"Eu vou consertar essas coisas quebradas, reparar suas asas quebradas e certificar que tudo está bem. Vou fazer pressão nos seus quadris, tocar meus dedos em você, em cada parte. Porque eu sei que é isso que você quer que eu faça." - Maroon 5
Ash On*
Eu não reconhecia aquele lugar, mas tinha quase certeza que era um quarto de algum hospital. Não, eu não vestia nenhuma camisola daquelas, vestia apenas a minha roupa que eu estava ontem, mas sim, ali era um hospital. Mas que diabos eu fazia ali? Tentei levantar-me, mas logo duas mãos brancas, cuja os dedos são tortos, me impediu.
- Onde pensa que vai? - Justin perguntou.
- Sair daqui, oras! - respondi, como se fosse óbvio.
- Se você conseguir andar, vá em frente. - ele disse sínico e se encostou novamente na cadeira que ele estava sentado.
No começo eu achei estranho ele ter falado aquilo, mas olhei para os meus pés e vi que o pé direito estava engessado. O que houve? Não perdi a memória. Lembro da minha queda na escada, mas não sabia que tinha quebrado o pé. Tudo bem que eu tenha sentido uma dor insuportável na hora da queda, mas ela ia passando no momento em que meus olhos iam se fechando.
- Merda! - reclamei.
- O médico disse que você quebrou, e terá que ficar três dias de repouso, depois pode comprar aquela botinha e usar.
- Merda! - falei, mais uma vez.
- E sobre seu desmaio, ele disse que não teve nada demais. Você deve ter batido a cabeça com força no chão, e isso deve ter causado o desmaio, mas não afetou nada.
- Eu desmaiei? - perguntei surpresa.
- Sim.
- Cadê tia Pattie? - perguntei mudando de assunto.
- Foi trabalhar, mas disse que assim que acabar lá, vem pra cá.
Justin lia uma revista, e parecia ta mais interessado nela do que em conversar comigo. Mas mesmo assim, continuava a puxar papo.
- Você dormiu aqui? - perguntei mesmo sabendo que a resposta seria "não". Com certeza quem deve ter dormido aqui foi a Pattie.
- Sim.
Foi inevitável não soltar um sorrisinho depois daquilo.
- Por que fez isso? Quero dizer, você não se importa, então nã...
- Aqui tem suco, você quer? - me interrompeu e mudou de assunto.
Ok, ele vão queria conversar sobre aquilo.
- É de que?
- Morango.
- Quero sim.
Justin foi até o frigobar, pegou um copinho que tinha ali e colocou o suco. Fechou o frigobar, me deu o copo com o suco e sentou-se novamente na cadeira.
- Obrigada. - ele apenas deu meio riso - Então, eu não quero atrapalhar suas programações...
- Tudo bem. - ele ainda mantinha seus olhos vidrados na revista. O que tinha de tão interessante?
- Quando saio daqui?
- O médico disse que hoje a noite. Você precisa ficar em observação.
- Por que?
- Pra ver se não apresenta nenhuma outra dor, ou algo assim. Quero dizer, você bateu forte com a cabeça, então precisa ficar em observação.
- Argh!
- Para de reclamar!
- To em um quarto de hospital, com a perna engessada, sem poder fazer porra nenhuma, e você ainda me pede pra não reclamar?
- Se prestasse atenção aonde anda, talvez não cairia.
Eu estava pronta pra rebater, mas o médico entrou. Ele era alto, malhado, olhos castanhos escuros, cabelo preto, e tinha aparência de ter uns vinte e pouco anos... Médico perfeito!
- Então, como a senhorita estar? - ele dizia sorridente e simpático.
- Acho que bem. - dei meio riso.
- Vou fazer algumas perguntinhas e você me responde, ok?
- Tudo bem, mas pra que serve essas perguntas?
- Por mais que não tenha afetado nada, sua pancada na cabeça foi forte, então preciso saber se ainda sabe coisas simples ou se lembra de algumas coisas.
- Ok então.
- Qual seu nome? - o médico começou.
