23 de jan. de 2014

When I Was Your Man - Capítulo 15


"Montanha-russa, montanha-russa. Girando para todos os lados e ao redor do mundo, querida. Montanha-russa, montanha russa. Em um minuto estávamos lá em cima, mas no outro estávamos caindo. Isso tem sido difícil. Estou feliz porque não há mais brigas, mas são nestas noites que percebo que nunca senti tanto a sua falta, se há uma razão pela qual isso aconteceu [...]  Queria ter a chave do seu coração." Justin Bieber
Justin On*
E tudo era como um "baque". Em um dia tudo desmorona, em outro, reconstrói.
Era feito como uma montanha-russa. Tudo e todos tem seus altos e baixos, comigo e Ash não seria diferente. Acontece que essa montanha-russa desceu demais, e agora está subindo. Lento, mas está.
Estarei aqui para o que der e vier. Segurarei sua mão firme, nada poderá nos derrrubar agora. Você é o meu bem mais precioso. E mesmo que o sol não apareça, mesmo que as flores morram, eu estarei aqui, bem ao seu lado. Porque somos imortais, esse amor é imortal.

                                                       ☂

Faltando um dia para viajarmos, Sean me ligou. Disse que hoje haveria uma festinha na casa do Austin. Foi estranho, pois não me senti como das outras vezes. Não tive vontade nenhuma de perguntar se haveria mulheres, ou bebida. E nem quis saber quem estaria lá, mas ele me disse. São meus amigos de sempre, mas dessa vez com a Priscila e Claire e algumas outras pessoas. Não perguntei o horário, pouco me importava. Tudo que eu queria era passar aquele dia com a Ash.
Era sábado e nenhum de nós tínhamos aula. Pelo que eu saiba, ela não iria sair, seria uma pena se eu saísse.
O relógio marcava duas da tarde e a essa hora eu estava na sala. Assistia a um programa de mulheres peladas. Qualé, sou homem, gosto dessas coisas!
Ash parecia estar no quarto. Desde que ela entrou lá, ainda não saiu. Parecia que estava no telefone, provavelmente conversando com seus pais, já que havia um bom tempo que não telefonara pra lá.
Passou-se dez minutos e então senti passos vindo pra sala. Decidi, rapidamente, mudar de canal. Como foi rápido, então não vi direito pra qual canal eu tinha mudado. Passava um programa para mulheres, aquele tipo America's Next Top Model, e olha lá se não era aquele...
- Cadê sua mãe? - perguntou, chamando minha atenção.
- Foi na rua, me disse que ia resolver algumas coisas.
- Hum... - foi na cozinha, pegou um copo d'água e voltou pra sala - O que está assistindo?
- Não sei exatamente o que é, mas acho que é tipo aquele programa de modelos, sabe? - ela assentiu - Elas são sexy's!
- São secas, isso sim. - colocou o copo em uma bancada de vidro que tinha na sala e sentou-se ao meu lado - 
- Mas não deixam de ser sexy. - disse, por fim.
- Se sexy pra você for um bando de osso, tudo bem então. - eu ri. - Que foi? Por que ta rindo?
- O que é sexy pra você, Ash?
- Os homens brasileiros acham uma mulher sexy quando tem carne.
- Isso chama-se gostosa.
- Sexy. - retrucou.
- Ash, você não entende - ri, mais uma vez.
- Entendo sim, poxa. - ela fez um biquinho totalmente fofo e abaixou o olhar. Ri fraco.
- Besta.
- Acha que tia Pattie chega que horas?
- Pra quê quer tanto a minha mãe?
- Pra nada, só queria saber.
- Ah.
- Ah, Justin, muda de canal! Esse treco aí é muito chato. Bando de secas tentando ser modelo!
- Já disse, são sexy's.
- Ta, que seja! Só quero que mude.
- Okay. O que quer assistir?
- Vê algum filme legal que esteja passando. E ah, estou faminta.
- Totalmente normal.
- Idiota!
- Falei alguma mentira?
- Falou!
- Não falei não.
- Que tal pararmos de discutir sobre isso e pensarmos em algo pra comer?
- Quer pizza?
- Ainda pergunta?
- Qual sabor?
- Milho.

