10 de mar. de 2013

As Long As You Love Me, capítulo 8

                 "Porque você tem medo de cair, mas deve estender suas asas." - Justin Bieber
Ash On*

Eu: JUSTIN? - gritei, pois desde a hora que ele foi atender aquela bendita porta que eu não ouço uma palavra.
XxXx: JUSTIN, SAI DA MINHA FRENTE! - ouvi uma voz conhecida.
Justin: ELA NÃO ESTÁ AÍ! - gritou. Era o Pedro.
Pedro: COMO ASSIM ELA NÃO ESTÁ? EU ESCUTEI A VOZ.
Justin: MAS NÃO ESTÁ! Pedro, por favor, sai daqui.

Eu estava sem reação. Não sabia o que fazer. Levantei daquela cadeira e fui até a sala, onde eles estavam. 

Pedro: OLHA ELA AÍ!
Eu: Sim, Pedro, estou aqui. - Justin saiu da sala e nos deixou lá.
Pedro: Você me decepcionou, Ash. Olha, eu sempre fui fiel a você, e você me faz isso?
Eu: Eu não te trai, Pedro, é tudo um mal entendido.
Pedro: "Mal entendido"? Olha só pra você, está com uma blusa dele. - lágrimas lavavam seu rosto, o meu também.
Eu: Como eu disse, tudo um mal entendido.
Pedro: Ash, eu...
Eu: Confia em mim! - falei limpando uma das lágrimas.
Pedro: Ash, eu to tentando. - se acalmou mais um pouco - Mas se coloca no meu lugar. O que você pensaria se me encontrasse na casa de alguma menina, comendo, apenas de samba-canção? Meu Deus, você daria um chilique e seria capaz de acabar com a cara da garota. - ele riu.
Eu: Daria um tampa bem na cara da vadia!
Pedro: Ta vendo?
Eu: Pedro, mil desculpas, mas olha só, não é nada disso, ok? Se você tiver calma, eu posso te explicar tim tim por tim tim.
Pedro: Não da, Ash, não da.
Eu: Vai acabar comigo?
Pedro: Não. Só quero te dar um tempo.
Eu: Não, Pedro, NÃO. - fiquei desesperada. Lágrimas saiam descontroladamente dos meus olhos. - EU TE AMO. POR FAVOR, NÃO FAÇA ISSO COMIGO, NÃO!
Pedro: Vai ser melhor pra você, Ash. Vou te dar um tempo pra pensar em tudo que está acontecendo entre nós, pra arrumar seus sentimentos. - ele parou, me encarou, deixou uma lágrima descer dos seus olhos e continuou - Acredite em mim, esse é o melhor para nós. Não dificulte as coisas, por favor. - ficamos em silêncio por alguns segundos, depois ele se aproximou mais de mim, me deu um beijo na testa e se virou em direção a porta. -
Eu: PEDRO, NÃO! - me deixei levar pelas lágrimas e cai em um forte impulso. Ele olhou pra mim, limpou uma lágrima, e saiu por aquela porta.

Não conseguia crer que aquilo estava acontecendo. Não, não está. Eu vou dormir, acordar e tudo vai estar como antes. 

Justin voltou pra sala, se ajoelhou perto de mim, me abraçou e me levantou.

Eu: Por que isso, Justin? POR QUE?! - abracei o Justin e ele se afagou nos meus cabelos, depois deu um beijo em cima da minha cabeça.
Justin: Calma, Ash, calma.
Eu: "Calma"? Você ta me pedindo calma? - me afastei dele - O AMOR DA MINHA VIDA ACABOU DE SAIR POR AQUELA PORTA E TU TA ME PEDINDO CALMA? - sim, eu me descontrolei.

Ele ficou quieto, em total silêncio, e isso de alguma forma era agoniante. Não sei por que, mas eu precisava ouvir algo dele. Justin me abraçou ainda mais forte. Acho que ele sabia que eu estava mal e que era de um abraço que eu mais precisava naquele momento.