- Ashley.
- Idade?
- 16.
- Nome de seu pai e sua mãe?
- Nicholas e Carol.
- Lembra o motivo da sua queda?
- Sim. Eu pisei errado, então cai.
- Lembra o que fez ontem antes de cair?
- Sim. Eu estava no quarto, mexendo no computador, então senti sede, e bem já sabe o resto.
- Quanto são dois mais dois?
- Quatro.
- Raiz de nove?
- Três.
- Vejo que está tudo bem.
- Então já posso ir pra casa?
- Não, só a noite. Ainda precisa ficar em observação.
Revirei os olhos.
- Você tem sorte de ter um namorado tão atencioso.
- Oh, não, ele não é meu namorado. - disse triste.
- Não? Oh, me desculpem.
- Tudo bem. - ri amargo.
O médico, cujo seu nome é Simon, saiu dali todo envergonhado.
Ficou um silêncio perturbador ali, mas a minha mente era barulhenta, e só pensava no que o médico disse.
"Atencioso"
"Atencioso"
"Atencioso"
Será que ele se preocupou? Ou será que só fez o que qualquer pessoa faria? Não importa, só sei que me senti feliz.
- Obrigada. - disse envergonhada.
- Por?...
- Ter ficado comigo.
- Ah, tudo bem.
- Eu só não entendo.
- De novo esse papo? - ele realmente parecia de saco cheio daquele assunto.
- É que eu realmente não entendo.
- E nem vai entender! - ele disse rude. - Olha, esquece isso, ok?
Não respondi nada, apenas virei minha cabeça para o outro lado. Lado em que o Justin não estava.
[...]
Meus olhos foram abrindo-se em um movimento lento e os raios solares que estavam ali, já se foram. A luz que se fazia presente era apenas a da lâmpada que tinha ali.
Virei para o lado em que o Justin estava. Ele estava dormindo, mas isso pouco me importava, eu só não queria ficar naquele tédio.
- Justin?
- Hum? - ele disse ainda sem abrir os olhos.
- Acorda.
- Pra? - continuava com os olhos fechados.
- Conversa comigo.
- Ash, - finalmente abriu os olhos - eu não dormir nada de noite, nem mais cedo, então me deixa dormir, por favor.
- Por que não dormiu?
- Não vem ao caso.
- Mas eu não quero ficar sozinha.
- Você não está sozinha, está comigo.
- É, mas você vai dormir.
- Não deixará de está comigo.
- Argh!
- Para.
- De que?
- Desse "argh". Não gosto.
- Então acorda.
- Para de ser chata!
- Eu só não quero ficar sozinha.
- Ash, por favor, deixa eu dormir.
- Ta! - bufei e virei-me novamente pro outro lado.
A verdade é que eu não conseguia ficar sem conversar. Eu precisava me distrair pra ver se as horas passavam.
- Justin, que horas são?
- Seis e meia da tarde. - ele disse com voz de quem acabou de acordar.
- Cadê sua mãe?
- Eu não sei.
- Já são de noite, será que já posso ir?
- Ash, fica quieta e deixa eu dormir! - ele disse nervoso.
- Ta!
- Diz "ta", mas não consegue ficar nem 5 minutos calada! - ri daquilo.
- Eu quero conversar, poxa. Ficar aqui já é chato, imagine sem fazer nada?
- Vai dormir.
- Não, to sem sono.
- Mas eu to morrendo de sono!
- Argh!
- "Argh" pra você também! - nós rimos.
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Porque eu não postei ontem: quinta-feira de noite, eu respondi minha mãe com ignorância e ela disse que eu não poderia usar o computador a noite. E bem, eu não postei a tarde, pois eu sai. Sai duas horas e cheguei cinco e pouca. Poderia ter postado esse horário, mas minha prima tava aqui e eu tinha que dar atenção. Dai, deu de noite e eu não podia mais entrar :(
Porque eu postei sem gif: Eu tentei um milhão de vez por o gif, mas não tava indo. Nenhum ia, sempre dava erro. Então, para não postar só amanhã, decidi deixar sem gif mesmo e postar pra vocês.
