele só pra avisar que eu queria uma nova capinha de Iphone, apenas. Subi para o quarto pra pegar meu Iphone. Eu não o achava em nenhum lugar. Onde foi que ele foi parar? Voltei novamente pra sala e nada desse Iphone. Desistir de procurá-lo. Então resolvi pegar o telefone e ligar pro meu pai pra ele comprar minha capinha. Depois, fiquei vendo TV. Melhor dizendo, fiquei assistindo Bob Esponja. Minha casa estava sem internet e meu Iphone sumiu, o que mais eu poderia fazer? Era três episódios do Bob seguido. Assisti os três e depois começou ICarly. Lembrei-me que esqueci de assistir IGoodbye. Que merda! Como eu perco? Acabou ICarly e começou Brilhante Vitória. Ok, eu amo esses seriados! Já era, em média, 22:00 quando meus pais chegaram. 

Eu: Compraram a capinha? - perguntei ainda no sofá.
Carol: Sim, olha que linda. - minha mãe disse sentando no sofá. 
Eu: Mãe, é perfeita. - tenho quase certeza que meus olhos brilharam.
Carol: Eu aproveitei e comprei uma pra mim também.
Eu: Cadê? Deixa eu ver. - ela abriu sua bolsa e pegou o Iphone. A capa é simplesmente per-fei-ta! - Mãe, eu quero essa capa pra mim!
Carol: Pena que seu Iphone é o 5. - ela disse e começou a rir.
Eu: Vai cagar, mãe. - disse rindo e levantando do sofá. Vi que meu pai comprou alguma comida e levou pra cozinha, então fui até a cozinha.   - O que o senhor comprou? - perguntei curiosíssima.
Nícholas: Você não gosta, sai. 
Eu: Querido, estamos falando de comida, então eu gosto. - ele não aguentou e riu. - Anda, diz logo o que comprou.
Nicholas: Trouxe Mc Lanche Feliz pra você! - voei na sacola e peguei aquele pacote que continha o Mc e fui pra sala. Nem peguei a latinha de Coca que tinha lá também. Depois meu pai levou pra mim no sofá.
Carol: Não suja o sofá! - minha mãe gritou do quarto dela.
Eu: Ta bom. - gritei respondendo.

Comi todo aquele hambúrguer e depois fiquei vendo um pouco mais de TV. Já era 23:30 da noite e eu não estava com muito sono. Queria passar um pouco pela rua. Sei que é perigoso, mas eu preciso pensar um pouco mais naquele beijo e no Justin. Ou melhor, em tudo que aconteceu ultimamente. Corri para o quarto e peguei um sobretudo. Como eu disse, o tempo estava frio hoje. Passei pelo quarto de minha mãe e avisei que iria andar um pouco por aí.

Carol: Tome cuidado!
Eu: Ta, mãe!

Desci as escadas enquanto colocava o sobretudo. Calcei minha sandália que estava no pé do sofá, peguei a chave de casa e sai.

Andava, andava, andava e andava. O vento frio passava por mim e me trazia uma sensação boa. Ele desarrumava o coque frouxo que eu fiz no meu cabelo. Mas ah, o que tem? É o vento. O vento! Tão solitário, mas tão livre. Queria ser como o vento, invisível, livre, admirável... Abri meus braços e parei apenas pra sentir o vento. Começou a chover forte e eu comecei a rodar. Tem sensação melhor que essa? O vento e a chuva juntos? Não, não tem. As nuvens tapavam a bela lua, mas as estrelas ainda estavam lá, intacta. Elas me olhavam com um olhar de pena. Ora! Por que pena? Não estou sofrendo não, minha cara estrela. Só estou um pouco confusa. Mas já já esses sentimentos vão encontrar seus lugares certos e vai ficar tudo bem, ta? 

Sentir alguém me tocar. Sua mão prendia minha boca, mas eu não sabia quem era. Tentei tirá-la de mim, mas foi em vão. A mão era muito mais forte que eu. Depois, ia perdendo os sentidos de pouquinho em pouquinho. Já estava desacordada e não sabia pra onde estava sendo levada. Senti meu corpo doer quando fui jogada em algum lugar. Eu estava sendo sequestrada.

Justin On*

Acordei diferente hoje. Não, não foi com os raios solares invadindo meu quarto e nem com o som do meu despertador. Eu acordei em um desespero total. Na verdade, não meu desespero, mas sim o da Erin. A Erin gritava meu nome em um tom de desesperada e me chacoalhava para que eu acordasse logo.