Eu: Desculpa por tudo. - disse olhando fundo em seus olhos e me afastando de seus braços.
Justin: Você está mal, eu entendo.
Eu: Não. Eu digo por tudo mesmo, entende? Por toda esse implicância que eu tive contigo desde o dia em que eu te conheci. Quero dizer, você achou minha chave e me devolveu. Você foi educado, foi bom comigo. Eu não deveria ter agido daquela forma, mas é que o que você disse me irritou bastante. Ninguém nunca falou assim comigo e quando cê disse, foi como um baque pra mim, entende? Eu sei, era pra eu ter levado na brincadeira, mas pense comigo, nós nem nos conhecíamos e você já vem falar assim comigo.
Justin: Admito, errei. Mas eu achei que você ia levar na brincadeira.
Eu: Mas calma, ainda não acabei. Desculpa por tudo, ta? Não só por isso, mas por todas as vezes que eu te xinguei, que eu impliquei contigo, por todas as brigas. Olha só, eu fiz tudo isso contigo, mas mesmo assim, você foi matar o monstro pra mim. - rimos.
Justin: Eu só fiz o que qualquer pessoa faria.
Eu: Nem todas, Justin, vai por mim. O povo daqui do Brasil não é tão educado e bom quanto o do Canadá não. Nós somos ignorantes, arrogantes, não ligamos para os outros.
Justin: Você liga. - disse interrompendo-me.
Eu: Tem exceções.
Justin: Saiba que eu também quero te pedir desculpas.
Eu: Não, você não tem porque me pedir desculpas. Olha só, sou uma doida descontrolada e é incrível como você me suporta.
Justin: Você é chata mesmo. - rimos.
Eu: Idiota. - dei um leve tapa em seu peitoral.
Justin: Vem cá sua baixinha! - ele me puxou e me abraçou. - Só acho que seremos bons amigos. - sorri e não disse nada.

[...]

Justin On*

Os raios solares invadiu todo aquele quarto fazendo-me despertar. Creio eu que era seis da manhã. Ok, acordei cedo demais. Porém resolvi ficar acordado, afinal, tinha que terminar uma atividade pra faculdade. Hoje eu teria aula de manhã, as nove horas. 

Escovei os dentes, coloquei apenas um samba canção branca - já que eu tava só com uma cueca box branca - e desci para a cozinha. Meu pai e a Erin já estavam acordados, pois tinham que levar as crianças pra escola as sete horas e ir pro trabalho. Hoje tinha panquecas na mesa. Meu Deus, quando tempo eu não como panqueca no café da manhã. Não sei como esse povo daqui do Brasil não come panqueca pela manhã. Peguei um copo e um prato, e sentei-me na cadeira. Não falei com ninguém. Estava com muita fome pra isso.

Jeremy: Não fala mais com ninguém não, é? - meu pai disse dando um leve tapa em minhas costas.
Eu: Ah, oi. - disse sem virar e sem animação.
Erin: Sabem quem vai vir pra cá? - perguntou sentando-se na cadeira da minha frente e pegando uma panqueca.
Eu: Quem?
Erin: A Nuna.
Eu: Sério? - meus olhos brilharam, eu sei. Como ela não me contou isso?
Jeremy: Sim, sua mãe que me disse.
Eu: E a minha mãe não vem?

Erin e meu pai ficaram tensos, olharam um para o outro e depois abaixaram a cabeça. Eles estavam escondendo algo. O que houve? Por que tudo isso? Por que minha mãe não vem? 

Jeremy: Não, filho.
Eu: Por que? E outra, por que ficaram tão tensos e...ah, pra que tanto mistério? Olha só, não só mais nenhuma criança, ok? O que está acontecendo? Não adianta vir me dizer que não está acontecendo nada, porque porra, eu sei que ta. - estourei. Eles ficaram assustados com minha reação, mas cara, eu sei que ta acontecendo alguma coisa.
Erin: Não está acontecendo nada, Justin.
Eu: Como não? É evidente que ta.
Jeremy: Justin, não ta acontecendo nada.
Eu: Então por que minha mãe não vem?
Erin: Porque... - ela parecia pensativa.
Jeremy: Porque ela ta trabalhando muito, meu filho, e não pode vir.
Eu: CLARO, ATÉ PORQUE, O TRABALHO É MAIS IMPORTANTE DO QUE O FILHO! - levantei-me da mesa e subi correndo pro quarto.

Eu precisava falar com alguém, ou até mesmo, de um abraço e alguém que me diga que tudo vai ficar bem. Mas ei, o que é que vai ficar bem? Eu nem ao menos sei. Ta, talvez não esteja acontecendo nada, mas parece que está. Já sei, vou ligar pro Ryan.