                                                           ☂

- Vai ficar gorda comendo tanto assim!
- Me deixa.
- Ash, já é sua quinta fatia! - rimos.
Ficamos quietos e o silêncio prevaleceu ali. Não, não era um silêncio entediante. Era, na verdade, um silêncio superficial. Sabia que a sua mente estava barulhenta, assim como a minha.
E então, sem pensar em nada, apenas no quanto a amava, falei:
Eu te amo.
Ela parou tudo que estava fazendo e deixou sua fatia de pizza cair no prato. Ela parecia imóvel, parecia não acreditar naquilo. E eu a entendia. Ela tinha todo direito de ficar assim e de não acreditar naquilo, mas era a verdade. Eu a amo, a amo muito! Ficaria contente se acreditasse.
- Justin, - ela virou o rosto pra mim - não quero me machucar de novo.
- E não vai - toquei, carinhosamente, seu rosto. Acariciei sua bochecha, e por fim, coloquei um fio de cabelo dela atrás da orelha - eu lhe garanto.
- Eu não sei. - ela, de fato, parecia confusa.
- O que eu posso fazer pra acreditar em mim? - olhei fundo em seus olhos e banhei-me pela profundeza do oceano.
- Demonstre.
E foi nesse momento que minha mãe chegou em casa, quebrando todo o clima que havia ali.
Diferente de todas as vezes que ela chega da rua, não chegou com nenhuma sacola de compras, apenas sua bolsa.
- Já fizeram as malas? - perguntou, guardando sua chave do carro e colocando sua bolsa no sofá.
- Não, ainda não. - disse.
- Vocês vão segunda-feira, gente, tem que arrumar logo!
- Como assim "vocês"? - perguntei confuso - A senhora não vai?
- Vou, mas não pra Bahamas.
- Como assim, tia?
- Vou pro Brasil, encontrarei vocês lá, e então, voltaremos pra cá.
- Então apenas eu e Justin iremos pra Bahamas?
- Exatamente.
- Por que não  vai, mãe?
- Acho que precisam de um tempo pra vocês. Agora, se me derem licença, vou tomar banho.
- Okay. - disse e ela subiu as escadas. Logo não a via mais.
- Uau! - Ash parecia surpresa, tanto quanto eu.
- Minha mãe é maluca!
- Ela só ta querendo ajudar.
- Ajudar a quem?
- Nós dois.
- Mal sabe ela que você não ta colaborando. - falei baixo, mas ela escutou.
- Não é tão simples, Justin.
- Ash, olha pra mim - peguei em seu queixo e fiz com que olhasse pra mim - eu sei que te machuquei. E olha, não foi pouco! Eu juro que se pudesse voltar no tempo, nada disso teria acontecido. Você chegaria aqui, eu lhe abraçaria forte e diria que estava com saudades. Diria o quanto lhe queria aqui, e que seríamos aquele casal que éramos. Mas, infelizmente, não posso voltar no tempo e mudar as coisas, mas posso mudar o futuro. Posso fazer com que sejamos aquele casal novamente, que sejamos felizes, assim como éramos. E ei, esteja ciente que farei de tudo pra lhe ter de volta. Sei que ainda me ama, e sei também que seu coração está quebrado em pequenos pedaços. Não sinto orgulho de ser o culpado, mas quero, juro que quero, catar cada pedacinho e colar novamente. Ash, eu quero ser seu homem novamente. Quero ser o motivo por cada sorriso seu. Quero acordar ao seu lado todas as manhãs. Quero olhar em nossa volta e ver vários filhinhos. Sei que está sendo difícil ouvir cada palavra minha e acreditar, mas ei, está sendo difícil falar isso também. Pois o Justin que me tornei criou em volta dele, uma barreira chamada orgulho. E eu estou quebrando-a, Ash. Estou quebrando-a por você. Porque eu não consigo lhe ver com o Liam, não consigo imaginar que você possa ser dele. Porque tudo que eu quero nesse momento é lhe beijar. Agora, nesse exato momento, olhando pra essa sua boca carnuda sinto que tudo que eu preciso é de sua boca colada na minha. É como precisamos do ar. Eu preciso de você, Ash. Preciso do seu toque, do seu carinho, das duas gordices, da sua teima. Pequena, preciso até de cada fio do seu cabelo. Eu te amo, e queria, por tudo nesse mundo, que acreditasse.
- Eu...eu não sei o que dizer, nem o que pensar. 
- Não precisa. Não precisa dizer nada, muito menos pensar. Não pense, aja com o seu coração.
- E se o coração estiver mais confuso que eu?
Não tive resposta, eu também não sabia. E então, ela continuou:
- Só me dê um tempo, okay? Um tempo pra processar tudo isso.
- Tudo bem. Dou o tempo que precisar.
- Obrigada. - ela levantou-se do sofá e começou a caminhar para a escada.
- E ei, Ash! - virou-se 
- Sim?
- Sean me ligou hoje, dizendo que teria uma festa na casa do Austin. Eu estava pensando em lhe chamar pra ir comigo.
- Vou pensar em tudo e depois lhe falo.