Espero que tenham gostado, beijos ;)
Eu não reconhecia aquele lugar, mas tinha quase certeza que era um quarto de algum hospital. Não, eu não vestia nenhuma camisola daquelas, vestia apenas a minha roupa que eu estava ontem, mas sim, ali era um hospital. Mas que diabos eu fazia ali? Tentei levantar-me, mas logo duas mãos brancas, cuja os dedos são tortos, me impediu.
- Onde pensa que vai? - Justin perguntou.
- Sair daqui, oras! - respondi, como se fosse óbvio.
- Se você conseguir andar, vá em frente. - ele disse sínico e se encostou novamente na cadeira que ele estava sentado.
No começo eu achei estranho ele ter falado aquilo, mas olhei para os meus pés e vi que o pé direito estava engessado. O que houve? Não perdi a memória. Lembro da minha queda na escada, mas não sabia que tinha quebrado o pé. Tudo bem que eu tenha sentido uma dor insuportável na hora da queda, mas ela ia passando no momento em que meus olhos iam se fechando.
- Merda! - reclamei.
- O médico disse que você quebrou, e terá que ficar três dias de repouso, depois pode comprar aquela botinha e usar.
- Merda! - falei, mais uma vez.
- E sobre seu desmaio, ele disse que não teve nada demais. Você deve ter batido a cabeça com força no chão, e isso deve ter causado o desmaio, mas não afetou nada.
- Eu desmaiei? - perguntei surpresa.
- Sim.
- Cadê tia Pattie? - perguntei mudando de assunto.
- Foi trabalhar, mas disse que assim que acabar lá, vem pra cá.
Justin lia uma revista, e parecia ta mais interessado nela do que em conversar comigo. Mas mesmo assim, continuava a puxar papo.
- Você dormiu aqui? - perguntei mesmo sabendo que a resposta seria "não". Com certeza quem deve ter dormido aqui foi a Pattie.
- Sim.
Foi inevitável não soltar um sorrisinho depois daquilo.
- Por que fez isso? Quero dizer, você não se importa, então nã...
- Aqui tem suco, você quer? - me interrompeu e mudou de assunto.
Ok, ele vão queria conversar sobre aquilo.
- É de que?
- Morango.
- Quero sim.
Justin foi até o frigobar, pegou um copinho que tinha ali e colocou o suco. Fechou o frigobar, me deu o copo com o suco e sentou-se novamente na cadeira.
- Obrigada. - ele apenas deu meio riso - Então, eu não quero atrapalhar suas programações...
- Tudo bem. - ele ainda mantinha seus olhos vidrados na revista. O que tinha de tão interessante?
- Quando saio daqui?
- O médico disse que hoje a noite. Você precisa ficar em observação.
- Por que?
- Pra ver se não apresenta nenhuma outra dor, ou algo assim. Quero dizer, você bateu forte com a cabeça, então precisa ficar em observação.
- Argh!
- Para de reclamar!
- To em um quarto de hospital, com a perna engessada, sem poder fazer porra nenhuma, e você ainda me pede pra não reclamar?
- Se prestasse atenção aonde anda, talvez não cairia.
Eu estava pronta pra rebater, mas o médico entrou. Ele era alto, malhado, olhos castanhos escuros, cabelo preto, e tinha aparência de ter uns vinte e pouco anos... Médico perfeito!
- Então, como a senhorita estar? - ele dizia sorridente e simpático.
- Acho que bem. - dei meio riso.
- Vou fazer algumas perguntinhas e você me responde, ok?
- Tudo bem, mas pra que serve essas perguntas?
- Por mais que não tenha afetado nada, sua pancada na cabeça foi forte, então preciso saber se ainda sabe coisas simples ou se lembra de algumas coisas.
- Ok então.
- Qual seu nome? - o médico começou.
- Ashley.
- Idade?
- 16.
- Nome de seu pai e sua mãe?
- Nicholas e Carol.
- Lembra o motivo da sua queda?
