12 de jul. de 2013

When I Was Your Man - Capítulo 1

"Então por que, por que você falaria comigo? Tais palavras foram desonrosas e em vão. Suas promessas tão sólidas quanto uma névoa." - Alanis Morissette


Ash on*

Por que tudo não passa de momentos que ficam pra lembranças. Lembranças estas, que as vezes, no silêncio da noite, te apavora. Apavora de tal forma que te faz ficar isolada, e seus sentimentos são demonstrados em lágrimas. Lágrimas amargas, dolorosas, que imploram por tempos que, talvez, nunca mais volte. Lágrimas medrosas, sentimentais, lágrimas que só querem carinho. Mas quem nunca se trancou no quarto e chorou? Porque sofrer faz parte, mas até quando esse sofrimento aguenta ir? Será que sou capaz de ultrapassá-lo? A corrida será longa? Pois, olha só, eu sou fraca. 

Choro. Não só em lágrimas, mas em palavras, em sorrisos falsos, em lembranças de um passado distante do presente, em olhares triste. Choro oculto, apenas na alma, onde ninguém consegue ver.

Estou despedaçada, 
                                c
                                      a
                                           i
                                               n
                                                   d
                                                        o
                                                            em um abismo profundo, onde apenas uma pessoa poderá me salvar.

Mas tudo bem, a vida segue em frente. Agora é na base do fingimento. Tenho que fingir que estou bem, que o sorriso no meu rosto é verdadeiro, e que a frieza do Justin não me machuca.

[...]

Era sábado, estava frio, já se via pegadas da lua no céu e as estrelas já brilhavam na escuridão do universo. Estava no quarto, sentada na cadeira da varanda, olhava para o além, sem saber ao menos no que pensar. Meu rosto estava inchado de tanto chorar, e eu não queria sair dali, não queria que ninguém me visse assim, mas foi impossível. Bateram na porta do quarto, era o Justin. Que diabo ele quer comigo?

- Ash? - me chamou assim que entrou no quarto e não viu indícios meu.
- To na varanda! - disse.
- Minha mãe ta te chamando pra tomarmos café. - eu não olhava pra ele. Não, não poderia deixar ele ver meu rosto assim, então fiquei com a cabeça virada para o outro lado, onde meus olhos não se encontravam com os deles.
- Tudo bem, já estou indo. - disse, com a voz um pouco chorosa.
- Você está chorando? - senti se aproximando um pouco mais de onde eu estava.
- Não, Bieber! - respondi, fria - Pode ir, já, já eu desço.
- Jura que n...
- EU JURO, JUSTIN, eu juro! - disse sem paciência pra segurar minhas lágrimas, e elas acabaram caindo assim que eu me descontrolei e levantei da cadeira, fazendo com que meu rosto se virasse pra ele.
- Não é o que parece.
- Mas quem se importa? Você? - ri sarcástica - Que piada! - enxuguei uma lágrima, e voltei a falar - Claro que você não se importa! Sabe por que? PORQUE VOCÊ É UM IDIOTA, JUSTIN, IDIOTA! - lágrimas rolavam pelo meu rosto enquanto eu desabafa, mesmo sabendo que ele não ligava - CADÊ? CADÊ AQUELE JUSTIN? VOCÊ - limpei mais algumas lágrimas, respirei fundo e voltei a falar - VOCÊ NÃO É ESSE CARA INSENSÍVEL, NÃO É! EU SEI QUE O JUSTIN PELO QUAL EU ME APAIXONEI ESTÁ AI, EU SEI! VOCÊ ACHA QUE ESTOU BEM? JUSTIN, EU NÃO ESTOU BEM! PORRA! EU TE AMO, GAROTO! E, E VOCÊ ME DIZIA O MESMO, MAS ERA MENTIRA, NÉ? EU TE ODEIO! - sentei-me na cadeira, eu estava derrotada. Abaixei minha cabeça e tentava controlar o choro, mas era impossível.
- O café vai esfriar. - ele disse e logo saiu dali. 

Como pode ser tão frio? Depois de tudo que passamos, depois de ter me mostrado ser um príncipe. COMO PODE?

EU TE ODEIO, BIEBER!

Justin on*

Por que? Por que ela tinha que me dizer tudo aquilo? Por que ela tem que complicar tanto? Não dá pra simplesmente me esquecer e arranjar outro? Por que as mulheres são tão dramáticas? E porra, Ash, eu não menti quando disse que te amava, só que agora tudo mudou! Entenda isso, caralho!

"O café vai esfriar", foi tudo o que consegui dizer. Ela tem que entender que eu não me importo mais e que foda-se se ela ainda me ama. Ela não é a única a me amar. 

To sendo ignorante? Não, só to sendo meu novo eu.

Sai daquele quarto, fui até meu quarto, peguei a chave do meu carro e desci pra sala.

- Vai sair, meu filho? - disse minha mãe da cozinha.
- Vou, mãe. - respondi, com a mão na maçaneta, já pra abri-la.
- Aonde vai?
- Não sei, vou andar por ai. - abri a porta e sai.

Liguei o carro, coloquei o volume do som no máximo, relaxei no banco do carro, respirei fundo e pisei no acelerador. Sai de lá comendo pneu. 

Pra onde eu ia? Quem sabe? 

Por que vê-la chorando me deixou tão estressado e angustiado? Quem sabe?