                                                         ☂
Ash On*
Minha cabeça estava a mil e não sabia processar nada direito. Nada do que pensasse, nada do que fizesse, nada seria suficiente pra processar tudo aquilo.
Parte de mim acreditava em tudo aquilo, mas parte de mim também pedia pra eu ter cuidado, pra não me deixar levar pela emoção. Era uma guerra interminável entre meu coração e minha mente. 
Um hora estávamos caindo, na outra, se reerguindo. 
Nosso amor estava viajando por essa montanha-russa, e nós, vítimas de tudo isso, sofríamos com seus altos e baixos. E agora, agora sei que estamos subindo. Sei que um passo já foi dado, só falta chegar no final desse caminho cheio de buracos, para cairmos. Mas também há ladeiras. Ladeiras para nos reerguimos, ladeiras para colocar nosso amor a cima de tudo e de todos. 
Estou confusa, insegura... Não consigo raciocinar direito. Fui tomada por uma onda e devastou tudo aqui dentro. Tudo que se mantia vivo, agora estava desequilibrado. Tremia como uma criancinha tremi ao dormir sem os pais, com medo de bicho-papão. Eu estava com medo do amor, do que ele poderia causar.
Deveria acreditar? Deveria ignorar todos esses pensamentos e manter-me firme em relação a ele? Deveria voltar pra aquela sala e dizer a ele tudo que está preso aqui? Deveria me entregar de vez? Deveria esperar mais um pouco e vê se ele demonstraria? O que? O que eu faço?