- Sim. Eu pisei errado, então cai.
- Lembra o que fez ontem antes de cair?
- Sim. Eu estava no quarto, mexendo no computador, então senti sede, e bem já sabe o resto.
- Quanto são dois mais dois?
- Quatro.
- Raiz de nove?
- Três.
- Vejo que está tudo bem.
- Então já posso ir pra casa?
- Não, só a noite. Ainda precisa ficar em observação.
Revirei os olhos.
- Você tem sorte de ter um namorado tão atencioso.
- Oh, não, ele não é meu namorado. - disse triste.
- Não? Oh, me desculpem.
- Tudo bem. - ri amargo.
O médico, cujo seu nome é Simon, saiu dali todo envergonhado.
Ficou um silêncio perturbador ali, mas a minha mente era barulhenta, e só pensava no que o médico disse.
"Atencioso"
"Atencioso"
"Atencioso"
Será que ele se preocupou? Ou será que só fez o que qualquer pessoa faria? Não importa, só sei que me senti feliz.
- Obrigada. - disse envergonhada.
- Por?...
- Ter ficado comigo.
- Ah, tudo bem.
- Eu só não entendo.
- De novo esse papo? - ele realmente parecia de saco cheio daquele assunto.
- É que eu realmente não entendo.
- E nem vai entender! - ele disse rude. - Olha, esquece isso, ok?
Não respondi nada, apenas virei minha cabeça para o outro lado. Lado em que o Justin não estava.
[...]
Meus olhos foram abrindo-se em um movimento lento e os raios solares que estavam ali, já se foram. A luz que se fazia presente era apenas a da lâmpada que tinha ali.
Virei para o lado em que o Justin estava. Ele estava dormindo, mas isso pouco me importava, eu só não queria ficar naquele tédio.
- Justin?
- Hum? - ele disse ainda sem abrir os olhos.
- Acorda.
- Pra? - continuava com os olhos fechados.
- Conversa comigo.
- Ash, - finalmente abriu os olhos - eu não dormir nada de noite, nem mais cedo, então me deixa dormir, por favor.
- Por que não dormiu?
- Não vem ao caso.
- Mas eu não quero ficar sozinha.
- Você não está sozinha, está comigo.
- É, mas você vai dormir.
- Não deixará de está comigo.
- Argh!
- Para.
- De que?
- Desse "argh". Não gosto.
- Então acorda.
- Para de ser chata!
- Eu só não quero ficar sozinha.
- Ash, por favor, deixa eu dormir.
- Ta! - bufei e virei-me novamente pro outro lado.
A verdade é que eu não conseguia ficar sem conversar. Eu precisava me distrair pra ver se as horas passavam.
- Justin, que horas são?
- Seis e meia da tarde. - ele disse com voz de quem acabou de acordar.
- Cadê sua mãe?
- Eu não sei.
- Já são de noite, será que já posso ir?
- Ash, fica quieta e deixa eu dormir! - ele disse nervoso.
- Ta!
- Diz "ta", mas não consegue ficar nem 5 minutos calada! - ri daquilo.
- Eu quero conversar, poxa. Ficar aqui já é chato, imagine sem fazer nada?
- Vai dormir.
- Não, to sem sono.
- Mas eu to morrendo de sono!
- Argh!
- "Argh" pra você também! - nós rimos.
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Porque eu não postei ontem: quinta-feira de noite, eu respondi minha mãe com ignorância e ela disse que eu não poderia usar o computador a noite. E bem, eu não postei a tarde, pois eu sai. Sai duas horas e cheguei cinco e pouca. Poderia ter postado esse horário, mas minha prima tava aqui e eu tinha que dar atenção. Dai, deu de noite e eu não podia mais entrar :(
Porque eu postei sem gif: Eu tentei um milhão de vez por o gif, mas não tava indo. Nenhum ia, sempre dava erro. Então, para não postar só amanhã, decidi deixar sem gif mesmo e postar pra vocês.
Espero que tenham gostado, beijos ;)
omb
ResponderExcluirq fofos kra *o*
continua lg u.u