Fui em tudo que é canto daquela cidade, até que parei em um jardim incrível. Estacionei meu carro, e sentei-me na grama desse jardim. Pra ser mais específico, deitei-me ali mesmo. Fiquei observando as estrelas, e a lua estava tão linda. Fechei meus olhos e não sabia o que pensar. Minha cabeça estava uma loucura. Tinha um turbilhão de pensamentos, e eu não compreendia um dos. O vento batia em mim e eu me sentia bem. Era como se nada tivesse acontecido. Como se a Ash não tivesse chorado por culpa minha e eu não tivesse ficado tão estranho.

[...]

Sai dali quando ninguém mais estava na rua, e ela estava quieta. Já era de madrugada... 

Não voltei pra casa comendo pneu ou algo do tipo, na verdade, eu fui bem lento. Andei em 60km/h, não sei por que, mas estava afim. Cheguei em casa e guardei o carro na garagem. Entrei em casa e tudo estava escuro, sem barulho algum, todos estavam dormindo. Se minha mente não estivesse tão barulhenta, eu até diria que tudo estava sereno. Subi, com maior cuidado, pro quarto. Entrei pro banheiro, tirei minha roupa, e deixei com que a água quente e calma lavasse minha alma. Foi coisa rápida, passei só uma "água no corpo" e sai. Vesti uma box amarela e desci pra cozinha. Estava faminto. Fui até lá tentando fazer menor barulho possível. Peguei o resto de nutella que tinha no armário, torrada que ainda estava em cima da mesa e suco que tinha na geladeira. Sentei-me na mesa e comecei a comer. Um barulho vindo da escada me assusto, mas eu nem levantei pra ver o que era.

- Quase me matou de susto! - Ash disse chegando na cozinha e me matando de susto.
- Ah, claro! Eu, né? - falei mais irônico possível.
- Sim, você! - ela disse ríspida, enquanto pegava água na geladeira.
- Até porque fui eu que fiz mó barulho ao descer as escadas e fui eu que assustei uma pessoa falando merda! - mais uma vez, irônico.
- Olha, eu só vim beber água, agora se você quer discutir, discuta com a parede! - ela disse após tomar um gole de sua água.
- Eu não quero discutir, só to falando que quem me assustou foi você, não eu que te assustei! - me defendi e mordi minha torrada com nutella.
- Onde você estava? - ela perguntou mudando o assunto.
- Pra que quer saber? Isso não te importa! - respondi frio.
- Só estava preocupada. - deu de ombros.
- Não precisa se preocupar comigo, sei me virar sozinho.
- Para de ser grosso, Justin! - sua voz era chorosa. Eu sei, ela estava se segurando pra não chorar -

Levantei-me da cadeira, fui me aproximando dela. Minha mão direita foi pra sua cintura, a esquerda pro seu rosto, fazendo carinho no mesmo. Ela me olhou de baixo pra cima, afinal, eu estava apenas de cueca, e convenhamos, eu sou um puta de um gostoso! Levei meus lábios até seu pescoço e comecei a beijar, ela se arrepiou todinha. Parei de beijar seu pescoço e direcionei minha boca pro seu ouvido e sussurrei.

- Ash, esse sou eu agora, você querendo - dei mais dois beijos em seu pescoço e continuei - ou não! - me afastei dela, fechei a torrada, guardei a nutella e ela ainda estava inquieta, sem saber exatamente o que falar e tenho quase certeza que ela estava morrendo por um beijo meu. Coloquei o copo que tinha suco, na pia e ela continuava imóvel. - Não vai falar nada?

- Você é um idiota, Justin! - ela falou quase deixando suas lágrimas saírem. Colocou seu copo na pia, me virou as costas e subiu as escadas. Da cozinha eu pude ouvir o choro dela, e mais uma vez, me senti estranho, como se tivesse fazendo algo errado. 

Apaguei as luzes e subi pro quarto. Eu queria dormir, mas o choro da Ash estava me incomodando. Ela chorava muito e alto. Eu escutava seus soluços do meu quarto. Decidi ir até lá.

Não bati antes de entrar, apenas entrei e a encontrei com a cabeça entre as pernas e as mãos enroladas nas pernas. Ela estava toda encolhida.

- O que quer aqui? - perguntou, assim que sentiu minha presença.
- Quero que pare de chorar, não consigo dormir com o barulho chato do teu choro.

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E ai? O que acharam? Sei que ficou bem pequeno, mas é que é primeiro capítulo e eu não sei bem como começar kkk

O clima ta tenso entre Justin e Ash, hein? kkkkkkk é só o começo isso ai, gente kkkkk

Enfim, beijão, até o próximo capítulo ;) 


  













2 comentários:

  1. mano , voc n pode fazer isso com meus sentimentos :(
    serio , eu te odeio lis , meu coração ta doendo p caralho , voc me machucou sabia :(( , é sério , o justin nao pode continuar assim , como ele pode fazer isso , como ele pode dizer "Quero que pare de chorar, não consigo dormir com o barulho chato do teu choro." SÉRIO , ISSO DOEU PRA CARALHO , AINDA ESCULTANDO MINHAS MUSICAS TRISTES , PORRA '------' EU CHORO DEMAIS .

    enfim , Lis eu to zoando eu amo você pra caralho e to contigo desde o começo , e amo suas ibs , e nunca , nunca vou te abandonar , mais creio que um dia você vai me abandonar , lis diz que me ama , eu mereço ,kkk bjs amo você

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    1. Te amo também, sua chata kkkkk
      Ai meu Deus, sério que cê chorou? O.O kkkkkkk muita coisa ainda vai rolar ha ha. E é verdade, cê ta comigo desde o começo mesmo hihi não me abandone mesmo não, ok? Eu não vou te abandonar, rlx U_U

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