                                                               ☂

Sai do meu quarto quando o relógio marcava sete horas da noite. Pisei na sala com a esperança de que ele estaria ali, mas não estava. 
- Ash? - ouvi uam voz vindo a cozinha, e soube que era a Pattie.
- Sim? - apareci na cozinha e a vi se deliciando com a melancia.
- Não te vi depois que fui tomar banho, fiquei preocupada.
- Ah. É que estava no quarto.
- Aconteceu alguma coisa? Você não me parece nada bem.
- Não, não aconteceu nada - sorri tentando confortá-la de que não acontecera nada - Sabe onde o Justin está?
- Ele subiu agorinha pro quarto.
- Obrigada.
Sai da cozinha e subi correndo pro quarto dele. Ao pisar no corredor, comecei a andar vagarosamente. Quando cheguei perto de seu quarto, não abri a porta de imediato, pois notei que ele estava conversando com alguém. Parecia ser o Ryan.
"Eu já disse, já disse tudo! Me abri pra ela, disse tudo que sentia. Sei que é viadagem, man, mas eu a amo. A amo mesmo! Lutarei por ela, mesmo que não tenha mais forças. Ela será minha, bro, pra sempre [...] É, tomara que nessa viagem a gente volte, pois tudo que eu quero é tê-la novamente. [...] Eu sei, Ryan. [...] Man, eu já tinha dito que isso é viadagem, não precisa repetir. [...] Um dia você amará alguém de verdade e entenderá tudo isso. [...] Valeu, bro. [...] Não, não sei se vou. Chamei a Ash, mas só vou se ela for. [...] Okay, mais tarde te ligo."
E foi naquele momento que fiquei ainda mais confusa. Não, não confusa do que ele sentia por mim. Disso, eu tinha certeza. Justin me ama, me ama mesmo. Ele não mentiu quando disse isso. Ele me ama!
Mas eu ainda estava confusa e insegura. Não sabia o que iria acontecer a partir dali, não sabia se tudo seria como antes: bom até  um certo tempo, e depois, horrível. Eu estou com medo, muito medo!
De outra coisa eu tinha certeza: iria pra aquela festa.
Então, naquele momento abri a porta de seu quarto e me deparei com Justin deitado na cama, olhando pro teto. Um perna dobrada e a outra não. Estava apenas de cueca e eu não parava de olhar pro seu membro. 
Okay, Ash, pare com isso. Tenha foco no que vai falar, não no pênis do Justin.
- Que horas é a festa?
- Você vai? - ele sorriu, sorriu de orelha a orelha.
- Sim. Que horas é?
- A verdade é que eu não sei, não perguntei. Mas espere aqui que ligarei pro Sean e perguntarei.
Justin levantou-se e foi pegar seu Iphone que estava na escrivaninha. Enquanto isso, sentei-me em sua cama.
Ele ligou pra Sean, perguntou o horário e logo desligou.
- As dez horas.
- Okay.
Ficamos em silêncio e ele voltou a deitar-se em sua cama. Continuei sentada onde estava.
- Quer que eu saia?
- Não. Sabe o que eu quero? - fiz que não com a cabeça - Que deite ao meu lado. - olhei estranho - Não, não pense merda. Sem segundas intenções, Ash. Apenas quero que deite, e fique aqui comigo, no silêncio e nesse escurinho.
Deitei ao seu lado e ele lavantou-se. Foi até sua varanda, a abriu e deitou-se novamente. Justin passou seu braço pelos meus ombros e eu ainda estava incomodada, mas com o tempo, me acomodei ali, ao seu lado. O abracei e fiquei sentindo sua respiração. Aquilo, de fato, era o motivo da minha felicidade. Eu o amo e não há nada que possa mudar isso.
O vento entrava ali e deixava tudo mais fresco. Os pássaros cantavam lá fora e nos acalmava.
Fui fechando meus olhos e em questão de minutos, adormeci. Adormeci ali, em seus braços, escutando sua respiração.

                                                         ☂

Escutei barulho de água caindo e, aos poucos, ia despertando-me. Foi um pouco difícil pra mim saber onde eu estava, mas logo lembrei-me que era o quarto do Justin. 
Olhei o visor de seu Iphone e notei que eram nove e dezesseis. Levantei-me de sua cama e me assustei quando Justin apareceu ali, apenas com a toalha enrolada em sua cintura.
- Pensei que ainda estava dormindo. - perguntou assim que abaixou pra pegar uma cueca na sua gaveta.
- Por que não me acordou?
- Você dormia como um anjo, e não seria eu que lhe tiraria desse sono.
- Mas e a festa? Ia ficar sem ir?
- Independente de festa, não lhe acordaria. - sorri.
- Er... vou me arrumar.
- Okay.
Sai do quarto dele e fui pro meu. Tomei um banho delicioso e relaxante. Decidi não pensar muito durante o banho, mas pensei. Pensei no que acabou de acontecer: eu e Justin, deitados em sua cama, no escuro, em silêncio, escutando o canto dos pássaros e a respiração do outro. Foi incrível!
Ao sair do banho peguei uma lingerie roxa e coloquei em cima da cama. Ainda com toalha enrolada em mim, abri a porta do guarda-roupa e procurei por uma roupa legal. Depois de um tempo peguei um short de cintura alta e uma cropped vermelha. Iria simples, pois sabia como era esse tipo de festa. Calcei meu vans e só faltava a maquiagem e cabelo.
Fiz uma maquiagem totalmente básica. Apenas pó compacto, sombra branca e brilho. E no cabelo fiz um coque frouxo.
Depois de passar perfume  e escovar os dentes, sai do quarto. Fui pra sala e não encontrei Justin lá. Então subi pro seu quarto. Bati na porta e entrei depois de ouvi "entra". Ele ainda estava de calça e supra. Sua calça não é aquela doidona, era apenas uma calça jeans normal.
- Ainda assim?
- É. Não consigo achar uma blusa legal.
- E qua tal essa? - peguei uma blusa azul com um desenho na frente e dei pra ele.
- Parece boa, deixa eu vestir. - dei a blusa e em menos de segundos ele já estava com ela no corpo. Se olhou no espelho milhões de vezes e por fim pareceu gostar. - É, vou com ela.
- Vamos, então?
- Espera, falta meu topete.
- Ah, sim, seu topete.
Justin fez seu topete, depois colocou uma corrente de ouro, escovou os dentes e passou perfume.
- Agora podemos ir?
- Vai com esse short?
- O que tem de mais nele?
- Não tem nada de mais, tem de menos, isso sim.
- Vai começar?
- Se algum cara olhar pra sua perna, juro que dou um murro.
- Ta bom, valentão, agora vamos.
- Eu to falando sério. - disse enquanto fechava a porta do quarto.
- Viu.
- Mãe, vamos sair! - gritou da porta do quarto de Pattie.
- Vão voltar que horas? - gritou também.
- Não sei.
- Se cuidem!
- Pode deixar!
Justin pegou a chave do carro e fomos.

