15 de nov. de 2013

When I Was Your Man, capítulo 11

"É que apesar de todas as imperfeições de quem eu sou, ainda quero ser seu homem. Sei que não foi fácil para nós conversar com todos por perto, mas isso é, isso é pessoal, isso é para mim e para você. E quero que você saiba que eu ainda te amo, e que as estações podem até mudar, mas às vezes o amor vai do sol até a chuva. E estou embaixo desse guarda-chuva chamando seu nome, e você sabe que eu não quero perder isso. Ainda acredito em nós." - Justin Bieber




Ash On*

   O escuro do céu denunciava que já era tarde. E ao olhar o visor do meu Iphone, tive certeza disso, era 23:00h. Dou graças a Deus que esse dia ta acabando. Não foi um dos melhores, realmente. Justin agiu diferente, e isso me afeta muito. Quero dizer, vê-lo sendo tão cuidadoso é perigoso pra mim. Eu começo a lembrar do tempo em que estávamos juntos e isso dói.

  Apesar do horário, eu não estava com sono. Tentava de várias formas, dormir. Virava para um lado, virava para o outro, e nada do sono. Decidi, então, comer algo. Peguei minhas muletas, levantei da cama e fui em direção a porta. Não me importei em estar descalça. Eu só queria tomar algo e pensar mais um pouco.

  Com muito cuidado, fui tentando descer as escadas. Eu tentava fazer o mínimo barulho possível. Ao chegar no último degrau, notei que a TV estava ligada. Quem estava acordado? Seria a Pattie? Achei estranho, pois a pessoa que ali estaria, não notou minha presença. Fui me aproximando mais da sala, e pude ter a visão de um anjo dormindo no sofá. Era, definitivamente, um anjo. Mas era um anjo diferente. Sua missão não era proteger alguém, e sim machucar alguém. E esse alguém era eu. Esse anjo tinha uma mancha preta na alma. Não to dizendo que ele é ruim, mas sim, que é insensível.  

  Ajoelhei-me, com dificuldade, na sua frente. Minha cara estava na mesma direção da sua, porém ele estava no sofá, e eu não. Minhas mãos passeavam, delicadamente, sobre seu rosto. Eu desejava aquele lábio rosado, desejava olhar no fundo daqueles olhos castanhos e dizer que ainda o amo. Eu desejava, eu queria, queria muito aquilo, mas como dizem por aí "querer, é nem sempre, poder".

- Por que ta agindo assim, hein? Pra que me confundir tanto? - eu dizia em vão, mas é como se ele estivesse me escutando - Já não basta o que me fez passar? - nesse momento, lágrimas já formavam-se nos meus olhos - Olha, Justin, eu nunca senti isso por ninguém, nem pelo Pedro. Você é tudo o que eu desejo, e eu te amo, te amo muito, mas do que a mim mesma. Acho que nunca irei amar outro cara, a não ser você. E... - eu não sabia exatamente o que falar, e as palavras falhavam - bem, eu só queria que parasse de me tratar assim. Eu só queria que voltasse a ser aquele Justin de antes. Eu não gosto desse Justin, não gosto! Eu sei que você não é assim, está fazendo cú doce. - ri disso, pois nunca havia usado essa expressão - Olha pra mim? - ri fraco - Olha o que estou fazendo! Estou, em plena madrugada, te implorando pra me tratar bem e voltar a ser aquele cara. Como sou ridícula! - abaixei minha cabeça e lágrimas lavaram meu rosto -

- Não chore. - Justin disse, ainda sonolento. Sua mão esquerda passou pelo meu queixo e levantou minha cabeça. Me fez olhar diretamente pra ele.

- Eu não quero olhar pra você.

- Não faça cú doce. - ri fraco, e ele também.

- Você ouviu? - disse manhosa, um tanto arrependida.

- Sim.

- Desculpa.

- Não me peça desculpa, você não tem por que pedir.

- Por favor, esqueça tudo o que eu disse. - enquanto dizia, ia tentando me levantar, mas Justin segurou no meu braço, e então, nossos olhares se cruzaram. Minha alma tremia e borboletas voavam no meu estômago. Eu estava olhando diretamente pro meu mundo, aquilo não era fácil. Ele, apenas com o olhar, torna-se dono de mim. Isso é insano!

- Por que? Eu não quero esquecer, Ash. Foi lindo.

- Mas eu preciso te esquecer, preciso esquecer o que vivemos. Você já é passado! - eu esperava alguma reação dele, mas apenas recebi um silêncio assustador. Aquele silêncio dizia tudo que eu não queria ouvir. Indicava que Justin também achava isso, indicava que ele realmente não me ama mais. - Só vim pegar um copo d'água, então, deixe-me ir.

- Tudo bem, faça o que achar melhor. - ele me soltou,e como eu disse, fui pegar meu copo d'água.

  Na cozinha, minha cabeça dava mil e uma voltas. Não, não estava tonta, mas meus pensamentos eram pesados e faziam ela ficar pesada. Era como se tudo o que passamos fosse apenas um sonho, que acabara de virar pesadelo.

  Peguei meu copo d'água e voltei pra sala. Não voltei com o intuito de ficar por lá, queria apenas que o Justin falasse algo, mas não falou. Na verdade, nem lá ele estava mais. Ao tentar subir as escadas, notei que ele estava na varanda. Olhando para as estrelas, pensativo, com sua cueca box preta, maxilar travado... Ele estava sexy! Tudo que eu queria naquele exato momento era ir até ele, abraçá-lo e perguntar no que tanto pensa, mas tenho que parar de ser boba, Justin não iria me querer ali, eu sei. Então, tudo que eu fiz foi subir aquelas escadas com muita dificuldade e ir para meu quarto.

  No quarto onde eu dormir, tinha uma varanda. Resolvi ir até lá. A lua estava incrivelmente linda! E então, em um ato de nostalgia, lembrei da carta que o Justin escreveu pra mim, antes de voltar pra cá.

"A lua que ilumina suas noites frias e poéticas, é a mesma que me deixa ainda mais apaixonado por ti."

  A lua já não ilumina minhas noites frias e poéticas. Talvez o poeta esquecera de escrever poesias. 

  A lua não deixa o Justin ainda mais apaixonado por mim. Ela se esqueceu de um amor verdadeiro, vai ver estava decepcionada com suas estrelas e quis descontar em mim.

  Apesar de linda, ela está vaga.

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Foi pequeno, eu sei. Me processem u_u É que eu queria muuuitooo postar logo, gente, daí fiz pequeno. 

Aguardem que está pertinho deles se beijarem <3

Espero que tenham gostado. E desculpem-me por ter demorado, mas vocês sabem, o computador e tal... Já expliquei, porém ainda me sinto culpada :c Então, mais uma vez, mil desculpas.






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