Eu: Me deixa dormir! - pedi ainda sonolento.
Erin: JUSTIN, É URGENTE!
Eu: Ta, ta. Diz o que é. - disse saindo do meu edredom quentinho e sentando-me na cama.
Erin: Os pais da Ash ta lá embaixo desesperado. - ela dizia rápido e sua voz era de preocupação, mas eu conseguia entender.
Eu: Ta, mas o que eles estão fazendo lá? Por que ta todo mundo desesperado? - perguntei um pouco zonzo com tudo isso.
Erin: A Ash, Justin. 
Eu: O que tem ela? - eu já estava um pouco mais acordado.
Erin: Ela... ela saiu ontem a noite e não voltou mais. - ela gaguejou um pouco.
Eu: É O QUE? - eu estava assustado. Como assim a Ash sumiu? Levantei da cama, vesti um short e uma blusa qualquer, fui até o banheiro escovei o dente bem rápido e nem arrumei meu cabelo. Ah, deixa ele assim mesmo! Não há tempo de ficar fazendo merda de topete quando a Ash ta sumida. Mas até que meu cabelo não estava tão ruim.

Quando eu sai do banheiro, a Erin não estava mais no quarto. Desci as escadas desesperadamente e me deparei com a Senhora Carol e o Senhor Nicholas lá embaixo. A Carol estava formando um poço de lágrimas ali na sala. Meu pai e a Erin tentava acalmá-los. E os pequenos não estavam ali.

Carol: Justin, você sabe onde está minha filha? - seus olhos estavam fundos. Parecia ta chorando a noite toda. 
Eu: Não, Senhora. - disse triste.
Carol: Meu Deus, onde está minha pequena? - ela chorou ainda mais e abraçou o Nicholas.
Eu: Vamos procurá-la.
Jeremy: Justin, pega um dos carros e procura. Eu pego o outro e vou procurar com a Erin.
Nicholas: Eu vou com a Carol no meu carro.
Eu: Pronto, vamos! 

Saímos daquele quarteirão a procura da Ash. Nós nos separamos. Eu fui em tudo que é canto atrás dela. Mas porra, cadê ela? Sentia lágrimas descendo do meu rosto. Eu não posso perdê-la, porra! Não posso! Pensei em ligar pro Pedro pra avisá-lo e seria mais um pra procurá-la, mas eu não tenho o número dele. Que droga! Parei em uma rua desertar e desci do carro. Meu pé foi com fúria no pneu do carro. Eu gritava os piores nomes. Sentei em qualquer lugar, abaixei a cabeça e coloquei minhas mãos em volta da mesma e começava mais um choro sem fim. Caralho, eu não quero perdê-la, não quero! Não quero nem pensar na hipótese de alguém ter sequestrado ela. Não, não, isso não aconteceu! Prefiro pensar que ela está em algum lugar, apenas pensando na vida e como ela é doida por desesperar a gente desse jeito. É, prefiro pensar assim. 

Era 19:00 horas da noite quando eu voltei pra casa com os olhos fundos e vermelhos. Eu estava mal, porra! Estava chorando a horas. Eu quero ela ao meu lado. E eu to me sentindo tão culpado. Por que eu não estava com ela, por que? Quando parei meu carro a minha casa, pude ver o Pedro, a Megan e várias outras pessoas na casa da Ash. Todos triste e desesperados. Onde ela se meteu? Meus pai também estava lá, menos a Erin. Ela com certeza ficou em casa pra cuidar dos pequenos. Juntei-me naquele grupo de almas vazias e triste.

Carol: Achou ela, Justin? Achou? Diz pra mim que achou, por favor! - ela veio desesperada até a mim.
Eu: Lamento, mas não achei nada. - abaixei minha cabeça e a abracei. - Vai ficar tudo bem, eu sei, Sua filha é forte! - sussurrei em seu ouvido.
Carol: Eu quero ela comigo. - ela me abraçou mais forte. - E a culpa é toda minha. - ela disse se lamentando.
Eu: Não, Carol, não é. Calma.
Carol: Eu deixei ela sair de noite, Justin, eu.
Eu: Calma. - sussurrei em seu ouvido.

Ela se afastou de mim e foi para os braços do Nícholas. O Pedro estava vindo em minha direção. E sua cara não estava muito boa. Estava triste, cabisbaixa. Ele também estava sofrendo.

Pedro: O que ta esperando, cara? Vamos entrar nesse carro e ir atrás dela. Vamos! - ele puxou minha mão com força e me levou até o carro dele.
Megan: Me esperem, vou também! - Megan gritou enquanto corria em nossa direção.
Pedro: Vem, vamos!

Sentei no banco dos passageiros, a Megan nos fundos e o Pedro ligou o carro. Ele acelerou e deu partida. Seu carro andava em 200km/h. O choro da Megan tirava todo o silêncio que havia naquele carro. Eu estava tentando me segurar pra não chorar, mas era difícil. Acho que o Pedro também estava se segurando, mas parece que ele não estava conseguindo. Vi uma lágrima escorrendo de seus olhos e imediatamente eu fraquejei e as minhas também caíram.