                                                    ☂

Chegamos na casa do Austin e podiamos ouvir o som auto. Como sempre, havia pessoas bêbadas, algumas se pegando ali mesmo. Enfim, essas coisas de festas, sabe?
Falamos com o pessoal que conhecíamos e então fomos pra dentro de casa. Sentamos num sofá que tinha ali e ficamos um bom tempo ali mesmo.
Justin estava com um copo de cerveja na mão, e eu, com refrigerante. Ele não deixava eu beber nada com álcool. Isso me irritava muito! 
Levantei um pouco pra dançar e ele logo veio atrás de mim. Não, não dançou comigo, mas ficou observando cada passo que eu dava. 
Depois de eu tanto dançar, voltei pro sofá e ele veio junto.
- Estão olhando pra sua coxa, Ash.
- Justin, para de merda!
- Não é merda.
- É sim.
- Quero sair daqui.
- Por que? Só porque estão olhando pra minha coxa?
- Também.
- Quer ir pra onde?
- Não sei.
- Eu gostei daqui. Ta legal.
- Vamos passear pela praia?
- A essa hora? Não é perigoso?
- Não, aqui é bem calmo. Relaxe.
- Okay.
Justin pegou em minha mão e saimos dali. Não nos despedimos de ninguém, nem no carro entramos. Fomos a pé mesmo. A praia era ali perto.
Tiramos nossos sapatos e ficamos andando pela areia. Na minha mão esquerda estava meu vans e a direita estava entrelaçada na de Justin. A esquerda dele estava junto com a minha e sua direita estava com seu supra.
Ficamos caminhando em silêncio, escutando as ondas do mar.
- Nunca mais vim aqui.
- Jura? Por que não?
- Não tinha vontade.
- E por que sentiu só agora?
- Não sei. Queria ficar aqui contigo. Aqui pelo menos estamos sozinhos.
- Vamos sentar?
- Se quiser... - sentei-me e ele também. - Sabe o que isso me lembra?
- O que?
- Me lembra a aquele dia em que brincamos na praia, lembra? Comemos nutella, doritos, tomamos coca...
- Sim, lembro.
- Eu gostei.
- Eu também. - fiquei observando o mar, assim como ele. Depois virei meu rosto pra ele, mas Justin mantinha-se olhando pro mar. - Justin, o que quer fazer agora?
- Eu? - olhou pra mim.
- Sim.
- Ah, Ash, tantas coisas.
- Não. O que mais quer fazer agora, nesse exato momento.
- Lhe beijar.
- E o que te impede?
Justin entendeu que aquilo era uma permissão para seu beijo. Foi se aproximando mais e mais de mim. Colocou sua mão na minha nuca, acariciou meu rosto e então tocou seus lábios no meu.
Ah, seu beijo! Por quanto tempo senti falta disso? Por quanto tempo desejei aqueles lábios? Por quanto tempo desejei esse momento?
Foi um beijo apaixonante, suave e lento. Sua língua passava pela minha e não havia sensação melhor que aquela. Não, elas não estavam em guerra. Estavam, na verdade, dançando em uma sintonia enorme!
Quando sentimos que não tínhamos mais fôlego, paramos aquele beijo com dois selinhos. E ainda com as testas coladas, Justin falou:
- Eu te amo.
Eu também te amo.

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