Ligação On*

Eu: Alô, Ryan? - disse nervoso.
Ryan: J-justin? - gaguejou e falou surpreso.
Eu: Sim, cara, sou eu. 
Ryan: E aí, ta bem? - ele estava nervoso.
Eu: Sim, tudo bem por aqui. E por aí, ta tudo bem?
Ryan: Ta...ta sim. - mais uma vez, ele me pareceu nervoso.
Eu: E a Nuna, como está?
Ryan: Ah, Justin, você sabe, está com muitas saudades de você, mas semana que vem ela ta indo pra aí.
Eu: E minha mãe, como está?
Ryan: Ela...ela...é, ela ta bem. - ele não sabia o que dizer.
Eu: Uai, por que esse nervosismo todo?
Ryan: N-nada. - gaguejou. - Mas e aí, tem muita gata por aí? - disse tentando fugir do assunto.
Eu: Tem uma vizinha muito gostosa aqui, mas somos apenas amigos.
Ryan: Justin, Justin...
Eu: Relaxe, meu coração é apenas da Nuna. - será? - Mas então, cara, liguei mesmo pra saber sobre minha mãe, pois meu pai e a Erin estão me escondendo algo.
Ryan: Justin, eu preciso desligar. Fica bem aí, irmão, e me ligue mais vezes. - desligou.

Ligação Off*

Justin: Merda! - falei com raiva e joguei meu iphone na porta.

Caralho, o que está acontecendo? Porra, não só mais nenhuma criança não. Eu devo saber o que está acontecendo.

[...]

14:00 horas foi o horário que a aula da faculdade acabou. Ia saindo da sala quando senti alguém me puxar com força pelo braço. Virei e vi que era o Pedro. Ah, não, esse cara não.

Pedro: Olha só, eu e a Ash acabamos por sua culpa. - ele apontava seu dedo na minha cara.
Eu: Por minha culpa? Ah, pelo amor de Deus, Pedro. - dei uma risada irônica - Vocês acabaram por culpa sua. Por você não ter confiado nela. A Ash é fiel, ela te ama mais que tudo, e nunca, em hipótese alguma, ela te trairia, seu idiota - dei um empurrão nele - Ela merece um cara melhor que você. - dei as costas e fui em direção a saída. Quando sai dali fui direto ao meu carro, mas quando abri a porta do mesmo, fui puxado mais uma vez pelo Pedro.
Pedro: Cara melhor que eu? Quem por exemplo? Você?
Eu: Pedro, entenda uma coisa, eu e ela não temos nada. Ela é apenas uma amiga. E outra, eu tenho uma namorada que eu amo muito, ok? Nunca vai rolar algo entre eu e ela. 
Pedro: - ele ia falar algo, mas eu o interrompi -
Eu: E olha só, você a machucou muito. Ela chorou demais quando você foi embora. Pedro, ela te ama muito, mas você não valoriza, sempre pensa que ela ta te traindo comigo ou algo assim. Olha, mesmo se eu a quisesse, ela nunca me beijaria, pois ela te ama, ela é fiel a você. - entrei naquele carro e sai. O deixei lá, plantado.

Que cara idiota, vei! É mais velho que eu, mas as vezes parece que eu sou mais velho que ele. Será que ele não entendeu que a Ash não seria capaz de traí-lo?

Estacionei o carro em frente a porta de minha casa e desci do mesmo. Quando ia entrando em casa, vi a Ash sentada em frente a sua porta, com a mão no rosto, cabeça baixa e chorando. Fui correndo até lá e sentei-me ao seu lado.

Eu: Ash, o que houve?
Ash: Eu to mal, Justin, muito mal mesmo. Sinto falta daquele imbecil.- ela encostou sua cabeça em meu ombro e chorou ainda mais. Eu não disse nada. Acho que naquele momento, o silêncio era a melhor fala.

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Ainda bem que o Justin saiu de Londres, né? Poxa, aqueles paparazzos são horríveis, cara. E poxa, o Justin é humano, chega uma hora que ele cansa.
E meu Deus, eu quase morri quando o Justin caiu no palco por falta de ar, mas graças a Deus, tudo deu certo, né?

E cara, que negócio foi esse? Até hoje não consigo crer que o Chorão morreu. Eu gostava tanto :( Não era nenhuma fã, mas meu Deus, Charlie Brown Jr. era da minha época de malhação, era de quando eu era criança. Lembro-me que quando eu tinha uns 7 ou 8 anos vivia escutando Charlie Brown :(

Desculpa sociedade, mas Charlie Brown Jr. sem Chorão, pra mim não é Charlie Brown Jr.

Então, gente, ta aí mais um capítulo. Espero que tenham gostado ;)

Olha, não to pedindo pra comentar ou algo assim, mas quero que saibam que quando vocês comentam me da ainda mais vontade de continuar isso aqui.

Mas enfim, minhas lindinhas *-*












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