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Iiiiiihh, gente, tadinha da Ash. Por que será que ela foi sequestrada, hein? Será que eles vão achar ela? :(

Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh Justin vai ta aqui em novembro \o/ Gente, eu pirei aqui em casa. Pedi pra minha mãe pra deixar eu ir. Disse que ia fazer do impossível o possível. Poxa, eu quero muito ir. Chorei muito aqui em casa. Mas eles disseram "Lis, nós não temos condições. Seu irmão está indo morar fora e ta muito apertado. Se, por acaso, na época do show a gente tiver condição você vai, mas senão, não." Aaahhh, eu quero morrer, pois quero muito, muito, muito ir:(

Mas ei, cês estão gostando da IB? To pensando em fazer a segunda temporada e vai ser muito legal, sério. Vocês não tem noção! Eu ainda não sei o nome, mas sei que será muito legal e terá muita ação!

E, gente, eu acho que não vou fazer play não. Quero dizer, não por agora. É que eu to com muita preguiça kkkkkkkk Desculpem-me :(














1 de mai. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 14

        "Você será o príncipe e eu a princesa, essa é uma história de amor." - Taylor Swift
Justin On*

Aquela boca. Eu precisava delas. Não sei por que fiz isso, mas foi por impulso. Eu lutava contra todas as minhas vontades, mas foi impossível resistir. Ela tem algo que...meu Deus, me deixa bobo, muito bobo. Será que a Nuna tem razão? Será que eu estou gostando dela? Não, isso é impossível. Ela é apenas minha amiga, poxa. Isso não pode acontecer. Cada movimento que sua língua fazia dentro de minha boca, só me dava ainda mais vontade de viver aquele beijo pra sempre. Não me importaria nem um pouco se o mundo acabasse agora. Ela me empurrou e desfez aquele beijo. Eu sei, ela está confusa, mas olha só, Ash, não foi minha intenção te deixar assim. Eu só queria sentir teus lábios... me perdoa, pequena? Me perdoa? 

Ash: Eu - pausou e tentou formular o que iria dizer, mas as palavras pareciam fugir - eu tenho que ir. - levantou-se do sofá.
Eu: Ash, desculpa, eu... - interrompeu-me.
Ash: Tudo bem. Olha, eu só tenho que ir, ok? Eu, eu to confusa. Preciso ir.
Eu: Não, por favor, não vá.
Ash: Justin, você traiu a Nuna comigo, como acha que eu estou? Como acha que a Nuna vai ficar? Olha só, ela já me odeia, imagine depois que souber disso? E eu? Eu to confusa. Quero dizer, até ontem eu pensava que gostava do Pedro. Ou melhor, ainda gosto. Mas aí vem você e me beija e faz com que tudo mude de lugar. Minha cabeça ta uma confusão enorme, então por favor, deixe-me ir. - ela me olhou com os olhinhos brilhando. Eu sabia que ela estava confusa e se sentia culpada, mas ela não tem culpa de ser tão...perfeita. E poxa, eu não to mais com a Nuna. E pelo amor de Deus, Ash, esqueça o Pedro. - Não vai abrir a porta pra mim?
Eu: Não estou mais com a Nuna. - ela me olhou boquiaberta.
Ash: Justin, minha cabeça ta confusa. Eu preciso ir.
Eu: Tudo bem. - abri a porta e deixei ela passar - Me desculpe. - ela não disse nada, apenas virou suas costas pra mim e se foi.

Eu queria falar pra ela que queria beijá-la novamente, ou melhor, que queria beijá-la sempre. Que aqueles lábios deveriam me pertencer, mas só confundiria ainda mais sua cabeça. Eu não sei o que estou sentindo, mas não posso me apaixonar por ela, não posso. Ela é apenas minha amiga, ok? Gosta do Pedro e eu da Nuna, é assim que deve ser. Ela tem que ficar com o Pedro e eu preciso voltar com a Nuna. 

[...]

Acordei e depois de olhar o relógio me assustei. Como assim já são 19:00 horas? Eu tenho que me arrumar pra faculdade! Dei um pulo do sofá e subi correndo pro meu quarto. Tomei um banho rápido e vesti  a primeira roupa que vi no guarda-roupa. Ainda precisava arrumar meu topete! Fiquei uns 20 minutos arrumando ele e mesmo assim não ficou como eu queria, mas tudo bem, eu não posso me atrasar! Peguei a chave da minha Range Rover preta e apertei fundo no acelerador. Cheguei na faculdade em apenas 12 minutos(ela era um tanto longe de minha casa). Faltava 28 minutos para o horário bater e entrarmos na sala. Eu estava faminto, então fui até a lanchonete e comprei um misto quente e uma lata de guaraná. Já disse a vocês o quanto esse refrigerante é bom? É muito bom! Sentei-me na mesinha que tinha ali perto e comecei a comer. Senti alguém vindo em minha direção. Olhei pra trás e vi que era o idiota do Pedro. Ele sentou-se, com a cara mais sonsa do mundo, na mesma mesa que eu.

Pedro: - apontou seu dedo em minha cara e com voz de fúria, disse -  Só quero te avisar que ainda terei a Ash de volta.
Eu: Então ta bom, amigão! - enfatizei o amigão. Depois bati em seu ombro e sai dali - 
Pedro: Pode voltar aqui, Biebs. - parei na mesma hora que ele disse e pude sentir que ele estava em pé e atrás de mim. - 
Eu - virei já um pouco irritado - O que é que você quer, Pedro? Pelo amor de Deus! Eu não to querendo brigar contigo não. Eu até achava que você fosse uma pessoa legal, mas o que eu to vendo é ao contrário. Você é louco, obsessivo!
Pedro: E você? Hein, Biebs? E você? É o que? - em cada pergunta que ele fazia, me dava um empurrão.
Eu: Eu, Pedro? Você quer saber o que eu sou? - disse batendo meu dedo indicador em seu peitoral.
Pedro: É, Biebs, me responda!
Eu: Eu sou um homem que você nunca será! - o empurrei e fui andando pra outro canto, mas vi que ele me seguia.
Pedro: Um homem que eu nunca serei? Ah, pelo amor de Deus, conta outra! - ele ria sínico.

Quando virei, virei para dar um soco nele. Dito e feito. Dei um soco do lado direito de seu rosto. Vi sangrar um pouco no cantinho de sua boca. Ok, ele estava muito furioso e ele vai revidar aquilo, eu sei que vai. Senti uma dor enorme no lado esquerdo do meu rosto, passei a mão e vi que, na mesma, havia um pouco de sangue. "Desgraçado" falei e parti pra cima. Assim como eu dei, também recebi muitos socos. Aquela briga só parou quando o diretor da faculdade chegou lá e mandou a gente ir pra sala dele. Eu estava com raiva do Pedro. Esse menino é doente, só pode. Como a Ash namorou ele por mais ou menos 2 anos? Agora por culpa dele eu to encrencado! Cheguei na sala do diretor e ele mandou a gente sentar em uma das cadeiras que tinham ali. Sentei-me logo e depois o Pedro sentou-se. O diretor, com a cara mais feia, sentou-se na sua. E então um silêncio tomou conta daquele local, até que ele decidiu quebrar.

Diretor: Ninguém vai me contar o que aconteceu?
Eu: Foi um mal entendido, apenas.
Diretor: Claro, apenas. É por isso que hoje as pessoas morrem de graça, garoto. Hoje, "mal's entendidos" levam a morte.
Pedro: Isso não irá se repetir.
Diretor: Não mesmo! Amanhã, quando acabar a aula, quero que os dois fiquem aqui. Como punição, terá que limpar os banheiros durante duas semanas.
Eu: É o que? Duas semanas?
Pedro: Mas senhor, amanhã a aula vai de 09:00 horas até 13:00 hora da tarde. Temos que descansar.
Diretor: Pensaram nisso antes de brigarem? - ficamos quietos.
Eu: E nos dias em que a aula for a noite? 
Diretor: Vocês virão pra cá 14:00 horas da tarde apenas pra limpar os banheiros.
Eu: Merda! - resmunguei.
Diretor: O que você falou, Senhor Bieber?
Eu: Nada, Senhor, não falei nada.
Diretor: Agora vão pra aula de vocês e lembrem de descansar bem, pois amanhã terão muito trabalho!

Saímos daquela sala no maior silêncio e depois que ficamos um pouco mais longe de lá, o Pedro começou a falar merda.

Pedro: Ta vendo o que você fez?
Eu: Que eu fiz? Foi você quem começou, idiota!
Pedro: Ah, claro, fui quem roubei a tua namorada e fui quem te bati primeiro. 

Deixei o idiota lá e fui pra sala. Cheguei da porta e perguntei se podia entrar.

Professor: Atrasado, Bieber?
Eu: Desculpa, Senhor, estava na sala do Diretor. 

[...]

A aula acabou 23:00 horas da noite e eu estava com muita fome. No caminho pra casa, resolvi parar na subway. Tinha uns 20 reais no bolso. Comprei um de presunto mais um copo de coca e levei pra casa. Cheguei lá e todos já estavam dormindo. Fui para o quarto, deixei a comida em cima de uma mesinha que eu tinha lá e fui tirar a roupa. Fiquei apenas com uma box azul e fui comer. Comi ali mesmo. Depois deitei na cama e apaguei.

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Genteeeeeeeeeeee, eu tava tendo prova, por isso que demorei pra postar, ta? Mas graças a Deus a primeira unidade já acabou, ou seja, to sem prova por um bom tempo \o/